Os glaciares estão anualmente a perder em média cerca de uma tonelada por metro quadrado. A medição tem sido feita desde há 30 anos, e depois de 2010 foram registadas as oito maiores perdas anuais desde que se iniciaram os registos.
O World Glacier Monitoring Service (WGMS) tem disponível online os dados relativos ao acompanhamento cientificamente realizado. É evidente o recuo nos glaciares por todo o mundo. Na Gronelândia, o glaciar Equip Sermia recuou cerca de 3Km nos últimos 100 anos.
Na Patagónia chilena, o glaciar do Monte São Valentim perdeu 80m de altura desde 1944. No Alasca, o glaciar Columbia recuou 24Km em 42 anos. O glaciar de Pangong, na região de Ladack (região disputada pela China e pela Índia há várias décadas), diminuiu 6,7% desde 1990. A Antártida está a perder em média 149 mil milhões de gelo anualmente. Estes são apenas alguns exemplos do desaparecimento dos glaciares no planeta. Existe a ideia que na era atual a Terra deveria estar a caminhar naturalmente para uma nova idade do gelo, no entanto o que temos é aquecimento global, e como mais do que evidente e provado está, a ação humana e inerente poluição, são as principais causas desta desregulação.
Os níveis dos oceanos continuarão a subir e haverá maior frequência de eventos extremos. Por mais que a comunidade científica e ambientalistas por todo o mundo peçam mudanças de comportamento civilizacional, estas não acontecem ou são muito limitadas e insuficientes. Teríamos então de nos adaptar e precaver para o que aí vem, no entanto, também nesta matéria, as ações políticas e de adaptação da sociedade são mínimas perante o enorme problema, e este continua a crescer.
Os problemas climáticos crescerão na direta proporção do degelo e do aquecimento global, a Terra não mais será como a conhecemos. A consciencialização e ações efetivas são da maior urgência se queremos que manter a vida na Terra.
Desfrutemos da natureza com respeito e admiração.
Paulo Gil Cardoso/MS
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