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Será que fim do teste PCR no setor vai trazer turismo de volta aos números pré-pandémicos?

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Na próxima segunda-feira (28) os passageiros totalmente vacinados que cheguem ao Canadá já não vão precisar de apresentar um teste PCR.

A medida foi anunciada recentemente pelo ministro da Saúde, Jean-Yves Duclos, e em vez disso os passageiros vão poder optar por fazer um teste rápido que seja aprovado pelo seu país de origem.

O teste tem de ser feito 24 horas antes do passageiro embarcar no voo com destino ao Canadá ou antes da sua chegada à fronteira terrestre.

O teste rápido é mais económico e os resultados podem ser disponibilizados em 15 minutos no máximo. Mas será que o fim do teste PCR no setor vai trazer o turismo de volta aos números pré-pandémicos?

Os testes PCR custavam entre $150 e $300 e às vezes eram difíceis de obter em alguns países. Quem trabalha no setor diz que estes testes têm feito com que os canadianos evitem viajar porque com os atrasos os passageiros acabam por ter de estender a sua estadia e gastar mais dinheiro nas suas férias. Até agora todas as pessoas que embarcassem num avião com destino ao Canadá tinham de apresentar um teste PCR negativo feito no máximo nas 72 horas anteriores ao embarque. A medida gerou descontentamento na indústria que acusou o governo de não estar a abrandar as restrições nas viagens em janeiro quando vários países do mundo já o tinham feito.

Portugal foi um dos países que acabou no início deste mês com a exigência de teste negativo aos seus passageiros e o país exige agora apenas a apresentação de prova de vacinação Covid-19.

Em janeiro, quando os casos de Covid-19 começaram a baixar em todo o país, a indústria do setor começou a pressionar o governo liberal para ajustar as restrições nas viagens e explicou que vários países do G7 já o tinham começado a fazer. O grupo de defensores alegava que a maioria dos casos de Covid-19 eram provenientes de transmissão comunitária e não propriamente de passageiros que entravam no Canadá através da fronteira aérea e/ou terrestre.

Recentemente as principais empresas aéreas canadianas, como a Air Canada ou a WestJet, tinham acusado o governo federal de estar a destruir o sector com estas restrições e pediam o fim dos testes PCR para estimular a procura por viagens.

Numa reação ao fim dos testes PCR e ao alívio das restrições de saúde pública a Air Canada anunciou terça-feira (23) que ia voltar a voar para 34 destinos em todo o mundo a partir de março.

A pandemia tinha obrigado a principal companhia aérea canadiana a cancelar as suas rotas internacionais, mas agora os canadianos vão voltar a poder voar para as Caraíbas, Europa, África, Médio Oriente e Ásia.
Em Toronto a Air Canada vai recuperar 16 rotas internacionais, em Montreal 14, em Vancouver três e em Halifax uma. Lisboa é uma das rotas internacionais sem escala que a Air Canada vai passar a ter em março.

Pouco depois do anúncio do fim do teste PCR várias agências de viagens canadianas disseram que foram inundadas com reservas. A Flight Centre diz que as suas reservas de clientes canadianos para março aumentaram mais de 700% quando comparado com 2021. A Tripcentral.ca confirmou que as reservas para destinos com sol ultrapassaram 50% dos níveis pré-pandémicos.

Mas os despedimentos coletivos feitos durante o início da pandemia em março de 2020 podem dificultar toda a logística da sua viagem. Agora reservar voo, hotel ou carro de aluguer pode ser mais difícil porque algumas empresas desapareceram e outras lutam para conseguir recrutar funcionários. No anúncio do governo federal sobre o fim dos testes PCR, o ministro dos Transportes, Omar Alghabra, disse que em breve ia ser feito um anúncio em relação aos cruzeiros, outra área que foi fortemente afetada pela pandemia.

Anualmente o setor das viagens contribui com $102 mil milhões de dólares para a economia canadiana e o turismo e as viagens empregam cerca de 1.8 milhões de pessoas.

Joana Leal/MS

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