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TIME analisa 10 das teorias da conspiração mais duradouras do mundo

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As teorias da conspiração não são novas, mas com a COVID-19 o tema voltou à ordem do dia. Os académicos defendem que a COVID-19 criou a situação perfeita para a proliferação massiva de mais teorias conspiratórias. Um estudo recente conduzido nos EUA revelou que agora predominam duas versões – a primeira nega o alcance da pandemia e na segunda as pessoas reconhecem o seu perigo. As teorias conspiratórias podem ser muito comprometedoras para a democracia porque podem levar a atos de violência coletivos e a internet facilitou a sua difusão em massa.

Os académicos concordam que estas teorias emergem com mais frequência em situações de crise, quando as pessoas são colocadas diante de vivências inesperadas e para as quais não existe uma explicação fácil. Com estas teorias as pessoas conferem sentido a algo que não conseguem compreender, funcionam como uma espécie de ilusão. É por isso que os factos e as evidências se tornam frágeis para enfrentar uma visão conspiratória do mundo. Os especialistas em teorias da conspiração defendem que “medo, falta de controle e incerteza” são condutores perfeitos para a disseminação deste tipo de teorias. As consequências são a desconfiança generalizada nas instituições que são fundamentais para o funcionamento das democracias.

Em setembro a UNESCO lançou uma iniciativa contra as teorias da conspiração ligadas à COVID-19 e o objetivo é alertar para a existência e para as consequências de informações falsas que circulam sobre a pandemia em todo o mundo. A União Europeia e o Governo do Canadá apelam às pessoas para terem cuidado com a desinformação e para não partilharem informação de fontes que não são credíveis. No site da Health Canada pode acompanhar diariamente toda a informação que está associada à COVID-19 em todo o país. Procure informar-se em órgãos de comunicação que preservam a veracidade e o rigor da informação.

Abaixo publicamos uma lista das 10 teorias da conspiração mais duradouras do mundo, segundo a revista Time. A lista de teorias da conspiração em todo em mundo é muito maior e se formos explorar as teorias em torno da COVID-19 também não falta criatividade.

Assassinato de John F. Kennedy

Facto: o Presidente John F. Kennedy foi assassinado a 22 de novembro de 1963, atingido por duas balas – uma na cabeça e outra no pescoço – enquanto andava numa limusine aberta pela Dealey Plaza em Dallas. Lee Harvey Oswald foi acusado de o matar e uma comissão presidencial chefiada pelo presidente do tribunal Earl Warren concluiu que Oswald agiu sozinho.

A conclusão do tribunal não foi aprovada pelo público. Um estudo de 2003 da ABC News descobriu que 70% dos americanos acreditam que a morte de Kennedy foi o resultado de uma história mais ampla. A trajetória das balas, dizem alguns, não combinava com a localização de Oswald no sexto andar do Texas School Book Depository. Outros sugerem que um segundo atirador participou do tiroteio. Há ainda quem acredite que Kennedy foi morto por agentes da CIA ou do KGB.

Ataque às Torres Gémeas

Desde o assassinato de JFK, nunca houve uma tragédia nacional tão fortemente impressa nas mentes americanas – ou que deu origem a tantas explicações alternativas. Embora os vídeos e fotografias dos dois aviões que atingiram as torres do World Trade Center sejam mundialmente conhecidos, as evidências documentais apenas forneceram ainda mais material para as teorias da conspiração.

Um estudo da Zogby de maio de 2006 concluiu que 42% dos americanos acreditavam que o governo e a comissão do 11 de setembro “esconderam ou recusaram-se a investigar as evidências críticas que contradizem a sua explicação oficial dos ataques”. Os americanos não entendem como o governo não conseguiu intercetar os aviões sequestrados. Em 2005, a Popular Mechanics publicou uma investigação massiva de alegações e respostas semelhantes a estas. A equipa de reportagem descobriu que o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) não tinha um histórico de aviões de combate preparados e prontos para intercetar aeronaves que saíram da rota. E embora a equipa não tenha encontrado evidências de que o governo tenha planeado os ataques, a falta de provas não impediu a criação de teorias da conspiração.

Área 51

A operação da Base da Força Aérea dos EUA que fica a cerca de 240.000 km de Las Vegas é extremamente secreta e o público em geral é mantido afastado da região através de sinais de alerta, vigilância eletrónica e guardas armados. Segundo a lei dos EUA, é ilegal sobrevoar a Área 51 e a base possui pistas de aterragem com mais de 3,7km de comprimento. A base fica ao lado de outras áreas militares restritas do Nevada, onde as armas nucleares dos EUA foram testadas entre as décadas de 1950 e 1990. A Área 51 foi criada durante a Guerra Fria entre os EUA e a União Soviética para criar e testar aeronaves. As informações sobre esta base são muito limitadas, mas acredita-se que o país continua a usá-la para criar aeronaves de ponta. Estima-se que trabalhem na Área 51 cerca de 1.500 pessoas.

