Salário mínimo na Venezuela aumenta 40% a partir de segunda
O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou hoje, um novo aumento, o segundo em menos de 60 dias, de 40% do salário mínimo e das pensões dos venezuelanos, a partir de 01 de janeiro de 2018.
“Anuncio o aumento de 40% do salário mínimo nacional e de todas as tabelas salariais a nível nacional, de professores, militares, polícias, médicos, trabalhadores públicos”, declarou.
O anúncio foi feito numa transmissão pela televisão estatal venezuelana desde o palácio presidencial de Miraflores, durante a qual precisou que o subsídio de alimentação passa de 30 para o equivalente a 60 unidades tributárias.
O aumento decretado eleva o salário mínimo dos venezuelanos de 177.507 para 248.510 bolívares (de 13,50 para 19,00 euros à taxa oficial Dicom).
Por outro lado, o subsídio de alimentação passa de 279.000 bolívares para 549.000 bolívares, para um salário integral total (incluindo os subsídios) de 797.510 (60,65 euros).
Nos últimos 12 meses o Presidente da Venezuela aumentou seis vezes o salário mínimo dos venezuelanos, a primeira das quais em janeiro (50%), seguindo-se maio (60%), julho (50%), setembro (40%) e a 01 de novembro (30%).
O aumento do salário tem lugar depois de protestos em várias cidades do país pelos altos preços dos produtos e pela falta de produtos que seriam vendidos à população a preços subsidiados pelo Estado.
Entre outubro e dezembro de 2017 triplicaram os preços de venda dos produtos. Segundo a imprensa local a inflação não oficial de 2017 é superior a 2.000%, num país onde escasseiam os bens essenciais e a qualidade dos serviços degradou-se nos últimos tempos.
Na Venezuela, meio quilograma de massa custa à volta de 96.000 bolívares (7,30 euros), um quilograma de açúcar 130.000 bs (9,88 euros), um quilograma de queijo amarelo 600.000 bs (45,63 euros) e um pão 16.000 bs (1,21 euros).
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