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Retalho alimentar ainda não sentiu impacto do COVID-19

À hora de fecho desta edição, em Portugal foram confirmados nove casos de COVID-19 e no Canadá o número de casos positivos está agora em 37. O vírus chegou a três províncias canadianas- Ontário (22 casos), Columbia Britânica (13 casos) e Quebec (dois casos).  Esta semana a Canadian Chamber of Commerce informou que “as pequenas e médias empresas se devem começar a preparar, sem entrar em pânico, para uma possível pandemia de COVID-19” e recomenda que estas considerem medidas como uma nova linha de crédito ou o teletrabalho.

No passado fim de semana alguns canadianos decidiram abastecer-se e algumas prateleiras da rede de supermercados americana Costco ficaram vazias. As redes sociais foram inundadas de fotografias onde os clientes mostravam prateleiras sem produtos e filas intermináveis. Mas será que os portugueses também estão a fazer o mesmo? O Milénio Stadium falou com Paulo Távora, responsável pela loja Távora Foods em Mississauga, que nos garantiu que no retalho continua tudo dentro da normalidade.

O grupo de retalho Távora Foods tem três lojas na GTA, duas em Toronto e uma em Mississauga e emprega cerca de 100 pessoas. O empresário, que está atualmente em Portugal, tem acompanhado tudo à distância. “Estou atento às notícias, tanto a nível nacional como internacional e para já ainda não estamos a sentir nada de atípico. O abastecimento e o consumo mantêm-se normais. Em Portugal ainda não vi ninguém a utilizar máscara, tanto no aeroporto como pelas ruas”, informou.

A loja trabalha essencialmente com produtos portugueses. “Não importamos nada da China e os nossos produtos de Portugal continuam a chegar dentro do mesmo prazo. Um contentor demora em média três semanas, mais ou menos um mês. Acho que os empresários, tal como a opinião pública, devem manter a calma, não vale a pena entrar em alarmismos. Além do mais o número de casos em Portugal e no Canadá ainda é baixo quando comparado com a China ou com outros países”, explicou.

No entanto, o empresário partilha a preocupação da Canadian Chamber of Commerce e acredita que os pequenos empresários vão ser os primeiros a sentir uma eventual recessão económica. “Os pequenos grupos são sempre mais vulneráveis, os grandes têm outra dimensão e estão sempre mais bem preparados. Na minha opinião há o risco de uma recessão económica, mas não será só no Canadá, vai acontecer à escala mundial porque hoje os países dependem muito uns dos outros e quando uma economia tem problemas, as outras também acabam por sofrer as consequências”, adiantou.

O Governo português garante o pagamento de salários a quem ficar de quarentena, devido ao COVID-19, e dá cinco dias às empresas públicas para criarem planos de contingência. Até agora, a nível mundial, já foram infetadas 97.873 pessoas em 78 países.

Joana Leal/MS

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