A importância da vitamina D
Com os dias cada vez mais curtos, o tempo de exposição solar tende a diminuir durante esta época do ano e, com ela, a quantidade de vitamina D que entra no organismo. Neste artigo, explicamos tudo o que precisa de saber para não entrar em défice desta vitamina.
A vitamina D tem como principal função manter os níveis de cálcio e fósforo no sangue regulares. Essencial ao crescimento e fortalecimento ósseo, existem dois tipos desta vitamina, a D2 – de origem vegetal – e a D3 – de origem animal – produzida sobretudo através da exposição solar.
Como é produzida?
Existem três formas de introduzir vitamina D no organismo. Primeiro, através do consumo de diversos alimentos como peixes gordos (incluindo o salmão, a cavala ou o atum), gemas de ovos e cogumelos ou através do leite e cereais, fortificados com esta vitamina. Contudo, é através da exposição solar que o organismo mais recebe vitamina D, ao ser sintetizada pela pele no contacto com a radiação UVB. Cada um de nós tem células recetoras de vitamina D que, através de uma cadeia de reações que começa com a conversão do colesterol na pele, produzem vitamina D3 quando são expostas aos raios ultravioleta B (UVB) do sol.
É recomenda a exposição solar durante 10 a 15 minutos por dia, de forma a garantir os níveis de vitamina D de que o corpo necessita. No entanto, fatores como a latitude, pigmentação da pele, horas de exposição e as proteções contra os raios ultravioleta, por exemplo, dificultam muitas vezes a produção da vitamina só pela via solar.
Outra forma de introduzir esta vitamina no organismo são os suplementos vitamínicos, quer sejam em forma de comprimidos ou líquidos. Geralmente, são recomendados a pessoas com problemas de absorção de gorduras, com intolerância à lactose, pessoas com tons de pele mais escuros e com determinadas condições médicas que as obrigam a uma menor exposição solar diária.
Qual é o papel desta vitamina para o organismo?
Depois de absorvida – através da pele ou da alimentação – a vitamina D é armazenada nas células adiposas do organismo, onde permanece inativa até ser necessária. Para além de desempenhar um papel essencial nos processos de a mineralização dos ossos, a vitamina está associada à maior absorção de cálcio e fósforo no sistema digestivo, à manutenção do sistema imunológico e ao desenvolvimento dos ossos e dos dentes – sendo especialmente importante em crianças e idosos.
A vitamina D ajuda ainda a proteger o corpo de diversas doenças infeciosas e autoimunes bem como patologias cardiovasculares e oncológicas.
Quais são as consequências da sua falta para o organismo?
O défice de vitamina D pode levar ao desenvolvimento de doenças como raquitismo – baixa estatura, ossos arqueados ou caroços nas costelas -, especialmente em crianças, e em patologias como osteomalacia – ossos fracos e quebradiços, falta de força, dor muscular e tendência para a depressão – em adultos. Para além disso, a falta desta vitamina contribui fortemente para o desenvolvimento de osteoporose.
Que sintomas são indicadores do défice de vitamina D?
É difícil de diagnosticar a falta de vitamina D no organismo, uma vez que não existe um conjunto específicos de sintomas. Deste modo, muitas pessoas podem ter um défice de vitamina sem nunca o terem percebido. Sinais como a dor e fraqueza dos músculos e o cansaço e fadiga costumam ser indicativos da falta desta vitamina.
Estima-se que exista um número significativo de pessoas com falta desta vitamina no organismo, especialmente crianças e idosos, em todo o mundo.
Nada de excessos…
Apesar de possuir diversos benefícios para o organismo, o excesso de vitamina D – tal como tudo – pode levar a consequência de saúde graves. Por exemplo, porque é armazenada na gordura do corpo, o excesso de vitamina D – em pessoas com menor gordura corporal – pode levar a demasiada absorção de cálcio.
Não se sabe ao certo qual o nível máximo de vitamina D no organismo antes de se tornar prejudicial.
MS
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