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DOR DE COTOVELO

São incontáveis as vezes que já batemos com o cotovelo em alguma esquina, estou certa? Aquela dor peculiar, extremamente desagradável e uma sensação completamente insuportável de um choque, começa de imediato a percorrer o nosso corpo… Credo! Mas, ao contrário do que se possa acreditar, essa sensação não tem absolutamente nada que ver com os ossos do braço, mas sim com um sistema muito mais complexo. É sobre isso que hoje vou falar convosco.

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Créditos: DR

O grande responsável por esse tal sentimento de dor durante este género de choque é intitulado por nervo ulnar, que começa na nossa espinha dorsal, passa pelos nossos ombros e desce pelos braços até à ponta dos dedos. De maneira geral, esse conjunto de fibras é protegido pelas camadas de ossos e músculos — porém, não em toda a parte.

O nervo ulnar também é responsável por transmitir ao cérebro os sinais dos músculos da mão e do antebraço. O problema, no entanto, acontece quando ele passa pelo cotovelo e cruza atrás de uma saliência no úmero — o osso da parte superior do braço, o mais longo membro superior —, que se chama de epicôndilo medial do úmero.

O mesmo é válido quando este atravessa um pequeno canal de 4 milímetros de extensão batizado de “tubo cubital”, localizado próximo ao espaço onde o úmero se encontra com os ossos que formam o antebraço (rádio e ulna). Nesses casos, o nervo fica preso entre o osso e a pele, com pouquíssima proteção ou amortecimento.

Por esse motivo, quando sofremos um impacto no cotovelo num ângulo reto, o nervo é comprimido contra o osso e temos uma estranha sensação que mistura dor, dormência e formigueiro. A verdadeira… “dor de cotovelo”. E como o nervo está localizado em toda a região do braço, essa é a explicação para sentirmos a dor a descer até à ponta dos dedos.

Para a maioria das pessoas que bate o cotovelo, a dor não costuma durar assim muito tempo e até se lida bem com ela. Normalmente, uma pequena massagem na região do impacto costuma fazer a impressão desaparecer em questão de minutos.

O problema, porém, acontece quando algumas pessoas acabam por desenvolver a Síndrome do Túnel Cubital. Nessa situação, essa pessoa terá a sensação de que o seu cotovelo foi atingido por um pequeno martelo durante o dia todo, fazendo com que essa dor se torne algo insustentável. Já imaginaram?

Esse distúrbio não é tão comum quanto a Síndrome do Túnel Cárpico — processo similar que ocorre num nervo das mãos —, mas pode causar muita dor e desconforto. Em casos mais extremos, o problema passa a prejudicar o uso das mãos e impede o indivíduo de realizar atividades simples do dia a dia.

Tratamento possível

Quando uma pessoa sofre da Síndrome do Túnel Cubital, a dor passa a ser mais constante porque o nervo fica preso repetidas vezes e por períodos mais longos do que o normal, e isso ocorre principalmente quando o nervo é estalado para frente ou para trás, conforme o movimento do braço, ou quando mantemos o cotovelo em posição dobrada por muito tempo.

Para tentar aliviar esse problema, a maioria dos médicos opta primeiro por não escolher uma solução cirúrgica para o caso. É, por isso, recomendado que o paciente evite gestos que possam causar a síndrome. Se uma pessoa tem o hábito de dormir com os cotovelos dobrados, por exemplo, é possível mantê-los estendidos com o auxílio de uma tala.

Porém, segundo a Sociedade Americana para a Cirurgia da Mão, a hipótese de uma operação não pode ser completamente descartada, depende muito de caso para caso. Isso envolveria deslocar o nervo para a frente do cotovelo ou eliminar parte do osso para aliviar essa pressão. Mesmo assim, ainda não existe um consenso médico sobre qual o melhor procedimento a ser usado.

Kika/FYI

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