Governo diz que “Parque Natural da Serra da Estrela vai ficar melhor do que estava”

A ministra da presidência, Mariana Vieira da Silva, garante que a a “valorização, a recuperação e o desenvolvimento, além do que já existia, é uma prioridade deste Governo” para os territórios afetados pelo incêndio na serra da Estrela e anunciou que será declarado o estado de calamidade na região da serra da Estrela.
As garantias da ministra foram comunicadas aos jornalistas no fim de um encontro entre ministros e presidentes de câmara, realizado em Manteigas, após o qual anunciou que seria decretado o Estado de Calamidade naquela região, afetada por incêndios que duraram uma semana.
Antes de avançar com medidas, Mariana Vieira da Silva considerou que “é fundamental” perceber a dimensão dos estragos causados pelo fogo, que lavrou durante 11 dias na serra da Estrela, contando com as reativações, após uma semana inteira a fogo, que destruiu 25 mil hectares de floresta.
“Nos próximos 15 dias, vamos fazer o levantamento de todos os danos e prejuízos”, disse Mariana Vieira da Silva. “Queremos saber como estão os solos, onde é preciso intervir, saber como estão as bacias hidrográficas”, explicou a ministra. “Um prazo muito curto que responde a esta situação de emergência e calamidade”, disse.
A inventariação vai contar com a participação de vários organismos públicos. Após a conclusão do levantamento, serão apresentadas “medidas, ao abrigo do Estado de calamidade”, que a ministra anunciou e “será decretado pelo Conselho de Ministros”, para poder “responder melhor e o mais urgente possível a estes territórios”.
Mariana Vieira da Silva deixou uma mensagem de otimismo, sublinhando que a partir de setembro haverá um terceiro momento, “muito importante”, um “plano de recuperação e revitalização que deixará o Parque Natural da Serra da Estrela melhor do que estava”. Segundo a ministra, trata-se de “um projeto ambicioso” que vai reunir várias instituições.
Seis ministros estiveram reunidos, em Manteigas, com os seis autarcas abrangidos pelo Parque Natural da Serra da Estrela – Manteigas, Celorico da Beira, Covilhã, Guarda, Gouveia e Seia – e ainda de Belmonte, também presente por ter sido atingido pelas chamas. Dos seis municípios, cinco foram representados pelos presidentes de Câmara: Flávio Massano (Manteigas), Vítor Pereira (Covilhã), Sérgio Costa (Guarda), Carlos Ascensão (Celorico da Beira) e António Dias Rocha (Belmonte).
“A presença aqui de seis ministros é um sinal muito positivo que podemos passar a todas as pessoas da serra da Estrela e aos afetados pelos incêndios, um sinal muito encorajador para os próximos tempos”, disse o presidente da Câmara de Manteigas, Flávio Massano.
“Com a presença aqui dos membros do Governo, conseguimos perceber que já há trabalho de campo, que estão a ser postas em prática várias medidas do curto prazo”, acrescentou o autarca anfitrião do encontro. “Isso é uma tranquilidade que podemos passar a quem aqui vive, que há trabalho a ser feito e que estamos a ser acompanhados por todos os membros do governo”, disse Flávio Massano.
O incêndio deflagrou a 6 de agosto na Covilhã e foi dado como dominado uma semana depois, no dia 13. Sofreu uma reativação dois dias depois e foi considerado novamente dominado na noite de quarta-feira, dia 17, onze dias depois da primeira ignição.
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