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Um Natal diferente a bem da saúde de toda a gente!

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Créditos: DR.

Há dois anos que o Natal não é como todos os outros que antes conhecíamos. Um momento de inspiração sentimental e de uma generosidade universal que partilhávamos abertamente com todos e, nomeadamente, com os que nos são mais próximos!

O Natal agora é diferente, mas nunca nos será indiferente!

Talvez nos seja difícil encontrar os sorrisos sob uma máscara antipática que disfarça os nossos sentimentos. Talvez nos seja indisfarçável o receio de respirar um ar que nos pode infetar e talvez seja eticamente imperdoável mantermos alguma distância dos que nos são próximos e vigiarmos a saúde de uns e de outros em nome do bem-estar de todos, mas quem nos avisa, nosso amigo é!

E a culpa é desse maldito vírus, batizado como SARS-CoV-2, mais conhecido por Covid-19, que se desdobra em várias variantes infeciosas, sendo que aquela que mais preocupações atualmente nos têm trazido, no mundo e na europa em particular, devido à sua velocidade de propagação, dá pelo nome de Ómicron.

Para que não restem dúvidas sobre o impacto que este vírus tem provocado no nosso país, a Direção-Geral de Saúde de Portugal tornou público que, desde o início do surto epidémico em Portugal e até ao “dia 18 de dezembro de 2021, houve 1 220 836 casos confirmados, com um total de 18 753 mortes e de 1 131 643 pessoas recuperadas. Atualmente, 905 pessoas encontram-se internadas, sendo que 147 estão em unidades de cuidados intensivos”, uma realidade concreta que não pode, nem deve ser ignorada nesta quadra festiva em que as famílias se reúnem para celebrar o Natal.

Mas será que tudo isto nos impede de festejar o Natal na companhia dos nossos familiares e amigos? Creio que não!

Nada pode impedir a nossa demonstração de amizade, carinho e solidariedade para com os outros nesta ocasião especial, desde que estejamos atentos e precavidos com os cuidados a ter, para que a melhor prenda a partilhar com todos seja a saúde de todos nós.

Bem certo que alguns dirão “já não há Natal como antigamente” e, de facto, não pode ser a mesma coisa quando pode colocar em causa a vida das pessoas que mais amamos. Mas, se tivermos em conta o essencial desta quadra natalícia e o esclarecimento necessário para não fazer deste momento uma tragédia familiar, o Natal em segurança é possível!

O reencontro das famílias pode acontecer mesmo que, no primeiro momento, um pedaço de tecido profilático nos cubra o rosto. Correr para as compras de Natal em ambientes fechados e superlotados é uma atitude dispensável, que pode ser substituída pela utilização do comércio local que, para além de ajudar estes comerciantes a viver, é normalmente menos perigoso. Ir ao encontro das reuniões familiares do Natal, com respeito pela saúde dos outros e de nós próprios, implica estarmos vacinados e, como precaução indispensável, obter um teste negativo atualizado.

Com algumas pequenas regras como estas, o convívio natalício pode tornar-se tão agradável como antes e despertar-nos a todos para a necessidade de fazer algo essencial para o excecional bem coletivo que é a saúde!

Não sei prognosticar o que será o futuro face a esta doença que não pára de nos inquietar. Em Portugal, em consequência da grande taxa de vacinação alcançada e da massificação de testes que têm sido realizados, embora tenha aumentado muito a quantidade de infeções (à data que vos escrevo, cerca de 5 mil em 24h) o número de óbitos é relativamente baixo, em comparação com os países europeus mais próximos e o resultado das medidas preventivas que o governo e os órgãos de saúde nacionais não param de nos aconselhar para este período, apenas no início de janeiro poderemos avaliar o seu resultado, na esperança que não se repita a desgraça do ano passado.

Uma coisa eu sei – por muito que as organizações de saúde, os poderes políticos e a comunidade científica nos possam ajudar a mitigar esta pandemia (e têm-no feito), o nosso contributo pessoal e coletivo é fundamental para diminuir os efeitos nocivos deste inimigo invisível, que tem provocado uma catástrofe bem evidente.

Razão que me leva mais uma vez a apelar ao vosso cuidado e bom senso na atitude face a esta doença pandémica. O pânico nada resolve, apenas tolda o nosso raciocínio e nos aumenta a incapacidade de enfrentar os problemas. Negar o resultado das soluções científicas, como as vacinas e os cuidados preventivos, em nome de uma suposta maquinação conspirativa, é uma idiotice perversa. Estar-se “borrifando” para todas as medidas preventivas, apenas porque se está, é um comportamento anti-social que deveria dar lugar a procedimento criminal.

Por isso, neste Natal, que devemos verdadeiramente celebrar, dê a prenda mais ambicionada por todos: dê saúde!

Um excelente Natal para todos vós, familiares e amigos.

Luis Barreira/MS

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