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Quando se aproxima o fim da esperança

 

Woman waiting for doctor in hospital
Woman ‘s hand waiting for doctor in hospital.

 

Olá, muito bom dia e espero que estejam bem.

No meio deste mundo cada vez mais surreal onde a cada dobrar da esquina nos deparamos com situações que há breves instantes (três anos) nos soariam impossíveis. Vamos andando e tratando de tornear, cá estamos e vamos lidando. Desejo-vos, desde já, um ótimo fim de semana.

Como já vem sendo hábito, o jornal Milénio questiona o mundo através de todos nós sobre o que não é “politicamente correto“ discutir na hora do intervalo do café. Esta semana, claro está, não é de todo diferente. Muito pelo contrário. Um tema que nos arrepia a alma e nos faz, por vezes, ficar estáticos de analisar o que deveras realmente importa.

Falamos sobre a eutanásia. A quem se deve administrar e quando?

Resumindo. Com toda a certeza será difícil entender o que leva uma pessoa a escolher a morte como saída do sofrimento, ou o motivo pela qual tal decisão é tomada pela própria família. Famílias com parentes em estado terminal estão elas também em constante contacto com o seu sofrimento, que de certa forma é compartilhado com eles e muitas vezes procuram a melhor solução para sanar tal sofrimento. Entretanto tal decisão pode ser considerada correta, ou é apenas puro egoísmo?

O controle e a decisão sobre a continuidade ou não da vida de um indivíduo torna -se num assunto muito complexo e delicado visto que não é algo com fim pré-determinado, ou seja, não se pode prever o momento exato do fim de uma vida. Enquanto que por um lado, há casos em que pessoas ou suas famílias optam por um fim mais rápido, há outras que repudiam tal ato, preferindo esperar pela hora, sem apressar o processo que é repudiado pela Igreja Católica. Como proceder em caso de suicídio assistido e a eutanásia?

Questões complicadas e ao que me parece e já lá diz o ditado: “Quem tem calos é que sente o aperto do sapato”. Quem somos nós para decidir ou opinar sobre o sofrimento alheio? Então perguntamos – quais são as diferenças entre suicídio assistido e a eutanásia?Por entre nós, a Suprema Corte do Canadá anunciou no dia 6 de fevereiro de 2015 a liberação da eutanásia em pacientes terminais no território nacional. Para os nove juízes da máxima autoridade judicial do país, a decisão foi tomada por não concordarem com a “formulação existencial de que os indivíduos não podem ‘renunciar’ ao seu direito à vida”.

“Isto criaria um ‘dever de viver’ em vez de um ‘direito à vida’ e questionaria a legalidade de qualquer consentimento à retirada ou negativa de tratamentos para salvar vidas ou manter a vida”, argumentou a Suprema Corte, dando prazo de até um ano para que as autoridades incorporem a legalidade da eutanásia às leis nacionais.

A medida do Supremo Tribunal do Canadá reverte a decisão tomada pelo país em 1993, quando um tribunal negou a demanda de suicídio assistido a Sue Rodríguez, uma mulher que se encontrava em estado terminal e que reivindicava o direito de cometer eutanásia.

A revisão da proibição implementada há 22 anos é consequência das demandas apresentadas por Kathleen Carty e Gloria Taylor, que exigiram a eutanásia pouco antes de morrerem de doenças crónicas degenerativas, em 2010 e 2022 nomeadamente.

Se quer perceber a diferença entre suicídio assistido e eutanásia, ficam aqui dados verídicos e pelos quais se regem os cientistas. No caso do suicídio assistido, o paciente, de forma intencional, com ajuda de terceiros, põe fim à própria vida, ingerindo os medicamentos letais; na eutanásia ativa, uma terceira pessoa, a pedido do paciente, administra-lhe agente letal, com a intenção de abreviar a vida e acabar com o sofrimento.
Em termos estatísticos, em primeira fila a Holanda cedeu os direitos a pacientes terminais, seguida pela Bélgica, Canadá entre sete jurisdições a nível mundial que autorizam a prática da eutanásia a pacientes em que seja comprovado que padecem de doença terminal.

Um bom punhado de países tem legalizado esta prática de certa forma voluntária de pôr término à vida. Cada um é como cada qual.

É o que é e vai sempre mesmo valer o que vale.
Até já,
Cristina

Cristina Da Costa/MS

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