Bons e saudáveis
Há alimentos que para além de serem saborosos ainda têm o dom de nos acrescentar saúde, ou pelo menos ajudam na prevenção de doenças. Esta semana vamos falar de apenas três, que podem e devem ser incluídos numa dieta saudável. Tome nota e bom apetite…
Lichia – ajuda a regular a tensão arterial
Com uma longa história, que remonta a 2000 a.C., a lichia é um fruto que funciona como um aliado natural no combate ao envelhecimento precoce, graças à vitamina C que atua como antioxidante, combatendo os radicais livres. Mais: além de ajudar o organismo a absorver melhor o ferro, contém potássio, pelo que contribui para regular a pressão arterial. Quanto aos compostos bioativos, como flavonoides e polifenóis, quem consome lichia pode beneficiar das suas propriedades anti-inflamatórias e também de maior proteção contra doenças cardiovasculares. Além disso, este fruto é uma poderosa fonte de minerais, como o magnésio e o cobre. O magnésio é importante para o funcionamento muscular e nervoso, já o cobre ajuda na produção de células vermelhas do sangue e na absorção de ferro. Embora não seja uma fonte abundante, a lichia também possui pequenas quantidades de fibras que auxiliam na digestão e promovem a saúde intestinal. De sabor doce e floral, este fruto oriental tem cerca de 66 calorias por cada 100 gramas. No entanto, o seu consumo deve ser moderado, uma vez que este alimento é rico em açúcares naturais, como glicose e frutose. Os nutricionistas sugerem cerca de oito a 10 lichias por dia, para adultos.
Amendoim – mais proteína do que o ovo
Tão delicioso quanto nutricionalmente rico, o amendoim contém uma quantidade surpreendente de proteína, chegando a ser superior à do ovo. Além disso, é fonte de magnésio, um mineral fundamental para a saúde muscular. Por cada 100 gramas, contém cerca de 25 g de proteína. Para ter uma ideia, o ovo disponibiliza cerca de 13 g de proteína.
O valor biológico da proteína é o principal fator entre estes alimentos. O ovo tem um valor biológico muito alto, sendo mais biodisponivel. É considerado uma das melhores fontes de proteína completa, pois contém todos os nove aminoácidos essenciais em proporções ideais para o corpo humano. Ainda assim, o amendoim não é considerado uma proteína completa, uma vez que lhe faltam alguns aminoácidos essenciais, tais como a metionina. É ainda importante destacar a presença de vitamina E de arginina, aminoácido que auxilia o fluxo sanguíneo, contribuindo para um melhor desempenho físico. É por isso que tem o amendoim tem sido incorporado como um alimento adequado para o pré e pós-treino. Mas atenção… o amendoim é um fruto seco altamente calórico. Contas feitas, cinco vezes mais do que os ovos. Tem uma ótima quantidade de gordura insaturada, mas uma quantidade expressiva de gordura saturada (três vezes mais que os ovos). Em excesso pode aumentar os níveis de colesterol LDL no sangue e contribuir para alterações com caráter inflamatório, como diabetes, acidente vascular cerebral, aterosclerose e pressão alta.
Chocolate preto – ajuda a reduzir o risco de diabetes tipo 2
O consumo de chocolate preto cinco vezes por semana, evitando o de leite, foi associado a uma redução do risco de diabetes tipo 2, de acordo com um novo estudo publicado no British Medical Journal. Os equipa utilizou dados de três estudos, levados a cabo por enfermeiros e profissionais de saúde nos Estados Unidos. A análise de questionários realizados de quatro em quatro anos permitiu verificar a relação entre a diabetes tipo 2 e o consumo total de chocolate em 192 028 pessoas e o tipo de chocolate – preto ou de leite – em 111 654 pessoas. O controlo foi feito durante 25 anos.
Os investigadores descobriram que as pessoas que comiam 28,3 gramas de chocolate, pelo menos cinco vezes por semana, apresentavam menos 10% de risco de desenvolver diabetes tipo 2, em comparação com as que nunca ou raramente comiam o doce. O risco de diabetes de tipo 2 entre as pessoas que comiam uma dose de chocolate preto cinco vezes por semana era 21% inferior. Além desta conclusão também foi possível constatar que um maior consumo de chocolate de leite, mas não de chocolate preto, foi associado a um aumento de peso a longo prazo.
MB/MS
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