Temas de Capa

Uma mudança com declínio comunista

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Credito: DR.

No meio de tudo e bem analisado, quem ganhou? Portugal ou o povo? O futuro o dirá.

Em primeiro lugar, porque não posso esquecer, dou os parabéns à Camões TV pela excelente iniciativa que teve ao fazer um direto, que começou logo após o encerramento das urnas e que decorreu durante parte da contagem dos votos.

Mais doce para uns e mais amargo para outros, com o chegar dos resultados as gargantas para uns ficavam mais finas e para outros mais grossas. No final de tudo, há que respeitar a vontade do povo que escolheu dar continuidade ao governo que muitos contestavam. Mérito da forma como o António Costa se aproximou e soube retirar votos à esquerda radical, BE e CDU. Mas antes de continuar com a minha simples opinião sobre o que acho do acontecido, deixem-me dizer que, no dia seguinte e depois de pensar como chegar a uma conclusão de como é que o povo dá uma maioria a um partido de esquerda com poucas ou nenhumas provas dadas, e o desenho que me surge é: Portugal mais parece uma testa e o PS é um gelado que muitos portugueses adoram… está feito o meu desenho sobre estas eleições. Não se esqueçam que o PS nunca deu boas provas de governação, não venham cá com cantigas e ovos no bolso porque isso é para alguns, é muito bonito hoje a maioria dizer que há estabilidade política, mas há que saber o que fazer com ela. Todos sabemos e já foi desmascarado muitas vezes na Assembleia da República, o primeiro-ministro é mentiroso, e no meu simples entender e olhando para o passado o PS mais a bazuca e, sem controlo parlamentar, é um perigo público. A abundância de dinheiro não se dá muito bem com os governos do PS, mas repito, há que respeitar as escolhas do povo e esperar para ver, porque agora não vai haver desculpas que os parceiros mais à esquerda o condicionavam de fazer as reformas que o país precisa urgentemente. E muito rápido tem de começar, para na próxima legislatura outro governo as terminar. Reformas que precisam urgentemente de serem feitas – a reforma fiscal e a reforma da justiça. Vamos esperar para ver se António Costa tem capacidade de se rodear de pessoas capazes de o fazer. Com todo o respeito e olhando para o anterior governo não tem, mas também há outras preocupações, o Presidente da República perde muito com esta maioria, e povo pode ter entregado o país a um provável empobrecimento. Esperemos que não, mas basta olhar para os tempos recentes onde a justiça ainda anda em apuros para resolver problemas de governantes que se deixaram levar pelo excesso de dinheiros por culpa da maioria. Diz-me com quem andas e eu digo-te quem tu és.

Mas as derrotas não foram só para o PSD, São Pedro Nuno no meu entender, no meio de tanta desgraça perdeu e aí o PS ganhou. Se o PS perde as eleições, os socialistas podiam estar a entregar a liderança a um neomarxista, assim já ficou pelo caminho e pode ser que venha a ser esquecido, mas não foi o único a sentir-se triste. O PR perde a oportunidade de inscrever no seu país uma marca pessoal, ficou mais pobre e entregue à esquerda. O tempo passou e agora vai terminar o mandato a passear sabe-se lá por onde, ou julgam que o António Costa lhe vai dar ouvidos? Parece que já se esqueceram, a maior mentira de Costa foi dizer que irá promover um diálogo com todas as forças políticas, que a maioria não é poder absoluto. Faz-me rir este senhor, e a coisa mais engraçada da noite, para bons entendedores, foi dizer que, “Ora estes serão mandatos coincidentes, Marcelo tem ainda quatro anos pela frente e o PS com esta maioria terá uma legislatura de quatro anos”, isto é mesmo para rir, ele já está a projetar o futuro. Sai antes de terminar a legislatura para se candidatar a Presidente da República. Faz muito bem senhor, primeiro eu e depois eu e, mais tarde, vêm os interesses do país. É por estas razões que eu sou um pouco contra maiorias absolutas.  

Para terminar esta minha opinião, com mágoa porque Portugal perdeu uma oportunidade de criar alguma riqueza e estabilidade económica a curto e longo prazo, povo que lavas no rio, para onde vai agora? Vamos esperar para ver o fim da novela e ver as reações dos que andaram aos abraços e beijos. Na minha modesta opinião, pontos fortes falharam na forma de transmitir aos eleitores as propostas que estavam no programa eleitoral, qualquer cidadão gosta de receber algo seja uma promessa verdadeira ou falsa, mas pelo menos promete-se. Se olharmos para a população do país os pensionistas e os funcionários públicos são dos importantes nas eleições, porque quem dá o voto a um partido quer receber alguma coisa e o PSD não ofereceu nada para os enganar, porque na verdade o povo gosta de ser enganado. Rui Rio devia ter oferecido uma boa pensão aos pensionistas e um aumento do ordenado mínimo acima dos 950 euros nos próximos 4 anos, as pessoas adoram ouvir mentiras. Como decidiu ser mais pela honestidade levou um cartão e agora… para onde vai a água que corre no RIO? 

Parabéns ao António Costa e esperemos que daqui a uns anitos não estejamos na mesma miséria que passamos há bem pouco tempo.

Bom fim de semana.

Augusto Bandeira/MS

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