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Toronto e Hamilton, as cidades que dão vida ao filme vencedor do Óscar

Vencedor do Óscar 2018, “A Forma da água”, de Guillermo del Toro, é um passeio pela região de Ontário, no Canadá, mais especificamente por Toronto, Hamilton e arredores. Muitos dos cenários do filme existem na vida real – embora a história se passe nos anos 1960 – e foram remodelados pela equipe de direção de arte, que também foi premiada na festa da Academia.
Del Toro vive parte do ano em Toronto e seu diretor de arte, Paul Austerberry, é nascido na cidade. O cineasta já filmou na região “Círculo de fogo” e “A colina escarlate”. Para “A forma da água”, o trabalho da dupla foi transformar lugares muito conhecidos de Toronto em um cenário que lembrasse a Baltimore dos anos 1960, já que, no écran, os acontecimentos passam-se na cidade, localizada no estado de Maryland (EUA).

Confira o passo-a-passo da transformação:

O prédio de Elisa – A protagonista Elisa (Sally Hawkins) mora em um prédio antigo, em cima de um cinema decadente. Del Toro usou a fachada do Massey Hall, uma sala de concertos em Toronto, para a fachada do prédio, porque queria aproveitar as duas escadas de incêndio frontais. Como o prédio é tombado e nada pode ser modificado em seu exterior, a equipa de produção do filme construiu o letreiro e a bilheteira do cinema e “encaixou” o conjunto na fachada, trabalho que levou um dia em meio. As cenas foram filmadas em uma única noite e a desmontagem do cenário levou outro dia e meio. O interior do cinema, porém, é o Elgin Theater, em Toronto

O OCCAM Institute – A instalação para onde é levada a criatura aquática do filme e onde Elisa trabalha é, na verdade, o John Andrews Building, na Universidade de Toronto Scarborough. No filme, a entrada do prédio funciona como o hall do laboratório secreto do governo americano. O edifício, construído nos anos 1960, tem um tipo de arquitetura, com muito concreto e linhas angulosas, que casou bem com o cenário exigido para “A forma da água”.

O caminho para o laboratório – Todas as noites, Elisa segue para o laboratório de ônibus. A paisagem que vê da janela é a Rodovia Eastport, em Hamilton, no trecho entre o canal e a praia de Burilington. Esse também será o cenário pelo qual Giles (Richard Jenkins) fugirá de van com a criatura aquática.

A lanchonete Dixie Doug’s – O Lakeview Restaurant funciona 24 horas por dia e fica no coração de Trinity Bellwoods, um dos bairros de Toronto. Já serviu de cenário para outros filmes como “Hairspray” e “Coquetel”. Aqui, foram feitas duas mudanças: o letreiro com o novo nome (Dixie Doug’s) e um efeito especial para criar uma rua dos anos 1960 do lado de fora do estabelecimento. No filme, é a lanchonete favorita de Giles.

O antigo escritório de Giles – Desenhista fracassado, Giles tenta voltar ao seu antigo emprego, em uma agência de publicidade. A locação escolhida foi a Prefeitura de Hamilton.

A fábrica abandonada – O ponto de encontro dos espiões russos com o cientista infiltrado, Dr. Hoffstetler (Michael Stulhbarg), é uma antiga fábrica de extração de areia, a Lakeshore Sand Company, em Hamilton.

As ruas de Baltimore – As fachadas dos apartamentos de Zelda (Octavia Spencer) e do Dr. Hoffstetler foram filmadas na Rua MacNab, em Hamilton. Já as cenas de Elisa e Giles pela cidade tiveram como cenário duas ruas de Toronto: Dundas e Ossington.

Canal Keating – Cenário do clímax do filme, o canal, no Porto de Toronto, é o ponto onde o rio Don desemboca no Lago Ontário. A via expressa paralela ao canal foi mantida, mas o skyline de Toronto precisou ser apagado digitalmente.

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