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A Europa a assar lentamente

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A temperatura média no Velho Continente subiu à razão de 0,5ºC por cada 10 anos, ou seja, um aumento de 1,5ºC em três décadas.

Dados revelados esta quarta-feira dia 2 de novembro de 2022, pela Organização Meteorológica Mundial, indicam que na Europa as temperaturas aumentaram mais do dobro da média mundial nos últimos 30 anos.

O verão de 2021 foi o mais quente já registado o que potenciou uma série de eventos extremos, desde incêndios florestais, sendo a época de fogos das mais intensas registadas em 30 anos, passando por chuvas torrenciais que provocaram o caos, morte e destruição na Europa Ocidental em meados de julho desse ano, nomeadamente na Alemanha onde houve mais de 100 vítimas mortais. A somar às temperaturas elevadas, o nível de concentração de gases de efeito estufa foi também o mais alto já registado, com destaque para o metano. Foram batidos recordes de temperatura à superfície da água do mar Báltico e no leste do Mediterrâneo, com algumas zonas do Báltico 5ºC acima da média. O recuo dos glaciares Na manhã de quinta-feira (3) contínuo contribuindo para a subida do nível médio dos oceanos.

Apesar das temperaturas recorde do verão, 2021 não foi o ano mais quente, acontecendo, no entanto, mudanças bruscas de temperatura, após um inverno de temperaturas acima da média o que levou a uma antecipação de desenvolvimento das plantas, na primavera as temperaturas caíram abruptamente em poucos dias, havendo geadas tardias quando as plantas estavam ainda numa fase frágil provocando um enorme impacto na natureza e em plantações agrícolas, sendo que vinhas e árvores de fruta tiveram as suas produções comprometidas em vários países, como a França ou a Grécia.

Preocupante é verificar que se mantêm as tendências de subida de temperatura média sendo acompanhadas por episódios extremos de quedas abruptas dessas mesmas temperaturas, de frio ou calor fora de época, de chuvas torrenciais, de aumento de gases de efeito estufa, de degelo dos glaciares, de aumento das temperaturas da água nos mares, de situações de seca extrema nalgumas zonas, de incêndios florestais intensos e afetando grandes áreas.

As alterações climáticas estão já para além do que se preconizava há poucos anos, o ritmo a que trabalhamos para inversão da tendência não foi e nem é suficiente, assim como a adaptação a estas mudanças e novas realidades climáticas também não.

Nada está a ser feito com a celeridade necessária.

O cenário é mesmo de pescadinha-de-rabo-na-boca, a guerra, a crise económica, a crise energética e alimentar, atrasam e impedem uma reação mais eficaz e as alterações climáticas aumentam, o que por sua vez agravará todos os problemas existentes.
Assim não vamos lá!

Paulo Cardoso/MS

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