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A importância dos insetos

Terra Viva

 

milenio stadium - Cymbalophora pudica -1 CREDITOS Paulo Gil Cardoso

 

Podemos estar a assistir à maior extinção de insetos desde há 252 milhões de anos.

A maior extinção em massa ocorrida na Terra, conhecida vulgarmente como a “Grande Morte”, e denominada Extinção Permo-Triássica, é a única que podemos até hoje confirmar também como a maior extinção de insetos conhecida. Este evento de extinção foi de uma dimensão verdadeiramente apocalíptica; pereceram 95% das espécies marinhas e aquáticas, e 70% das espécies terrestres. Julga-se que vários eventos coincidentes levaram a esta situação de destruição da vida no planeta. Alterações climáticas, alteração do nível do mar, secas extremas e prolongadas, aquecimento das águas dos oceanos, atividade vulcânica intensa, tudo contribuindo também para a alteração da composição química e física da atmosfera.

Devido à falta de provas, essencialmente fósseis, de outras extinções relativas a insetos, toma-se a Extinção Permo-Triássica como a única referência passível de comparação com o atual desaparecimento massivo de espécies destes invertebrados.

A comunidade científica alerta para a ameaça de extinção que meio milhão de espécies de insetos enfrenta, apontando como principal causa a atividade humana. É um número verdadeiramente assustador. Os insetos são pilares essenciais das cadeias de alimentação, vitais para a polinização de plantas, imprescindíveis na decomposição e reciclagem de matéria orgânica e fertilização de solos. Mais de 40% das espécies conhecidas de insetos está em declínio, sendo que um terço estão ameaçadas de extinção. Estudos indicam que a massa total destes artrópodes tem sofrido uma redução de 2,5% anualmente nas últimas 3 décadas.

As alterações climáticas, poluição atmosférica, poluição aquática, poluição dos solos, desertificação, poluição luminosa, destruição de habitats por implantação de estruturas humanas invasivas, destruição de florestas, incêndios, pesticidas, etc., são ameaças a mais e em todas as frentes, à vida de abelhas, vespas, borboletas, besouros, moscas, mosquitos, libélulas, grilos, gafanhotos, formigas, e um sem fim de espécies.

Ao comprometermos a existência de ecossistemas naturais, teremos também, provavelmente, eventos de pragas de alguns destes seres vivos, onde não os queremos, essas possíveis pragas criarão também a ilusão de que a extinção não está a ocorrer, porém serão sinais apenas do estertor que estas criaturas sentem, procurando a sobrevivência em meios alternativos que nunca lhes serão favoráveis à sua normal existência, além de que, lá estará o ser humano à espera de as aniquilar por erroneamente as considerar ameaças.

A vida no nosso planeta é um imenso e dinâmico puzzle, com frágeis peças de todas as dimensões possíveis, da mais pequena e invisível à maior imaginável, e nós não somos o elefante na sala de cristais… somos uma manada sem ordem…

Com a devastação das populações de insetos toda a biodiversidade na Terra está comprometida.
A vida na Terra sem insetos não terá futuro.

Paulo Gil Cardoso/MS

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