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A presidência de Donald Trump tem sido marcada por uma postura imprevisível, desafiando normas diplomáticas e criando incerteza global. Propostas como a anexação da Gronelândia, do Canadá e a pressão sobre o Panamá, junto com tarifas de 200% sobre produtos da União Europeia, colocam a estabilidade económica mundial em risco, afetando países como Portugal. No entanto, essas políticas também prejudicam os próprios americanos, com aumento de preços e desaceleração de setores chave.

A falta de união entre os aliados do Canadá e da Europa torna-os vulneráveis às ações unilaterais dos EUA. A União Europeia, já fragilizada, enfrenta o desafio de reagrupar-se para defender os seus interesses. As políticas de Trump têm um impacto social profundo, afetando milhões de trabalhadores que dependem do comércio global para viver.

O futuro das relações internacionais e da economia global depende de uma resposta solidária e coordenada da comunidade internacional, para garantir a paz, os direitos humanos e a estabilidade económica, protegendo todos, inclusive os americanos.

Francisco Pegado/MS

Nelson de Melo – Empresário, Toronto, 50 anos 

  1. O que pensa sobre a insistência de Donald Trump em tentar anexar o Canadá? Acha que isso é uma ameaça real?

    Para um pequeno empresário, isso parece mais uma conversa sem fundamento. Acredito que, na prática, isso não vai levar a lugar nenhum. No entanto, a retórica de Trump pode causar instabilidade nas relações internacionais, o que sempre preocupa quem trabalha diretamente com exportação ou comércio internacional. As ameaças, ainda que não sejam reais, geram insegurança no mercado.

  2. A falta de posicionamento claro de outros países em relação a Trump deixa-nos vulneráveis? Como vê o papel dos aliados do Canadá neste contexto?

    Sim, a falta de uma posição clara dos outros países pode, sim, deixar o Canadá vulnerável. Para um pequeno empresário, isso é uma preocupação constante. Sem uma postura firme de aliados, o Canadá fica sem um apoio sólido para proteger os seus negócios e a sua economia. O que precisamos são de alianças fortes que tragam estabilidade, especialmente para pequenos negócios que dependem de um comércio internacional equilibrado.

  3. Considera que o Canadá está sem defesa perante as ameaças de Trump, seja a nível económico ou militar?

    Não diria que o Canadá está totalmente indefeso, mas, para um pequeno empresário, a realidade é que dependemos muito da estabilidade económica. O Canadá precisa garantir que a sua economia não fique vulnerável às políticas protecionistas de Trump. Se os mercados começarem a ser prejudicados por essas políticas, negócios locais como o meu, que dependem da importação e exportação, vão sentir o impacto. Não estamos completamente sem defesa, mas precisamos de mais resiliência econômica.

  4. O que pensa da imposição de tarifas globais por parte de Trump, nomeadamente os 200% sobre as bebidas dos países da União Europeia? Que impacto pode isso ter na economia portuguesa?

    Para um pequeno empresário, tarifas como essas são devastadoras. Se produtos da União Europeia, como vinhos e outros alimentos, sofrerem tarifas tão altas, nós, pequenos empresários, vamos ver os preços aumentarem e a procura diminuir. Isso afeta diretamente o nosso negócio. A economia portuguesa vai sofrer com isso, especialmente para pequenos produtores que dependem das exportações para crescer. Isso vai impactar diretamente os preços e as margens de lucro no mercado global.

  5. Como acredita que a União Europeia vai reagir a estas políticas de Trump? Acha que a UE está preparada para enfrentar este tipo de desafios?

    Eu sou mais cético sobre a resposta da União Europeia. Como pequeno empresário, o que eu vejo é que, muitas vezes, a UE demora a tomar decisões que impactam o mercado de forma direta. Espero que tomem medidas para proteger as pequenas empresas e nos ajudem a lidar com essas tarifas elevadas, mas a verdade é que muitas vezes o impacto real para o nosso negócio vem quando as medidas já estão implementadas. A UE precisa ser mais rápida e mais eficaz para defender o comércio global, ou os pequenos empresários, como eu, vão continuar a sofrer.


Katia Gonçalves – Estudante Universitária, London, On 32 anos 

O que pensas sobre a insistência de Donald Trump em tentar anexar o Canadá? Achas que isso é uma ameaça real?

