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Anfíbios

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Credito: DR

Esta semana, no dia 2 de fevereiro, foi assinalado o Dia Mundial das Zonas Húmidas.

Estes ecossistemas abrigam espécies imprescindíveis ao equilíbrio da vida na Terra, sendo os anfíbios, talvez, aqueles que mais dependem da existência destas zonas.

Rãs, sapos, salamandras, tritões, são anfíbios, animais de sangue-frio, estando identificadas cerca de 6.700 espécies no mundo, as suas peles não têm escamas, e podem viver tanto na terra como na água, sendo que a sua reprodução está, no entanto absolutamente dependente de meios húmidos e aquáticos. A sua vida é repartida entre o meio aquático e o meio terrestre. A permeabilidade da sua pele e a dependência de meios aquáticos torna-os especialmente vulneráveis à poluição do meio ambiente. Sendo a sua mobilidade reduzida e tendo necessidade de habitats aquáticos ou húmidos, a destruição destas zonas húmidas é uma ameaça à sua sobrevivência por não terem capacidade de povoarem ou adaptarem-se a outros locais.

A sua temperatura corporal varia consoante a temperatura ambiente, a sua pele permeável desempenha um papel importante na respiração, respiração essa que pode realizar-se também através de brânquias ou pulmões.

A palavra anfíbio, Amphi = Duplo e Bio = Vida, traduz o conceito de vida dupla que estes seres vivos têm, ou seja, são animais que vivem parte da sua vida na água e outra parte em ambientes terrestres. Os anfíbios passam por metamorfoses, sendo que enquanto na fase larvária (estados iniciais da vida, girinos, etc.) vivem em meio aquático, e depois enquanto adultos na terra, no entanto estando sempre dependentes de meios húmidos. Dividem-se em 3 grandes grupos.

Anuros (rãs, sapos, relas), caraterizados por não terem cauda no estado adulto, tendo 4 patas.  As pernas traseiras nas rãs são muito mais desenvolvidas permitindo-lhes efetuar grandes saltos e são excelentes nadadoras, já os sapos têm as pernas traseiras mais curtas e consequentemente saltos mais pequenos e também caminham.

Urodelos (salamandras e tritões) têm uma cauda desenvolvida, também com quatro patas, sendo os seus corpos e cabeças mais compactas. As salamandras de forma geral têm a faculdade extraordinária de regenerar membros quando os perdem, perdendo a cauda ou pernas estas voltam a crescer.

Ápodes (cecílias, cobras-cegas) não possuem membros, tendo um aspeto idêntico a cobras ou minhocas, têm os corpos longos e estreitos e usualmente vivem debaixo do chão escavando túneis.

Alguns anfíbios têm línguas longas e pegajosas que ao serem projetadas capturam alimentos. São essencialmente carnívoros quando adultos, alimentando-se de animais invertebrados, como artrópodes, moluscos, crustáceos e vermes em geral. A alimentação daqueles que passam por estágio larval, enquanto nesse estado, alimentam-se essencialmente de algas e de matéria morta.

Estes animais têm dificuldade em ver aquilo que não se movimenta, mas têm uma capacidade auditiva apurada. Sapos, rãs e relas têm repertórios vocais para comunicação e identificação daqueles da sua espécie, para interações sociais, rituais de acasalamento, etc., sendo essencialmente os machos a terem essa capacidade de vocalização.

A quantidade e diversidade da existência de anfíbios é um indicador por excelência da qualidade e vitalidade ambiental. Proteger as zonas húmidas significa preservar o equilíbrio ambiental e a biodiversidade. Ajudando ao controlo de populações de insetos (essencialmente), larvas, vermes e outros. Os anfíbios são dos melhores amigos dos agricultores.

Protejamos as zonas húmidas e deixemos que os anfíbios contribuam para a nossa qualidade de vida. Desfrutemos da natureza com respeito e admiração.

Paulo Gil Cardoso/MS

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