Ambiente

Parques Eólicos Flutuantes em Portugal

 

eolica oceano - milenio stadium

 

No dia 8 de fevereiro foi anunciado o maior parque eólico flutuante no mar em Portugal, a ser instalado ao largo da Figueira da Foz.

O fundo de investimento dinamarquês Copenhagen Infrastructure Partners (CIP), que agrega a Copenhagen Offshore Partners (COP), estando previsto um investimento de cerca de oito mil milhões de euros no mar ao largo da Figueira da Foz na sua criação, com capacidade de produção de 2 Gigawatts, e que terá o nome Nortada. A área de implementação será de cerca de 1 237 Km2.

Este parque eólico “offshore” faz parte de uma intenção de criação de uma rede de quatro, sendo os outros três em: Viana do Castelo (663km2 e 2GW), Sines (499km2 e 1,5GW) e Ericeira e Sintra/Cascais (300 km2 e 1GW).
Portugal conta até à data com 17 projetos de parques eólicos marítimos, no entanto, fruto de diversos constrangimentos, apenas um foi implementado e se encontra a funcionar ao largo de Viana do Castelo, abrangendo uma área 663Km2, tendo produzido ao fim de um ano a funcionar (entre julho de 2020 e 2021) 75 GWh de eletricidade que permitiu abastecer 60 000 pessoas com energia elétrica.

O parque eólico marítimo de Viana do Castelo, batizado de Windfloat, está localizado a 20 km da costa, sendo composto por três turbinas eólicas da fabricante dinamarquesa Vestas (cada uma com 8,4 MW), tendo mais de 200 metros de altura e apoiadas em plataformas flutuantes semi-submergíveis ancoradas no fundo do mar. A profundidade do oceano chega aos 100 metros naquela zona do Atlântico. O Winfloat foi o primeiro parque semi-submersível instalado no mundo, sendo um projeto tecnologicamente pioneiro.

A forma como o novo projeto para a Figueira da Foz foi apresentado teve alguma inteligência, os promotores destacaram a criação de 7 000 postos de trabalho durante a sua instalação e a criação de 800 postos de trabalho diretos para a sua gestão e manutenção quando estiver em funcionamento pleno.

Primeiro destacam-se os milhões de euros e a sua distribuição, depois fala-se em sustentabilidade energética e respeito pela Terra.

Percebe-se por esta estratégia que a sociedade precisa que se lhe acene com dinheiro, para como o burro que puxa a carroça com a cenoura pendurada à sua frente se mova. Seria preferível que esta civilização desregulada se movesse por consciência da necessidade de preservar a natureza para que pudesse (essa mesma civilização) continuar a existir e regular-se equilibradamente no seu seio e com o mundo à sua volta. Enfim, de qualquer forma, aparentemente podemos chegar ao objetivo de uma sociedade sustentável pendurando umas cenouras à frente de cada indivíduo.

Paulo Gil Cardoso/MS

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