A ideia de anexar o Canadá parece mais uma retórica política de Trump do que uma ameaça real. Embora possa ser usada para mostrar força, é altamente improvável que os EUA tomem tal medida, dado o equilíbrio de poder e as relações diplomáticas existentes.

2. A falta de posicionamento claro de outros países em relação a Trump deixa-nos vulneráveis? Como vês o papel dos aliados do Canadá neste contexto?

Sim, a falta de uma posição clara pode tornar países como o Canadá mais vulneráveis. Os aliados têm um papel importante em apoiar o Canadá, sobretudo em questões económicas e de segurança, para evitar que o país se torne alvo das pressões dos EUA.

3. Consideras que o Canadá está sem defesa perante as ameaças de Trump, seja a nível económico ou militar?

O Canadá não está completamente indefeso. Tem uma boa defesa através da OTAN e fortes relações comerciais com outros países. No entanto, a dependência económica dos EUA pode torná-lo vulnerável a pressões, especialmente no plano económico.

4. O que pensas da imposição de tarifas globais por parte de Trump, nomeadamente os 200% sobre as bebidas dos países da União Europeia? Que impacto pode isso ter na economia portuguesa?

As tarifas de Trump podem ter um impacto negativo na economia portuguesa, especialmente nas exportações de vinhos e outras bebidas. O aumento das tarifas prejudica a competitividade e pode levar a represálias, afetando o comércio e a imagem do país.

5. Como acredita que a União Europeia vai reagir a estas políticas de Trump? Achas que a UE está preparada para enfrentar este tipo de desafios?

A União Europeia provavelmente reagirá com negociações e tarifas de retaliação, mas a sua capacidade de resposta pode ser dificultada pelas divisões internas. No entanto, a UE tem os recursos e a diplomacia necessários para enfrentar estes desafios, embora precise de manter a coesão interna.

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Paulo Correia – Funcionário Público, Toronto, On 42 anos 

  1. O que pensa sobre a insistência de Donald Trump em tentar anexar o Canadá? Acha que isso é uma ameaça real?

Parece um exagero. Não acredito que Trump tenha reais intenções de anexar o Canadá, mas a sua retórica agressiva pode gerar tensões desnecessárias e instabilidade.

  1. A falta de posicionamento claro de outros países em relação a Trump deixa-nos vulneráveis? Como vê o papel dos aliados do Canadá neste contexto?

Sim, a falta de uma resposta forte de outros países coloca o Canadá numa posição vulnerável. O apoio dos aliados é crucial, mas parece que muitos países estão mais focados nos seus próprios problemas do que em se opôr a Trump.

  1. Considera que o Canadá está sem defesa perante as ameaças de Trump, seja a nível económico ou militar?

Sim, o Canadá está numa posição frágil, especialmente devido ao poder económico e militar dos EUA. O país precisa de mais colaboração com seus aliados e de uma postura mais firme nas negociações internacionais.

  1. O que pensa da imposição de tarifas globais por parte de Trump, nomeadamente os 200% sobre as bebidas dos países da União Europeia? Que impacto pode isso ter na economia portuguesa?

As tarifas podem ser devastadoras para a economia portuguesa, que depende muito das exportações. Essas taxas prejudicam as relações comerciais com os EUA e podem afetar a imagem de Portugal no mercado global.

  1. Como acredita que a União Europeia vai reagir a estas políticas de Trump? Acha que a UE está preparada para enfrentar este tipo de desafios? 

A União Europeia tem mostrado resistência, mas falta-lhe uma ação mais coordenada. A UE precisa de mais unidade entre seus membros para responder eficazmente aos desafios impostos pelas políticas de Trump.


Claudia Baptista  Fernandes – Funcionária Pública, Mississauga, ON, 29 anos 

  1. O que pensa sobre a insistência de Donald Trump em tentar anexar o Canadá? Acha que isso é uma ameaça real?

A tentativa de Trump de anexar o Canadá é uma retórica agressiva sem fundamento real. Embora isso não seja uma ameaça concreta no campo das relações internacionais, a sua postura provocativa serve para criar instabilidade e distrair das questões internas dos EUA. A ameaça é mais psicológica e de desestabilização política, sem bases para uma ação concreta.

  1. A falta de posicionamento claro de outros países em relação a Trump deixa-nos vulneráveis? Como vê o papel dos aliados do Canadá neste contexto?