O sigilo à volta da Área 51 tem alimentado muitas teorias da conspiração, a mais famosa é a de que a base hospeda uma nave de extraterrestres que caiu no Novo México em 1947.

O governo garante que tudo se trata de ficção e que a Área 51 é usada apenas para criar aeronaves avançadas e explica que a informação é classificada para efeitos de segurança nacional.

Paul McCartney

Paul McCartney nunca escreveu “Maybe I’m Amazed”, nunca formou a banda Wings, nunca entrou em conflito com Yoko, nunca se tornou vegetariano ou foi pai de qualquer um dos seus filhos. Quando a Rainha Elizabeth o tornou cavaleiro em 1997, McCartney estava na verdade a fazer passar-se por outra pessoa. Estas são as teorias dos BeatleManiacs, que acreditam que Paul morreu secretamente em 1966. As teorias vão mais longe e afirmam que os outros elementos da banda encobriram a sua morte e contrataram alguém que se parecia com ele, que cantava como ele e que tinha a mesma personalidade. Os fãs defendem ainda que o grupo começou a esconder mensagens nas suas músicas. Na música “Taxman”, George Harrison deu o seu “conselho para aqueles que morrem” e os fãs acreditavam que a mensagem era para Paul.

Mas se Paul está morto, então seu impostor ainda está foragido, escreve a Time. Paul casou com Linda Eastman, com quem teve quatro filhos antes de Linda perder a batalha para o cancro da mama em 1998. Paul McCartney lançou um álbum ao vivo em 1993 e produziu mais de 20 álbuns a solo.

Sociedades secretas

controlam o mundo

O mundo é governado por poucos, poderosos e secretos. Muitos de nós, peões, ouvimos que em 2004 ambos os candidatos à Casa Branca eram membros da sociedade secreta da Skull and Bones da Universidade de Yale, muitos dos quais ascenderam a posições de poder. Mas a Skull and Bones é algo pequeno quando comparado com misteriosas cabalas que ocupam virtualmente as cadeiras de poder, desde os corredores do governo até às salas de reuniões de Wall Street, escreve a revista Time. Os Illuminati, uma seita que se diz ter nascido na Alemanha no século XVIII e que é supostamente responsável pelo símbolo de pirâmide e do olho que adorna a nota de $1, tem uma influência muito maior. Os Illuminati pretendem fomentar guerras mundiais para fortalecer o argumento para a criação de um governo mundial de natureza satânica. Os maçons gabam-se de serem a maior e mais antiga fraternidade do mundo e segundo eles o primeiro Presidente dos EUA, George Washington, terá sido um dos seus célebres ex-alunos. Há quem defenda a ideia de que embora os maçons doem dinheiro para instituições de caridade, no fundo o que estão a planear secretamente é a destruição do mundo. Acredita-se que a maçonaria teve um papel importante na Revolução Francesa e na Independência dos EUA. Em Portugal a origem da Maçonaria remonta a 1802 e no final dos anos 90 surgiu a maçonaria dedicada em exclusivo a mulheres. Embora a sua existência esteja provada, a teoria de que os maçons querem apenas destruir o mundo nunca foi provada.

Ida à lua em 1969

No dia 20 de julho de 1969 o homem chegou à Lua pela primeira vez na história. Durante a corrida ao espaço contra a União Soviética, a missão espacial levou três pessoas ao espaço, mas envolveu mais de 400 mil pessoas para planear toda a missão.

Os duvidosos dizem que o governo dos EUA, desesperado para derrotar os russos, falsificou a aterragem na Lua e Neil Armstrong e Buzz Aldrin atuaram num set secreto de filmagens. As teorias sobre a localização do estúdio dividem-se e há quem defenda que o estúdio estava localizado em Hollywood Hills ou algures na Área 51. A missão custou 30 mil milhões de dólares e as fotos e os vídeos da missão Apollo foram disponibilizados pela NASA. Alguns críticos argumentam que o vídeo em que Aldrin aparece a agitar uma bandeira americana na Lua é a prova de a missão é falsa. Segundo os críticos não existe vento na Lua. A NASA explica que Aldrin estava a torcer o mastro da bandeira para obter solo lunar e que esse movimento fez com que a bandeira se movesse. Os críticos argumentam ainda que o simples facto de a NASA argumentar que trouxe centenas de rochas lunares não prova nada porque as rochas não foram analisadas por um organismo independente.  Outra das teorias é que o realizador Stanley Kubrick que fez o filme “2001: Odisseia no Espaço” ajudou a falsificar a ida à Lua. Os críticos sugerem que em 1968, altura em que o filme foi feito, já existia tecnologia suficiente para criar artificialmente uma missão à Lua. Por mais rebuscada que a teoria possa parecer, um estudo Gallup de 1999 mostrou que 6% dos americanos disseram que achavam que a ida à Lua nunca tinha acontecido e 5% disseram que estavam indecisos.

