“À beira do abismo”

Transcrevo apelo de Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, na Cimeira de Líderes sobre Clima, do passado dia 22 de maio de 2021, organizado pelos E.U.A.:
“A Mãe Natureza não espera.
A última década foi a mais quente já registada.
Gases de efeito estufa perigosos estão em níveis nunca vistos em 3 milhões de anos.
A temperatura global já subiu 1,2 graus Celsius – indo na direção do limiar de catástrofe.
Enquanto isso, vemos o aumento do nível do mar, temperaturas escaldantes, ciclones tropicais devastadores e incêndios florestais épicos.
Precisamos de um planeta verde – mas o mundo está em alerta vermelho.
Estamos à beira do abismo. Devemos ter certeza de que o próximo passo será na direção certa.
Líderes em todos os lugares devem agir.
Primeiro, construindo uma Coligação Global pela Neutralidade do Carbono até meados do século – cada país, cada região, cada cidade, cada empresa e cada setor.
Em segundo lugar, fazendo desta uma década de transformação. Todos os países – começando com os principais emissores – devem apresentar novas e mais ambiciosas Contribuições Nacionalmente Determinadas para mitigação, adaptação e financiamento, estabelecendo ações e políticas para os próximos 10 anos, alinhadas na persecução da neutralidade de emissões de gases de efeito estufa até 2050.
Terceiro, precisamos traduzir esses compromissos em ações imediatas e concretas.”
Um dos destaques que António Guterres evidenciou foi relativo aos Oceanos, referindo a importância da Conferência do Oceano a realizar ainda este ano em Lisboa, chamando à atenção para a proteção e melhoria dos ambientes marinhos no mundo, realçando que os nove milhões de mortes, por poluição do ar e da água, são seis vezes mais que o total de vítimas mortais resultantes da pandemia.
Não podemos continuar a maltratar e a degradar a Terra, continuando com esta irresponsabilidade e desprezo sobre a natureza, comprometemos a nossa própria existência.
Temos de trabalhar efetivamente para sarar as feridas da Terra, feridas que nós provocámos e continuamos a provocar. A indiferença levar-nos-á à catástrofe.
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