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XXXII Colóquio da Lusofonia – palavras, música e convívio

Realizou-se na ilha da Graciosa, arquipélago dos Açores, de 2 a 6 outubro, o trigésimo segundo encontro da Associação Internacional dos Colóquios da Lusofonia (AICL) que, desde 2001, têm sido organizados por Chrys e Helena Chrystello.

Com a anunciada presença de escritores como Eduíno de Jesus, Teolinda Gersão e José Luís Peixoto entre outros, nem os transtornos causados pelo furacão Lorenzo impediram os cerca de trinta oradores inscritos de desembarcar, no pequeno aeródromo de Santa Cruz da Graciosa, embora alguns com atraso. Registou-se a presença de participantes da Alemanha, Brasil, Cabo Verde, Canadá, Luxemburgo, Portugal continental e ilhas.

Foram três dias intensos dedicados à apresentação de comunicações e troca de ideias sobre a escrita de poesia, conto e romance. Incluídos, igualmente, temas de debate: história colonial, diáspora, autobiografia e outros.

Aos escritores foi dada uma particular atenção: José Luís Peixoto e Teolinda Gersão discutiram a sua obra e responderam a questões postas pelo público. Urbano Bettencourt apresentou o seu último livro de poesia “Com Navalhas e Navios” e Pedro Almeida Maia o romance “A viagem de Juno”. Jorge Arrimar, Álamo de Oliveira e Eduardo Bettencourt Pinto presentearam-nos com leituras de extratos de suas obras.

Parte integrante e habitual do programa destes colóquios são os momentos de música. Este ano estiveram presentes a professora de piano Ana Paula Andrade, do Conservatório de Ponta Delgada, e alunas de violino e canto de Ponta Delgada e da Graciosa; Joana Carvalho, intérprete com guitarra e voz única de “música do mundo”, de Belmonte e o duo Piki Pereira e Mintó Deus, de Timor.

Destaco a homenagem prestada a Eduíno de Jesus através de textos de Maria João Ruivo, Urbano Bettencourt, Álamo de Oliveira e Eduardo Bettencourt Pinto. A admiração que todos nutrem pelo professor, ensaísta, poeta e, em particular, pela pessoa, ficou evidente nas manifestações de profundo respeito e amizade que lhe foram dirigidas.

O grupo de participantes do Colóquio teve a oportunidade de fazer um roteiro geocultural guiado por Lurdes Cunha, bióloga e geóloga, e Jorge António Cunha, historiador. Não há melhor maneira de aprender do que escutar quem sabe da sua especialidade.

Quero, por fim, manifestar a admiração que sinto por Chrys e Helena Chrystello. Esta iniciativa que começou em Bragança, e hoje se divide entre Belmonte e as ilhas açorianas, conseguiu o mérito de ter levado a literatura, a música e outras manifestações culturais dos Açores a vários países do mundo nas pessoas dos participantes convidados ou presenciais. Quem participa uma vez, volta outras. Estes não são apenas colóquios de transmissão e disseminação do saber. Constituem oportunidades únicas para conviver e cimentar amizades.

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