Isto parece muito surreal, mas se eu vos disser que é, realmente, possível engravidar quando já estamos grávidas vocês acreditam? Podem confiar, porque em 2016, um casal de norte-americanos foi completamente apanhado de surpresa ao descobrirem que seriam pais pela segunda vez. No entanto, o detalhe mais intrigante é que Jessica Allen já estava com uma criança na barriga quando descobriu que o segundo bebé estava a caminho. Sendo assim, ela teria engravidado por uma segunda vez enquanto ainda estava grávida. Alucinante? Preocupante? Confuso? Talvez, mas aconteceu!!
Apesar de ser algo extremamente raro na ciência, este é um caso possível e que se designa como gravidez dupla ou superfetação. Para terem ideia, isto é algo tão incomum que nem existem dados suficientes para comprovar quantas vezes já ocorreu. Mas mesmo assim, vamos tentar entender como este fenómeno acontece.
Hipóteses improváveis
Durante uma gravidez comum, a mulher tende a parar de ovular, o que impossibilitaria qualquer período fértil durante os nove meses que o bebé estará a desenvolver-se no útero. Mesmo que outro óvulo fértil fosse produzido, seria muito difícil que este se fixasse no corpo feminino enquanto o primeiro ainda lá estivesse.
O revestimento uterino fica mais espesso para sustentar o primeiro óvulo e isso faz com que seja difícil que outro se “prenda”. Por fim, o colo do útero também produz um tampão mucoso para proteger a região de infeções e até mesmo evitar com que espermatozoides passem por ali.
É por tudo isto que a gravidez dupla é muito improvável — mas não impossível. Até 2017, eram conhecidos apenas 10 casos, que foram confirmados na literatura médica. Para uma superfetação ocorrer, a grávida teria que ter ovulado durante a gravidez ou simplesmente ter dois úteros, sendo a segunda (de certa forma) mais comum do que a primeira.
Data de nascimento
Anormalidades uterinas não são assim tão incomuns, podendo existir mulheres com útero dividido ou um segundo parcialmente formado. Geralmente, é mais provável que a mulher sofra um aborto durante a segunda fecundação, mas as hipóteses de gravidez dupla ainda são possíveis.
Como este é um fenômeno raro, existem poucas informações disponíveis quanto às datas de nascimento dos bebés. Mesmo assim, um estudo de 2013 sugere que os fetos seriam concebidos entre duas e quatro semanas de diferença. Dessa forma, as mamãs não teriam que se preocupar porque não iriam ter um bebé de 8 meses na barriga e outro de 3 meses.
É importante esclarecer que a superfetação é diferente da existência de bebés gémeos, porque ocorre quando dois óvulos são fertilizados durante momentos separados de ovulação. Os gémeos acontecem quando um óvulo fertilizado se divide em dois após a implantação (para gémeos idênticos) ou quando dois óvulos separados são fertilizados ao mesmo tempo (para gémeos fraternos).
FYI/Kika
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