Alimentação intuitiva: a anti-dieta que respeita o seu corpo!

Tem cada vez mais adeptos, traz bem-estar e muitos benefícios! Comer intuitivamente permite que se alimente sem medo e se sinta bem, simplesmente aprendendo a “ouvir” o seu corpo e o que ele necessita a cada momento. Alguns dos princípios da alimentação intuitiva remontam à década de 70 e foram desenvolvidos por psicoterapeutas, nutricionistas e feministas da época. Esta prática é muito diferente das modas habituais das dietas e tendências passageiras. É uma filosofia sobre comer que nos leva de volta aos nossos instintos mais básicos. Podemos dizer que  é uma anti-dieta, pois não há uma restrição. O princípio básico da alimentação intuitiva é que você é a melhor pessoa para decidir o que seu corpo precisa e quando. Cada um de nós conhece os sinais de fome do nosso próprio corpo de uma forma que ninguém mais pode conhecer. Comer intuitivamente significa confiar em si mesmo, aprender a ouvir o seu corpo e desenvolver uma relação mais saudável com os alimentos. Eis os primeiros passos a dar para incorporar esta prática na sua vida:

1. Rejeite a mentalidade das dietas e a ideia de que existe uma dieta para si que finalmente “funcionará”. A maioria das pessoas que perdem peso por meio de uma dieta restritiva acaba por recuperá-lo porque não é realista ou sustentável. O problema das maior parte das dietas é que elas estabelecem um plano alimentar universal quando, na realidade, não há duas pessoas com o mesmo corpo, estilo de vida ou necessidades.

2. Respeite a sua fome. A fome não é o inimigo, embora tenhamos sido ensinados a vê-la dessa forma. A fome é simplesmente a maneira do corpo nos dizer que precisamos de algo para continuar e prosperar. Devemos ser gratos por sentir fome, porque isso significa que os nossos corpos estão a fazer o seu trabalho. Quando sentir os primeiros sinais de fome, alimente-se. Muitas pessoas têm o hábito de atrasar as refeições, e isso pode levar a comer em excesso mais tarde.

3. Perceba os ritmos do seu corpo. A fome varia e depende de inúmeros fatores, como níveis de atividade, fases do ciclo menstrual, no caso das mulheres, ou até estaçōes do ano. A alimentação intuitiva aceita e respeita que nossa fome varia de dia para dia e que o nosso corpo sabe sempre do que precisamos. A ideia é que coma quando estiver com fome e pare quando estiver satisfeito.

4. Distinga a fome real da fome emocional. Se tentar praticar a alimentação intuitiva sem levar isso em consideração, poderá acabar a comer chocolates ou beber uma garrafa de vinho todas as noites. Porquê? Porque muitas vezes estamos com fome emocional. É importante parar e analisar os seus desejos por comida. Sentimentos de tristeza, solidão ou tédio podem levar ao desejo de comer como método de conforto ou distração e, muitas vezes, leva a sentimentos de culpa. É normal ceder aos seus desejos ocasionalmente, mas é importante diferenciar isso do ato de comer emocionalmente. A fome física, por outro lado, é um sinal biológico que nos diz que estamos com falta de combustível ou nutrientes e precisamos de recarregar. É manifestado pela fadiga, estômago a roncar e irritabilidade, que deve desaparecer assim que comer.

5. Perceba o impacto de cada alimento no seu corpo. Com tanta liberdade, que alimentos escolher para comer, uma vez que não existem restrições? É fácil. Comece a prestar atenção à forma como certos alimentos ou hábitos o fazem sentir. Teve mais energia concentração no dia em que tomou o pequeno-almoço em vez de saltar essa refeição? Sente-se pesado e letárgico depois de comer carne vermelha? Este é o início de entender o que seu corpo precisa e como se sente depois de comer cada tipo de alimento, fazer diferentes tipos de refeições e às horas que come.

6. Esteja atento a quando fica satisfeito. Às vezes é fácil se deixar levar pelo prazer da comida, distrair-se a ver TV ou a conversar à mesa. Tente comer com atenção, pense em como a comida tem gosto, cheiro e como o seu corpo se sente. Esses pequenos exercícios vão ajudar a ficar em contacto consigo mesmo e a reconhecer quando estiver confortavelmente satisfeito.

Telma Pinguelo/MS