Sim, a falta de um posicionamento firme por parte de outros países deixa o Canadá vulnerável. O Canadá não pode enfrentar sozinho as políticas unilaterais de Trump. O papel dos aliados, particularmente da União Europeia e dos países da NATO, é crucial para criar uma frente unificada contra as ações protecionistas e autoritárias dos EUA. Sem essa união, o Canadá se encontra isolado e exposto.

  1. Considera que o Canadá está sem defesa perante as ameaças de Trump, seja a nível económico ou militar?

O Canadá não está indefeso, mas está, sem dúvida, vulnerável. As ameaças de Trump, sejam económicas ou militares, exigem uma resposta mais estratégica e coordenada com seus aliados. A defesa do Canadá, a nível económico, depende da sua capacidade de diversificar parcerias comerciais, e no campo militar, da aliança com a NATO. No entanto, o Canadá precisa aumentar sua assertividade e garantir que seus interesses sejam protegidos no cenário internacional.

  1. O que pensa da imposição de tarifas globais por parte de Trump, nomeadamente os 200% sobre as bebidas dos países da União Europeia? Que impacto pode isso ter na economia portuguesa?

As tarifas impostas por Trump são uma manobra protecionista clara, prejudicando as economias globais e os acordos comerciais internacionais. No caso de Portugal, as tarifas afetarão negativamente os produtos de exportação, como vinho e cortiça, prejudicando a competitividade no mercado dos EUA. O impacto será sentido tanto pelas empresas quanto pelos consumidores portugueses, com uma perda de mercado significativa, especialmente em setores essenciais para a economia portuguesa.

  1. Como acredita que a União Europeia vai reagir a estas políticas de Trump? Acha que a UE está preparada para enfrentar este tipo de desafios?

A União Europeia tem mostrado resistência, mas é claro que falta uma resposta mais coesa e incisiva. A UE precisa de adotar uma postura mais assertiva, unificando suas políticas comerciais e adotando medidas retaliatórias para contrapor as ações de Trump. A UE está preparada, mas precisa de mais unidade interna para responder eficazmente aos desafios que Trump impõe, seja com tarifas ou com políticas unilaterais que desestabilizam o comércio global.


José Costa – Funcionário Público, Hamilton ON, 36 anos

  1. O que pensa sobre a insistência de Donald Trump em tentar anexar o Canadá? Acha que isso é uma ameaça real?

O Donald Trump adora estar no centro das atenções e gosta de gerar polêmica. Embora ele possa mencionar a anexação do Canadá, não acredito que isso aconteça de forma concreta. É mais uma estratégia para manter-se relevante na mídia.

  1. A falta de posicionamento claro de outros países em relação a Trump deixa-nos vulneráveis? Como vê o papel dos aliados do Canadá neste contexto?

Sim, a falta de uma ação conjunta entre os países deixa o Canadá numa posição vulnerável. O Canadá tem aliados poderosos, mas precisa de mais união entre os países para enfrentar políticas tão arriscadas e garantir uma resposta coordenada.

  1. Considera que o Canadá está sem defesa perante as ameaças de Trump, seja a nível económico ou militar?

Não diria que o Canadá está completamente indefeso, mas a sua defesa não pode ser dada como garantida. O Canadá precisa reforçar as suas alianças e investir mais na segurança interna para lidar com qualquer tipo de ameaça, seja económica ou militar.

  1. O que pensa da imposição de tarifas globais por parte de Trump, nomeadamente os 200% sobre as bebidas dos países da União Europeia? Que impacto pode isso ter na economia portuguesa?

As tarifas elevadas têm um impacto negativo na economia, especialmente em setores como farmacêuticos, combustíveis minerais, borracha, máquinas e equipamentos elétricos, instrumentos mecânicos, ferro e aço, cortiça, móveis, têxteis e calçados. A medida protecionista prejudica tanto as empresas portuguesas como os consumidores, que podem enfrentar preços mais altos e restrições nos mercados.

  1. Como acredita que a União Europeia vai reagir a estas políticas de Trump? Acha que a UE está preparada para enfrentar este tipo de desafios?

Acredito que a União Europeia vai reagir com respostas mais robustas a curto prazo. Embora a UE tenha enfrentado desafios anteriormente, precisa ser mais unida e coordenada para responder eficazmente a essas políticas protecionistas e garantir a defesa dos seus interesses económicos e comerciais.

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