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SER BILÍNGUE

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Credito: DR

Se lê este jornal, há uma grande probabilidade de ter, pelo menos, noções de mais do que uma língua. Português e, se viver no Canadá, inglês. Nem todos os nossos imigrantes sentem a necessidade de falar ambas de forma fluente, mas há muitos de nós que fazem do inglês a segunda língua, uma vez que o Canadá é a segunda (agora até talvez primeira) casa.

Por isso, o nosso cérebro troca de “chip” constantemente, consoante a ocasião ou local onde estamos.

A mudança de idiomas é um processo natural para as pessoas bilíngues, pelo menos é isso que que explica um novo estudo publicado pela Universidade de Nova York (NYU). Segundo a pesquisa, as pessoas que dominam duas ou mais línguas possuem um mecanismo no cérebro que não deteta quando o idioma mudou, permitindo uma transição contínua na compreensão de mais de um idioma ao mesmo tempo. Fascinante, não acham?

“Os idiomas podem diferenciar-se quanto aos sons que usam e como organizam as palavras para formar frases. No entanto, todas as línguas envolvem o processo de combinar palavras para expressar pensamentos complexos.”, explicou a autora do trabalho Sarah Phillips.

O cérebro humano é capaz de trabalhar com múltiplos idiomas simultaneamente, exemplo disso é o que acontece na cabeça de um bilíngue quando lhe é apresentada uma situação com mais de um idioma. Nesse cenário, o cérebro do indivíduo é capaz de combinar as palavras das diferentes línguas como se estivesse a interpretar um único idioma.

Entretanto, apesar do multilinguismo não ser exatamente algo incomum entre as pessoas ao redor do mundo, os mecanismos neurológicos utilizados para compreender e reproduzir mais de um idioma ainda não eram muito bem explorados pela comunidade científica.

Para entender melhor esses processos, Phillips uniu-se à professora de linguística Liina Pylkkänen para explorar se os bilíngues interpretam conversas utilizando múltiplos idiomas através do mesmo mecanismo que usam para compreender uma única língua ou se essa etapa envolve uma interação completamente única do cérebro.

Para avançar o estudo, os cientistas decidiram medir a atividade neural dos falantes de coreano/inglês. Nessa experiência, as cobaias viram uma série de combinações de palavras e imagens numa tela de computador e depois tiveram que indicar se as figuras estavam relacionadas às palavras mostradas anteriormente.

As palavras exibidas durante essa experiência poderiam ser de um único idioma ou uma combinação das duas línguas, o que imitaria uma conversa com idiomas misturados. Durante essa etapa, os envolvidos no estudo foram analisados através de uma magnetoencefalografia (MEG), técnica que mapeia a atividade neural registando campos magnéticos gerados pelas correntes elétricas produzidas pelos nossos cérebros.

O resultado final do estudo demonstrou que os bilíngues de coreano/inglês estavam a utilizar o mesmo mecanismo de interpretação de uma única língua para absorverem o conteúdo de uma conversa com múltiplos idiomas.

Kika/FYI

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