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Turismo 2022: Tudo para dar certo

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Sair da rotina, reencontrar família e amigos, procurar destinos diferentes, novas culturas… tudo isto e muito mais pode ser sinónimo de viagem. Faz parte da vida de muitas famílias: planear uma ou mais saídas por ano. Mas as férias, tão necessárias para recuperar energias, ficaram para muitos em suspenso durante estes dois anos de pandemia. Agora, mais aliviados relativamente às preocupações que a Covid-19 nos trouxe, a procura por viagens aumentou de tal modo que a oferta não está a conseguir dar resposta. E todos sabemos o que acontece sempre que a procura excede a oferta, não é verdade? Os preços aumentam, mas a julgar pela informação que tem sido veiculada e ainda pelas respostas dos proprietários de agências de viagens que aceitaram falar com o Milénio Stadium, não estão a conseguir travar a “vontade de ir”. Afinal, mais do que nunca, depois do tormento que vivemos, todos aprendemos que a vida é para ser vivida. Intensamente e, de preferência, de férias numa qualquer esplanada à beira-mar.

 

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Miguel Correia

Milénio Stadium: Na semana passada foram divulgadas informações que dão conta do aumento da procura de oferta de viagens turísticas, principalmente desde que foi anunciada a antecipação do plano de reabertura de Ontário. Tem sentido isso?
Miguel Correia: Sim, não esquecemos que foram dois anos consecutivos que as viagens de férias e turismo foram as mais prejudicadas pela pandemia, atendendo que cada país mantinha as suas restrições, conforme os aumentos dos casos de Covid-19. Uma vez que os números de infeções e hospitalizações estão a diminuir, felizmente há uma procura muito grande de retomarem a rotina normal, de programarem as férias, e agora muito mais, porque foram dois anos de espera. Também há muitas pessoas que tinham as suas férias programadas em 2020 que ficaram em crédito (vouchers) e alguns têm data para uso, senão perdem a validade.

MS: Acha que as pessoas já estão a perder o medo de viajar?
MC: Dois anos de pandemia, restrições, a vacinação… Acho que as pessoas já se encontram com mais confiança e mentalizadas que os dias de hoje jamais serão como dantes, temos que aceitar as mudanças.

MS: Como estão os preços neste retomar de atividade? Há também notícias que apontam para um aumento de preços das tarifas aéreas. Confirma isso?
MC: Sim, não podemos esquecer que com o aumento do petróleo, todos os setores sofrem aumentos e as viagens aéreas são as mais atingidas, atendendo à quantidade de gasolina que é usada.

MS: Quais são os produtos mais atrativos que tem neste momento para oferecer? Os que têm melhor relação qualidade/preço.
MC: Somos uma agência mais virada para a nossa comunidade, portanto, virada para o mercado da saudade. O querer reviver as suas tradições religiosas, pagãs, culturais de freguesia ou concelho, rever os seus familiares e muitos querem rever as suas propriedades, na expectativa de um dia após a reforma poderem desfrutar delas.
Normalmente na época de inverno, entre novembro a abril, há sempre pacotes para aqueles que procuram ir às Caraíbas, fugindo das temperaturas negativas e procurando a vitamina D, o sol, mergulhos nas águas salgadas, férias entre familiares, amigos, aniversários, etc. Em questão de preços, comparando com o que se praticava antes da pandemia e o que agora se pratica, houve um aumento entre $100.00 a $200.00, conforme a época da viagem. Normalmente na época alta há sempre um aumento, dependendo da antecedência com que fazem as suas reservas. Como normalmente é em cima da data, dependendo das disponibilidades, sujeitam-se aos preços disponíveis.

MS: Acha que a pandemia veio, de certa forma, ajudar a regular o vosso setor? Ou seja, depois destes tempos difíceis, ficaram só os que tinham mais estrutura para aguentar o impacto causado pela pandemia?
MC: A pandemia afetou muitos negócios, infelizmente as empresas pequenas foram as mais afetadas. As agências de viagem vivem da venda de viagens e férias que os clientes projetavam nas suas vidas. As que puderam aguentar o impacto, sobreviveram, infelizmente muitas não conseguiram. Não podemos ignorar que algumas conseguiram com a ajuda que o governo federal e provincial deram no campo de subsídios na renda, salário, etc. O futuro é uma incógnita, visto que hoje em dia as reservas on-line estão ao alcance da nova geração, há que reinventar para poderem sobreviver e manter os seus empregados ativos. Como tudo na vida, há que ter esperança no futuro.

