Temas de Capa

Quem (ou o que) vem lá?

Se vos fosse dada a possibilidade de saber o futuro, aceitavam?

Podíamos saber de antemão o que iria mudar e o que iria continuar da mesma forma…

Mas afinal, não quereria tudo isto apenas dizer que os nossos dias já estão “escritos” e que não temos qualquer poder sobre o que está por vir?

Sobretudo quando mais um ano se inicia fazemos um balanço do que foi, do que não foi, do que esperávamos que fosse e do que será. E não há nada de errado nisso, muito pelo contrário. Assim sendo, se me perguntarem o que acho que este novo ano nos vai trazer, de forma genérica e não sendo eu uma adivinha credenciada, digo-vos que:

Vertente política, social e económica

Depois de, nas eleições legislativas de 2019, António Costa ter vencido sem maioria absoluta, não existem indícios de se criar um acordo pós-eleitoral com qualquer um dos partidos.  O mais provável serão então acordos pontuais com alguns dos partidos, conforme as matérias em discussão. Bye bye geringonça (pelo menos como a conhecemos…)!

Para além do Conselho de Ministros ter aprovado a atualização do valor salário mínimo nacional para os 635 euros, sabe-se já também, por exemplo, que o Governo português vai avançar com um programa plurianual para a função pública, que passará, entre outros, pela redução do absentismo e a efetivação da pré-reforma e a simplificação do Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho. O executivo reafirmou que avançará também com o recrutamento de 1.000 trabalhadores qualificados com formação superior com vista a rejuvenescer o Estado.

Existe ainda uma previsão de crescimento de 2,0% e a continuação da baixa da taxa de desemprego e um crescimento de produtividade de 1,2%.

Mais exemplos de medidas que possivelmente entrarão em vigor em 2020: os casais que tenham um segundo filho com idade até aos três anos vão poder contar com um desconto maior no IRS. A dedução fixa de 600 euros por cada filho manter-se-á, mas o “bónus” de 126 euros por cada criança com menos de três anos aumentará para os 300 euros, a partir do segundo filho.

Haverá também lugar ao apoio a Pequenas e Médias Empresas, através da subida em 20% do teto dos lucros reinvestidos que estas poderão deduzir no IRC.

A dívida de Portugal, segundo o Commerzbank, poderá ser parcialmente paga no ano que vem. Já depois de liquidar todo o empréstimo proveniente do FMI, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública pagou o primeiro reembolso antecipado aos credores europeus da troika. Assim, esta estratégia deverá prosseguir durante este ano.

Socialmente existirão sempre motivos para se querer mais e melhor, por isso, se me perguntarem, digo-vos com alguma certeza que os cenários de greve se vão repetir neste novo ano.

E a tecnologia?

Estima-se que em 2020, com o aparecimento dos phablets (uma mistura entre smartphone e tablet), mais pessoas terão telefones móveis (5,4 mil milhões) do que eletricidade (5,3 mil milhões) e carros (2,8 mil milhões). O Governo português pretende desenvolver a infraestrutura de banda larga, permitindo que todos possam ter acesso a este serviço de velocidade igual ou superior a 30 Mbps e 50% dos agregados familiares numa velocidade igual ou superior a 100 Mbps.

Mas o avanço tecnológico não traz consigo apenas maravilhas: existe a possibilidade de, em 2020, os robôs fazerem cinco milhões de desempregados.

Desporto

Bem, todos sabemos que, no mundo do desporto (e um pouco também nos “outros mundos” convenhamos…), o que é hoje, amanhã pode já não ser. Mas tendo em conta o andar da carruagem podemos antecipar que, por exemplo, o campeonato português de futebol será, à semelhança do ano passado, disputado até ao fim entre aqueles que têm sido, desde a época 2002/2003, campeões – Futebol Clube do Porto e Benfica.

Soubemos também, recentemente, que a nossa seleção ficou no “grupo da morte” na fase que se segue no Euro 2020 – Alemanha e França surgiram no caminho de Portugal para nos dificultar uma batalha que, como portugueses que somos e tão bem sabemos, em situação normal já não é nada fácil. Aguenta coração!

O que, provavelmente, vai desaparecer em 2020?

A possibilidade de trabalharmos em documentos online, como é o caso do Google Docs, provavelmente ditará o fim dos documentos em papel. As contas poderão deixar de nos chegar pelo correio, sendo que, através de alguns cliques, já conseguimos fazer o pagamento de determinados serviços e essa possibilidade será, com certeza, alargada a outras áreas. Pen drives e discos rígidos perderão utilidade tendo em conta que agora podemos armazenar tudo na “cloud”. Os serviços de streaming ganham cada vez mais terreno aos CD’s e o mesmo acontece na relação entre Netflix e HBO vs DVD’s e Blu-ray. Já aplicações como o Google Maps tornam desnecessário o investimento em dispositivos GPS. Nos nossos pequenos smartphones conseguimos ter recursos tão variados como calculadora, despertador e acesso ao mais diverso tipo de informação. E isto são apenas alguns exemplos!

Fizemos as malas, trouxemos connosco esperança, garra e determinação, deixámos para trás 2019 e aterrámos com sucesso em 2020. Se vos apetecer, batam palmas. Desejo-vos uma ótima estadia neste novo e promissor destino, sempre na companhia do MDC Media Group.

Inês Barbosa/MS

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