Jesus e Maria Madalena

Jesus e Maria Madalena podem ter sido casados. A história é abordada no filme “O Código Da Vinci” e a teoria é baseada nos escritos do Evangelho apócrifo de Felipe que foi descoberto em 1945 e cuja autenticidade ainda não foi reconhecida por especialistas religiosos. No Evangelho de Filipe, Maria Madalena, conhecida como Koinonos de Jesus, um termo grego para “companheiro” ou “parceiro”, é descrita como estando mais próxima de Jesus do que qualquer outro apóstolo. A teoria tem sido amplamente criticada pela Igreja Católica e ainda não foi provada cientificamente.

Holocausto

Apesar das evidências esmagadoras e de uma admissão e desculpas da Alemanha há várias décadas, ainda há quem continue a afirmar que quase seis milhões de judeus não foram mortos pelos nazistas durante o Holocausto. O Presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, por exemplo, chamou o Holocausto de “mito” e sugeriu que a Alemanha e outros países europeus, em vez da Palestina, forneçam terras a um Estado judeu. Ao contrário de Ahmadinejad, a maioria dos críticos não nega que os judeus foram internados em campos de prisioneiros durante a Segunda Guerra Mundial, mas em vez disso argumentam que o número de mortes foi muito exagerado. As câmaras de gás são um ponto particular de impasse: os críticos do Holocausto dizem que se tratou de um boato e argumentam que se de facto existiram as câmaras não eram suficientemente poderosas para matar tanta gente ao mesmo tempo ainda que a história indique o contrário. Segundo a enciclopédia do Holocausto, seis milhões de judeus morreram durante o Holocausto. Não existe um consenso para o número total de vítimas, mas segundo esta fonte o Holocausto é o caso de genocídio mais bem documentado de toda a História.

CIA e o HIV

Desde que os Centros de Controle e Prevenção de Doenças relataram pela primeira vez a epidemia de HIV em 1981, persistiram rumores de que o vírus mortal foi criado pela CIA para eliminar homossexuais e afro-americanos. Ainda hoje a teoria da conspiração tem vários crentes de alto nível. O ex-Presidente sul-africano, Thabo Mbeki, elogiou um dia a teoria e contestou as afirmações científicas de que o vírus se originou na África, acusando o Governo dos EUA de fabricar a doença em laboratórios militares. Quando a ecologista do Quénia Wangari Maathai venceu o prémio Nobel da Paz em 2004 também defendeu a ideia de que o vírus foi criado nos EUA. Uma das teorias da conspiração sugere que o governo injetou deliberadamente o vírus em gays em 1978 em Nova Iorque, São Francisco e Los Angeles. Embora os dois descobridores do HIV, o Dr. Robert Gallo do Instituto Nacional do Cancro e Dr. Luc Montagnier do Instituto Pasteur em Paris, discordem sobre as suas origens, a maioria dos membros da comunidade científica acredita que o vírus passou de macacos para humanos algures em 1930.

Elite Reptiliana

Os humanóides reptilianos extraterrestres bebedores de sangue, comedores de carne e que mudam de forma estão entre nós e apenas com um único objetivo que é o de escravizar a raça humana. Segundo esta teoria da conspiração, os líderes mundiais, executivos, atores, cantores, vencedores de Óscares e de Grammys são responsáveis pelo Holocausto, pelos atentados à bomba na cidade de Oklahoma e pelos ataques às Torres Gémeas. A teoria foi avançada pelo jornalista da BBC Sports David Icke que publicou um livro em 1998 intitulado “O Maior Segredo”

que continha entrevistas com dois britânicos que afirmavam que os membros da família real não são nada mais do que répteis com coroas. Um teórico que defende esta tese acredita que os répteis controlam a humanidade desde os tempos antigos e que existem algumas pessoas bem famosas que são répteis. Alguns exemplos são a Rainha Elizabeth, George W. Bush, Bill Clinton e Hillary Clinton.

Joana Leal/MS

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