Temas de Capa

Vox Pop

É um tema complexo, mas que a todos diz respeito – a política toma conta dos nossos dias e determina em grande medida o nosso futuro. No entanto, apesar de muitas vezes quase “passar ao lado” do cidadão comum, é por muitos aceite como verdadeira a ideia de que a ação dos políticos é frequentemente dominada pelos grandes interesses económicos. Nesta edição do Milénio Stadium trazemos a opinião de quatro cidadãos. As conclusões, como sempre, ficam para quem nos lê.

Laurentino Esteves

1. O que é para si a política?

Começo por responder com um enorme chavão: “a política é um mal necessário” … A política pode dividir-se em várias categorias: a partidária, a de protesto e a social e diária! Eu pessoalmente gosto mais das primeira e última categorias! Entendo a política como um processo organizado, onde cada cidadão, depois de assumir a sua escolha, possa participar no diálogo, contribuindo, primeiro em ideias, depois em atos, para o bem comum – o mesmo é dizer: na construção de uma sociedade e país melhores.

2. Na sua opinião, que peso tem a política na vida do cidadão?

A política é hoje tudo nas nossas vidas… Desde a hora que acordamos, até que nos deitamos! A política está presente em cada minuto das nossas vidas… Desde logo, se tivemos uma noite descansada, não houve nenhum assalto na loja da esquina! Nenhum tresloucado abalroou ninguém na rua ou em nenhum festival algures na cidade!

Depois levantar e sair de casa e esperar que os transportes públicos funcionem e pacificamente possamos chegar ao destino e regressar ao fim do dia a casa e recomeçar tudo de novo!

3. Acha que a política está a ser dominada por interesses económicos? Se sim, considera que isso seja uma vantagem ou desvantagem?

Lamentavelmente acho que sim, no entanto também acredito que não é só culpa da política! Aqui divido responsabilidades pelos políticos, os agentes económicos e, em boa medida, os cidadãos – todos conhecemos a relação próxima entre a política e as instituições financeiras! Não que a mesma não seja necessária e desejável num relacionamento salutar e profícuo, enquanto agentes ao serviço da economia do país! O problema é que depois, e por falta de ética dos políticos e demais (e a culpada não é a política), estes usam-na para seu benefício e fazem da política a porta giratória para altos cargos que todos conhecemos e isto é transversal a todas as forças políticas… Por último nós, os cidadãos, temos que ser mais exigentes e até interventivos sempre que detetarmos estas anomalias! Achar que é normal, faz parte… não, não é! Temos que estar atentos e ser “vigilantes” da política e dos políticos, a democracia agradece!

Pedro Malungo

1. O que é para si a política?

Política para mim e um conjunto de normas e teorias que compõem uma sociedade.

2. Na sua opinião, que peso tem a política na vida do cidadão?

Muito peso, pois definem a nossa forma de viver e nosso e modus operandi

3. Acha que a política está a ser dominada por interesses económicos? Se sim, considera que isso seja uma vantagem ou desvantagem?

Com certeza que sim… E considero que é desvantajoso, porque quem tem maior benefício são as grandes corporações e os milionários, e deixam a maior parte da população global a viver na pobreza.

Jorge Ribeiro

1. O que é para si a política?

A política é para muitos um modo de vida, para outros um centro de voluntarismo, para mim é acima de tudo um exercício que faço de quatro em quatro anos, para correr ou não com a pessoa que votei e trabalhou dedicadamente e honestamente para o bem comum dos seus constituintes.

2. Na sua opinião, que peso tem a política na vida do cidadão?

A política deveria ser encarada por todos os cidadãos como uma obrigação de envolvimento, pois só com a nossa participação cívica, indo votar sempre que necessário, nos dá a força para melhorar as decisões dos políticos que tantas vezes fazem leis e regulamentos tão devastadores para a nossa sociedade.

3. Acha que a política está a ser dominada por interesses económicos? Se sim, considera que isso seja uma vantagem ou desvantagem?

Considero que a política está a ser controlada pelos interesses económicos pois eles têm pessoas pagas, chamadas “lobbyists“, que controlam os políticos e governos para benefício das grandes companhias. Este processo afeta-nos, sem dúvida, porque enquanto uns estão 24h a trabalhar para beneficiar um número mínimo de entidades, a maioria trabalha arduamente para pagar impostos para essa minoria beneficiar! Portanto o segredo é mantermos o nosso envolvimento político, pois só assim podemos dizer aos políticos que se não cumprirem estão fora ao fim dos quatro anos!! Creio que a juventude está mais envolvida na política e isso é um benefício para o futuro da humanidade – para além de que as novas tecnologias dão uma maior aproximação com o mundo que nos rodeia!

Joel Bastos

1. O que é para si a política?

Uma questão pertinente num momento em que muita gente faz confusão entre a palavra política e político.

Política é a “arte” de governar ou a “ciência” da administração ou direção de países ou estados. 

  2. Na sua opinião, que peso tem a política na vida do cidadão?

Digamos que a política tem um peso subjacente àquele que a promulga – políticos. Se esta for promulgada por um bom político esta deverá ser uma boa política. Tudo depende de quem a pratica. Assim sendo, a política tem muito impacto na vida do cidadão pois é através de um conjunto de políticas que um país é regido, o que de certa forma, atinge o dia a dia do cidadão desse país.

3. Acha que a política está a ser dominada por interesses económicos? Se sim, considera que isso seja uma vantagem ou desvantagem?

A política sempre foi dominada por interesses económicos. Para que um país tenha uma boa economia e que seja por si só sustentável e bom para se viver, é bom que a sua economia esteja estável. Para isso existem políticas direcionadas pelos políticos para que isso aconteça.

Como tudo na vida este tipo de união (política-interesses económicos) tem as suas vantagens e desvantagens. É bom para o país e para os seus residentes, mas ao mesmo tempo pode ser mau para quem sofre desses mesmos interesses. Por exemplo, um país que é atingido por uma grave crise financeira e pede ajuda – Portugal há uns tempos atrás – a outros países mais seguros ou com políticas económicas mais fortes vai sentir graves penalizações assim que essa ajuda chegar. Os países que ajudam irão sempre ver os interesses económicos antes de fazerem qualquer empréstimo. Como diz a expressão portuguesa, todos olham para o seu próprio umbigo.

Catarina Balça/MS

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