Saúde & Bem-estar

Covid rastejante

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Já andamos há mais de dois anos nisto e por muito que todos queiramos – ainda que uns façam mais por isso que outros, mas isso já é outra conversa… – colocar um ponto final nesta pandemia o que é certo é que ela é demasiado “teimosa” e entre picos de contágios, novas variantes e outras tropelias, a nossa vida tem sido condicionada e afetada negativamente por ela e parece que não vemos fim à vista…

E como se não bastasse o “bicho” que já tão bem conhecemos e que estamos fartos de ouvir falar ainda surge agora uma nova espécie animal a que os cientistas chamaram “Humbertium covidum”… Conseguem acreditar?
Estes vermes têm um aspeto semelhante a uma minhoca: são pequenos, medindo dois a três centímetros, de cor preta, mas com uma cabeça achatada e em forma de martelo. Eles podem ser encontrados em solos húmidos e preferem “sair” de manhã cedo ou ao anoitecer, tendo facilidade em esconder-se e em mover-se rapidamente.
Esta espécie foi identificada pela primeira vez em França, mais concretamente em Saint-Pée-sur-Nivelle, no País Basco, em 2013, mas neste momento já pode ser encontrada noutros países como Itália, Rússia, China e Japão. Na realidade, os especialistas acreditam que o verme é originário do continente asiático! “Então como é que ele apareceu pela primeira vez em França?”, perguntam vocês… Bem, o que provavelmente aconteceu foi que este bichinho se “infiltrou” num vaso de flores ou plantas e voou até lá! Matreiro… e sempre a seguir a linha do seu homónimo!

Os cientistas – não tivesse ele o nome que tem – acreditam que tem “potencial para se tornar invasor”. Mas a escolha do nome não se fica apenas por esta característica – é também uma forma de prestar homenagem às vítimas provocadas pela Covid-19.“Humbertium” é a designação dada a esta espécie de verme asiático, enquanto que “covidum” foi escolhido por ter sido descoberto durante a pandemia e também pela ameaça que ele representa à escala global.

Isto porque – e apesar de ainda não se saber muito sobre ele – não é uma ameaça direta a jardins e/ou plantações, já que ele não se alimenta de plantas mas sim de outros animais que encontra, como caracóis, minhocas ou insetos, mas é potencialmente perigoso porque consegue reproduzir-se extremamente rápido, conforme explica o professor Jean-Lou Justine, do Museu Nacional de História Natural de Paris. Em Itália, por exemplo, surgiram milhares de vermes num jardim num espaço de 15 dias – isto resulta num risco para a biodiversidade dos solos, já que para existir um equilíbrio certos animais comem-se uns aos outros – ora, se adicionarmos um novo predador, esse equilíbrio pode estar comprometido.

Para além do Humbertium covidum, os cientistas descobriram ainda uma outra nova espécie a que chamaram Diversibipalium mayottensis e que só foi encontrada na ilha francesa de Mayotte. É muito pequena (também com cerca de 3 cm) e tem uma cor que mistura tons castanhos, azuis e verdes.

Eu não sei quanto a vocês, mas se me perguntarem a mim, pela nossa saúde e do meio-ambiente – e até pelo nosso sossego (já imaginaram estar no jardim e dar de caras com esta pequena criatura?) -, é bom que a sua propagação seja controlada…

Inês Barbosa/MS

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