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Aprender com os erros

milenio stadium - aprender com os erros

Cometer erros é algo comum a todos os seres humanos e, na verdade, quando estamos na disposição de aprender com eles, os erros são – numa perspetiva filosófica – até benéficos para o nosso desenvolvimento pessoal. Porém, a neurociência foi mais além e determinou que há um aparato neurobiológico destinado à avaliação e armazenamento dos erros. Nós somos seres semânticos.

“Neurónios dos erros”

Um estudo determinou que esses neurónios “dedicados” aos erros estariam localizados no córtex cingulado anterior e na área motora suplementar, ambos na região frontal, conhecida entre outras funções pela avaliação de riscos, por exemplo. Esses neurónios retificadores são ativados quando cometemos um erro e corrige-os rapidamente.

A função desempenhada por tais neurónios possibilita uma espécie de “autocontrolo”, sem um feedback explícito, que se manifesta através de ajustes de comportamento. Logo depois de cometermos uma falha, há algo que se chama ERN (uma assinatura específica de ondas cerebrais, também conhecida como negatividade relacionada ao erro), que é detetável no cérebro imediatamente após o erro. Quanto maior o ERN para um determinado desacerto, mais os “neurónios de erro” disparam. Se a assinatura ERN em todo o cérebro não for visível ou for baixa, a pessoa pode reconhecer que cometeu um erro, mas estará relutante em mudar o seu comportamento. Há aqui uma excelente desculpa para quando caímos no mesmo erro vezes sem conta, não vos parece? (ahahah)

 

milenio stadium - aprender com os erros

 

Além disso, a ideia de que “aprendemos com os erros” sugere que existem dinâmicas que estimulam a neuro-plasticidade e que podem ter efeitos positivos sobre o funcionamento cerebral. Aqueles joguinhos de letras e cores em que o texto e a cor são iguais e, em outros casos, a palavra e a cor são diferentes, podem ser uma boa ginástica para o desempenho desses neurónios. (Vejam o exemplo na imagem acima).

Uma maior compreensão sobre esse modo de funcionamento cerebral pode ajudar a desenvolver tratamentos para transtornos, como o transtorno obsessivo compulsivo (TOC), que se caracteriza por uma tentativa constante de correção de erros percebidos.

Nós aprendemos com os erros. Portanto, não se penalizem tanto com os vossos erros! Decidam aprender com eles e aperfeiçoem-se enquanto seres humanos.

Kika/MS

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