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Dançar para se descobrirem e conectarem com outros

Bailarinos, estudantes de dança ou simples curiosos puderam experimentar ou aperfeiçoar diferentes técnicas. Foto: Maria João Gala / Global Imagens

Trabalho de uma semana com profissionais de relevo culminou com apresentação de peças no teatro Aveirense.

Quatro corpos em palco. Entrelaçam-se e abandonam-se. Três caem e o outro lança-se em “voo” sobre eles. É Iago Moura Mota, um jovem de 21 anos de Guimarães que se deslocou a Aveiro de propósito para participar no Estágio de Dança de Aveiro, uma organização da Câmara de Aveiro com a Nome Próprio e curadoria de Victor Hugo Pontes, que culminou há dias com a apresentação de diversas peças no Teatro Aveirense.

Iago foi atraído pela oportunidade de fazer formação e ser coreografado por profissionais de excelência, uma experiência que, acredita, o ajudou a “explorar ferramentas e ir a sítios onde que se calhar ainda não tinha ido”, saindo da “zona de conforto”.

Ao longo de uma semana, bailarinos, estudantes de dança ou simples curiosos puderam experimentar ou aperfeiçoar diferentes técnicas, através de aulas de dança clássica, contemporânea, hip hop, teatro e laboratórios  criativos. São participantes que têm “níveis de dança e background diferentes”, o que aumentou o “desafio de chegar a todos numa só semana para construir algo coreográfico”, explicou, no fim das apresentações, o formador Miguel Esteves, da Companhia Nacional de Bailado.

O estágio deu aos participantes uma oportunidade para se “cultivarem, descobrirem melhor e conectarem-se com o outro”, explicou o bailarino Marco Tavares, da associação cultural Nome Próprio.

Para os alunos, a experiência valeu a pena. “Aprendi coisas novas, que me ajudaram a ver onde me encaixo e onde me sinto confortável”, contou Ana Beatriz Gonçalves, de 12 anos. Também para Lara Cabete, de 14 anos, que começou a dançar com apenas três anos, esta foi uma oportunidade para “adquirir competências. É importante para a minha formação como bailarina e como pessoa”.

O importante, reforçou Victor Hugo Pontes, “foi o processo que experienciaram ao longo de uma semana. Vivemos num mundo em que temos sempre de acertar, em que temos de ser exigentes connosco próprios e ser os melhores. E, às vezes, é bom falhar, até para percebermos exatamente que não há problema, que se cairmos, levantamo-nos”. O curador espera que a experiência tenha ‘semeado’ nos participantes uma “vontade de continuarem a formação e contactarem com outros profissionais de excelência, com outras linguagens, abrindo outras perspetivas”.

JN/MS

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