 

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Marina Estrela Brito

Milénio Stadium: Na semana passada foram divulgadas informações que dão conta do aumento da procura de oferta de viagens turísticas, principalmente desde que foi anunciada a antecipação do plano de reabertura de Ontário. Tem sentido isso?
Marina Estrela Brito: Sim. Primeiro, as pessoas estavam ansiosas por viajar, mas as exigências dos testes nos dois sentidos, aumentava o custo da viagem e o trabalho. Assim sendo, as pessoas economizam bastante, pelo facto de não terem de efetuar o teste PCR no regresso.

MS: Acha que as pessoas já estão a perder o medo de viajar?
MEB: Completamente. Há já algum tempo. O Natal já foi um período bastante ocupado.

MS: Como estão os preços neste retomar de atividade? Há também notícias que apontam para um aumento de preços das tarifas aéreas. Confirma isso?
MEB: Sim, claro. Com o volume de reservas, os preços vão subindo. Nota-se mais, nos preços dos pacotes para as Caraíbas.

MS: Quais são os produtos mais atrativos que tem neste momento para oferecer? Os que têm melhor relação qualidade/preço.
MEB: Não consigo especificar. Temos tudo, para todo o lado, e os preços dependem não só do destino, como da antecedência da reserva. Não há nada em especial, visto a procura ser tão forte ou maior que a oferta. Vendemos Punta Cana, por exemplo, por volta dos 2 mil dólares por pessoa, assim como os voos para Lisboa, Porto ou mesmo para os Açores dos $900.00 aos $1400.00. Há datas no verão que já atingem os 1400.00, especialmente para os meses de julho e agosto.

MS: Acha que a pandemia veio, de certa forma, ajudar a regular o vosso setor? Ou seja, depois destes tempos difíceis, ficaram só os que tinham mais estrutura para aguentar o impacto causado pela pandemia?
MEB: Talvez. Foi necessário muito esforço durante a pandemia, foi muito trabalho em vão, marcar, desmarcar, emitir vouchers, fazer reembolsos, a troco de pouco ou nada. Longas horas de trabalho e muitos sacrifícios para aguentarmos a descida quase total das vendas. Exigiu ainda o conhecimento diário das normas para poder viajar para os diferentes destinos. Foi uma nova atividade no seu todo. Entretanto, com a reabertura, também podemos dizer, que em 21 anos de existência, está a ser o ano mais forte em volume/preço.

 

 

milenio stadoum - mandalaDeise Maciel da Silva

Milénio Stadium: Na semana passada foram divulgadas informações que dão conta do aumento da procura de oferta de viagens turísticas, principalmente desde que foi anunciada a antecipação do plano de reabertura de Ontário. Tem sentido isso?
Deise Maciel da Silva: Sim, faz total sentido, não somente com a abertura de Ontário, mas no geral. Vários países estão abrindo novamente para turismo com restrições mais “relaxadas”, aceitação de testes menos onerosos e mais rápidos (como para retorno ao Canadá era obrigatório PCR e a partir de 28 fevereiro irão aceitar o antigénio, etc.

MS: Acha que as pessoas já estão a perder o medo de viajar?
DMS: Com certeza, acredito que o medo foi somente no primeiro ano, o segundo ano de pandemia não teve tanta viagem por conta de restrições da quarentena, vacinas, testes… mas não por medo.

MS: Como estão os preços neste retomar de atividade? Há também notícias que apontam para um aumento de preços das tarifas aéreas. Confirma isso?
DMS: Os preços flutuam sim com a oferta e demanda, porém não tem acontecido com passagens aéreas, estão em preços “regulares”, claro que promoções no momento não acredito que acontecerão em grande escala. O Caribe sim já deu uma mostra nos aumentos devido à procura intensa…

MS: Quais são os produtos mais atrativos que tem neste momento para oferecer? Os que têm melhor relação qualidade/preço.
DMS: Last minute sempre foi muito atrativo, mas não é todo mundo que pode agendar férias e sair de uma hora para outra. Antigamente 700cad era fácil para um last minute 4 estrelas em Cuba. Agora, por exemplo, last minute 1100cad em Cayo Coco para final de março.

MS: Acha que a pandemia veio, de certa forma, ajudar a regular o vosso setor? Ou seja, depois destes tempos difíceis, ficaram só os que tinham mais estrutura para aguentar o impacto causado pela pandemia?
DMS: Como todos os negócios, os mais fortes sobreviveram. Infelizmente vimos diversos pequenos negócios serem fechados. E por necessidade, muitos na indústria do turismo não puderam esperar a pandemia passar ou o turismo começar a voltar ao normal para sobreviverem e tiveram que trocar de trabalho, negócio e ramo. O stress de centenas de voos cancelados todos os dias, afetou muito também a decisão de pessoas saírem do setor. Não foi nada fácil.

Catarina Balça/MS

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