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Clima Alterado Os dados de 2021

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Credito: DR

As alterações climáticas são uma realidade indesmentível.

Os dados publicados, sobre os registos climáticos de 2021, confirmam as tendências de alterações climáticas no planeta. Deixo aqui algumas evidências recolhidas pela comunidade científica, organismos internacionais e nacionais. Se perante as evidências não reagimos, o que será do futuro da Terra, de nós e dos nossos descendentes?

O Copernicus Climate Change Service informa que 2021 se insere num ciclo de sete anos consecutivos de recordes de temperaturas. 2021 foi o 5º ano mais quente deste ciclo, tendo uma diferença de mais 0,47ºC em relação à média anual normal, compreendida entre 1981 e 2010. Os valores da temperatura do ar foram muito acima da média na superfícies dos oceanos e em muitas zonas continentais, destacando-se o Atlântico Norte, na zona compreendida entre a costa oeste dos EUA, nordeste do Canadá e Gronelândia. Também no centro e norte de África, Médio Oriente, Afeganistão e no extremo sul da América do Sul, as temperaturas foram anormalmente elevadas.

No Resumo Climatológico do Ano 2021 (tinyurl.com/yc4bnky6), publicado pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera podemos encontrar uma série de evidências, relativamente ao clima mundial, europeu e português, quanto a valores de temperatura, precipitação e até de ventos.

Na Europa, apesar de 2021 não incorporar os 10 anos mais quentes, teve mesmo assim uma anomalia de +0,59ºC relativamente à média anual normal, compreendida entre 1981 e 2010. Tendo, porém, registado o verão mais quente de sempre, nessa estação verificou-se uma forte onda de calor em países mediterrânicos, com destaque para a Espanha, Itália e Grécia, as temperaturas foram extremamente elevadas alimentando violentos incêndios, e provocando seca. A Sicília bateu o recorde de temperatura mais elevada, atingindo 48,8ºC, mais 0,8ºC que o recorde anterior. Relativamente a precipitação, apesar de se terem registado valores acima da média, a humidade no ar não acompanhou essa ocorrência. Houve fenómenos de precipitação intensa em curtos períodos de tempo que provocaram caóticas inundações, especialmente na Alemanha, Luxemburgo, Bélgica e Holanda. No sul europeu, mais concretamente na Península Ibérica aconteceu o contrário, verificando-se situações de seca. 

Em Portugal, o valor médio da temperatura anual foi superior ao normal (1971-2000) em 0,41ºC.  No ano de 2021 registaram-se 3 ondas de calor, respetivamente em agosto, outubro e dezembro. O último mês do ano foi o mais 4º mais quente de sempre desde 1931, tendo sido também registada a 2ª temperatura diária mais alta desde esse ano, 

Relativamente a precipitação, o território nacional teve apenas 78% do normal, sendo que os meses que estiveram mais abaixo do que o espectável foram novembro e dezembro. A estação meteorológica da Zambujeira bateu o recorde da temperatura mais alta registada nessa estação, com um valor de 26,4ºC, no dia 31 de dezembro.

Transcrevo o último ponto do Resumo Climatológico do Ano 2021 publicado pelo IPMA:

“Seca Meteorológica: entre abril e final de agosto, aumento gradual da área e da intensidade da seca meteorológica. A 30 de setembro diminuição da área em seca, terminando o ano hidrológico com 43% do território em seca meteorológica. Nos meses de novembro e dezembro verificou-se um novo aumento da área e da intensidade da seca, terminando o ano com 94 % do território em situação de seca meteorológica (58 % seca fraca, 27 % seca moderada e 9 % em seca severa).”

As alterações climáticas aí estão, com graves impactos na natureza, na agricultura e pecuária, na saúde, na economia, nas nossas vidas e nas vidas de todos os seres vivos. Termino este artigo como comecei: 

As alterações climáticas são uma realidade indesmentível.

Se perante as evidências não reagimos, o que será do futuro da Terra, de nós e dos nossos descendentes?

Paulo Gil Cardoso/MS

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