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NFT – o que é?

 

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Caso já tenham ouvido falar em NFT, mas não tenham entendido nada do que se trata, relaxem, não são os únicos. Isto porque os NFTs são mesmo difíceis de entender. Para boa parte das pessoas, ainda é estranho imaginar que alguém pagaria muito dinheiro para comprar um arquivo digital. O Neymar, por exemplo, investiu recentemente cerca de 1,5 milhões de dólares canadianos para comprar NFTs dos desenhos do Bored Ape Yatch Club.

Mas o facto é que o mercado dos NFTs está em alta. Portanto, quem não quer ficar de fora das mudanças tecnológicas e sociais (que vão bem além de mundo das artes, vale ressaltar) precisa ter uma noção – pelo menos básica – do que se trata.

Em linhas gerais, um token não fungível (NFT) é uma espécie de certificado de autenticidade digital que não pode ser replicado. Quando compramos um NFT, estamos a adquirir uma “cópia única” de uma obra. O exemplo mais fácil para ilustrar isto é pensar nas cópias de uma obra de arte. Uma cópia do quadro da Mona Lisa, por exemplo, pode ser comprada em qualquer lugar, mas só existe um quadro original, cuja posse é do Museu do Louvre, em Paris. A lógica do NFT é mais ou menos essa: ao adquirir uma peça de arte, o comprador passa a ser o seu “dono”, neste caso em formato digital.

A ideia do “não fungível” é importante para entender por que razão os NFTs podem custar, de facto, muito dinheiro. Basicamente, não fungível quer dizer que esse arquivo digital não pode ser trocado por outra coisa. Pensemos, por exemplo, numa moeda de um dólar para entendermos o processo contrário: a moeda pode ser trocada por outra e terá exatamente o mesmo valor. A moeda, neste caso, é “fungível”, o que não acontece com um NFT: cada cópia é única.

 

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O facto é que vamos, muito provavelmente, ouvir falar cada vez mais dos NFTs nos próximos anos. Isto porque o mercado de NFTs — comercializados em valor de bitcoins em plataformas específicas — está a crescer bastante. Cada vez mais temos colecionadores de NFTs que compram itens com o intuito de lucrar a longo prazo, exatamente como ocorre no mercado “real” do investimento em arte.

O site Bored Ape Yatch Club é exemplo desse fenómeno. Esse site propõe-se a funcionar como uma espécie de “clube” para certas pessoas— que são, na verdade, as que têm condições financeiras para comprar os NFTs das ilustrações. Lançado em abril de 2021, o site anunciou a venda de 10 mil NFTs das imagens dos macacos por 200 dólares na criptomoeda Ethereum. Todas as cópias foram vendidas rapidamente, o que sobrevalorizou esses NFTs. Não é por acaso que o Neymar pagou 1,5 milhões de dólares canadianos por apenas uma ilustração, como vos contei anteriormente.

Se isto tudo será bom ou mau, a longo prazo, para os artistas e restantes produtores de conteúdo, ainda é muito cedo para saber. Uma das propostas dos NFTs é que os artistas passem a ganhar dinheiro a partir da digitalização do seu trabalho — o que é uma demanda importante num cenário em que tudo pode ser copiado na internet sem grandes problemas.

No entanto, vale lembrar que há um investimento financeiro para se criar um NFT — e o custo associado tende a aumentar à medida que mais gente entra nesse mercado. Criar um NFT custa cerca de 70 dólares na criptomoeda Ethereum; por isso, é preciso avaliar bem se vale a pena entrar nessa moda e informarem-se bem antes de se atirarem de cabeça.

Kika/MS

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