“A Branca de Neve e os Sete Anões” faz 80 anos, mas o tempo não passa pela obra-prima
Foi um verdadeiro fenómeno que revolucionou a animação no cinema, mas para fazer “A Branca de Neve e os Sete Anões”, Walt Disney até teve de hipotecar a própria casa.
Ao contrário do que hoje se possa pensar, dada a sua inultrapassável popularidade, “Branca de Neve e os Sete Anões” era visto nos círculos de Hollywood como pouco mais que uma piada antes da sua primeira exibição pública a 21 de dezembro de 1937.
Nos corredores, todos se referiam ao filme como “Disney’s Folly”, ou seja, “a extravagância de Disney” ou “a loucura de Disney”.
Numa época em que a animação norte-americana nunca fora mais que curtas-metragens humorísticas de oito minutos destinadas a passar em complemento dos filmes principais, a mera ideia de se criar um desenho animado de longa-metragem era completamente insana. Além de custar uma fortuna (um milhão e meio de dólares, seis vezes o orçamento inicialmente previsto, o que obrigou Disney a hipotecar a própria casa…), a possibilidade de manter o público na sala durante hora e meia era vista como sendo quase nula, num período em que até se questionou se seria possível aguentar 90 minutos de animação em Technicolor.
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