Tito Paris: A Lenda da Música Cabo-Verdiana no IPMA 2025
Tito Paris, uma das maiores referências da música cabo-verdiana, é conhecido pelas suas melodias cativantes e pela sua guitarra, com os ritmos tradicionais de Cabo Verde com jazz e estilos contemporâneos. Este grande artista é a mais recente entrada no lineup dos International Portuguese Music Awards (IPMA), que este ano também contará com Fernando Daniel, João Pedro Pais, Cremilda Medina, Augusto Canário, The Manic Boys and Girls Club e Jorge Silva.
A música de Cabo Verde, com a sua alma quente e profunda, finalmente voltou a encontrar o seu lugar no panorama global como uma expressão cultural única. A viver em Lisboa há décadas, Tito Paris tem desempenhado um papel importante nesta transformação, não apenas como músico, mas também como embaixador cultural. Com um estilo bem inconfundível, Tito Paris transporta a melancolia e a alegria da sua terra natal para os palcos, enquanto celebra um Portugal rico em diversidade da comunidade africana na capital portuguesa. A história de Tito Paris começa no Mindelo, a principal cidade da Ilha de São Vicente, onde nasceu no dia 30 de maio de 1963.
Numa família profundamente ligada à música, era inevitável que Tito seguisse este caminho. Desde criança, mostrou um talento extraordinário, absorvendo a essência musical que circulava nos bares locais, muitas vezes às escondidas da mãe, enquanto o pai, marinheiro, estava ausente. Ainda muito jovem, começou a tocar guitarra, aprendendo os primeiros acordes com a sua irmã. Mais tarde, tocaria com os irmãos e o primo Bau, que também se tornou um músico conhecido. Nomes como Luís Morais e Chico Serra foram mentores importantes, ajudando Tito a desenvolver o seu estilo único. Aos 19 anos, Tito Paris viaja para Lisboa, onde Bana, um dos grandes nomes da música cabo-verdiana, convidou-o a entrar no grupo Voz de Cabo Verde. Este foi o início de uma nova fase na sua vida. O tempo passou e Tito Paris tornou-se um dos músicos mais procurados da comunidade cabo-verdiana em Lisboa, colaborando com artistas como Dany Silva e Rui Veloso. Em 1985, lançou o seu primeiro álbum, um trabalho instrumental onde se pode ouvir o seu virtuosismo na guitarra.O álbum Dança Mi Criola, lançado em 1994, foi um marco na carreira de Tito Paris, estabelecendo-o como um nome reconhecido em toda a diáspora cabo-verdiana. Este tema tornou-se um clássico, solicitado em todos os concertos. Em Lisboa, Tito brilhava na cultura africana na cidade.
Ao longo dos anos, lançou outros trabalhos que o levaram a palcos internacionais, de Oslo a Nova Iorque, da Luisiana a Paris, conquistando o coração de fãs em todo o mundo. Agora, Tito Paris junta-se aos IPMA 2025, que acontecerá no dia 12 de abril no Providence Performing Arts Center, em Rhode Island, nos Estados Unidos. Este evento anual celebra a riqueza da música lusófona e reúne artistas de descendência portuguesa de todo o mundo. Os IPMA são conhecidos por serem um palco que reconhece tanto artistas emergentes como os mais consagrados, promovendo a diversidade cultural dos países de língua portuguesa. Tito Paris, com a sua carreira inspiradora, é uma escolha perfeita para este evento. Os bilhetes para o evento já estão disponíveis para compra no site ou na bilheteira do Providence Performing Arts Center. Os International Portuguese Music Awards são mais do que um espetáculo de música; são uma celebração da cultura lusófona e uma homenagem aos artistas que continuam a enriquecer as suas comunidades. Ao destacar artistas como Tito Paris, os IPMA ajudam a manter viva a herança cultural de Cabo Verde e dos outros países de língua portuguesa.
Para Tito Paris, esta é mais uma oportunidade de partilhar a essência da música cabo-verdiana com um público global, reafirmando o papel de Cabo Verde como um polo cultural no mundo. Com quase cinco décadas de carreira, Tito continua a ser uma figura essencial na música cabo-verdiana e um símbolo de perseverança e paixão. A sua participação no IPMA 2025 promete ser um dos momentos mais emocionantes da noite, levando ao palco a alma e o coração de Cabo Verde.
Paulo Perdiz/MS
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