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Salvar o planeta nunca foi um tema tão atual

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Créditos: DR.

O que é que mais marcou o ano de 2021? A pergunta é difícil de responder porque foi um ano marcado tanto por conquistas como desafios. Escolhi falar sobre as metas ambientais que o mundo e o Canadá parecem dispostos a cumprir para que as próximas gerações tenham oxigénio e recursos suficientes para viverem no planeta Terra.  Apesar de 2021 ter sido um ano importante a nível de exploração do espaço, a verdade é que por enquanto ainda não é possível viver em marte e até lá cabe aos governantes mundiais ajudarem a criar estratégias para diminuir a poluição e preservar os nossos recursos. 

O caminho não é fácil, mas temos cada vez menos tempo para fazê-lo. Várias catástrofes naturais em 2021 lembraram-nos mais uma vez, a verdadeira urgência de medidas para proteger o planeta. O tornado de Barrie, Ont. que causou $75 milhões de danos que vão ser cobertos por seguros, as temperaturas históricas de BC que provocaram incêndios devastadores e que fizeram que peixes e marisco cozinhassem até à morte e que custaram aos cofres do estado $95 milhões. As recentes inundações e deslizamentos de terra, também em BC, que destruíram autoestradas, pontes, mataram pessoas e animais e afetaram a cadeia de abastecimento de todo o país porque é lá que está o maior porto do Canadá. Até agora só esta recente catástrofe ambiental custou mais de $5 biliões aos contribuintes e provocou $450 milhões em danos que vão ser cobertos por seguros.

No último Throne Speech, o governo de Trudeau eleito com uma nova minoria explicou que os canadianos escolheram nas últimas eleições combater as alterações climatéricas e os Liberais prometeram investir numa economia verde. Construção de veículos elétricos nas fábricas de automóveis canadianas e criação de emprego em fábricas de baterias elétricas são apenas exemplos do início de um caminho para conseguir reduzir emissões de gases de estufa que são responsáveis pela maioria da poluição mundial da atmosfera. A rede de transportes públicos também vai mudar e a pegada elétrica vai ser cada vez maior. Os concessionários automóveis também vão ser pressionados a vender cada vez mais veículos elétricos. 

Na Europa, quando o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, participou recentemente na Cimeira Climatérica da ONU na Escócia, ele citou as temperaturas históricas registadas em Lytton, BC em junho desde ano. Os termómetros da pequena vila com cerca de 450 habitantes registaram 49.6 C, a temperatura mais elevada de sempre a ser registada em território canadiano. O calor matou quase 600 pessoas em toda aquela província durante o último verão e 90% da aldeia de Lytton ardeu. 

Nas inundações de BC em meados de novembro 200 milímetros de chuva caíram em 48 horas. Comunidades inteiras ficaram debaixo de água e cerca de 17.000 pessoas foram evacuadas das suas casas. O deslizamento de terra provocou 5 mortes e mais de 1000 moradores ficaram presos na lama. 

Até agora as inundações de BC são o desastre ambiental mais caro da história canadiana, sobretudo por causa dos elevados custos com a reparação das infraestruturas que ficaram destruídas. 

O governo de Trudeau comprometeu-se a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 40 a 45% abaixo dos níveis de 2005 até ao ano de 2030. Mas cada canadiano tem de fazer a sua parte. Segunda a Fundação canadiana David Suzuki aqui ficam algumas dicas para ajudar nesta luta: diminuir o consumo de eletricidade em casa, não desperdiçar comida nem água, andar mais a pé ou de bicicleta ou de transportes públicos, preservar árvores, diminuir a produção de lixo e reutilizar sempre que possível.

Pequenos gestos que podem ajudar a proteger o nosso planeta e a mantê-lo habitável para as próximas gerações. 

Joana Leal/MS

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