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Os dois amores

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Olá, bom dia!

Mais uma sexta-feira e um mês de abril com características de mês de abril. Sol, chuva, vento e 30 dias a percorrer.

Como tem passado? Ansioso por melhores dias? Pudera. Todos nós.

Esta semana e porque as celebrações dos 70 anos de imigração portuguesa estão aí ao dobrar da esquina, lembrei-me de escrever sobre “os meus dois amores”. Neste caso, não, não pense em amor entre “pessoas”. Amor de berço e amor de acolhimento.

Falo sobre Portugal e Canadá. Os dois países que carrego no sangue. Com amor, respeito e para sempre grata aos dois. Quando saí de Portugal com os meus pais recordo-me de ter chorado muito pois não queria vir. A tal zona de conforto, até porque os meus pais tomaram esta decisão porque acharam que a minha irmã mais velha, que se adiantou e abriu caminho a esta aventura, não deveria de estar só num país desconhecido e lá viemos nós.

Enfim, é o que é e vale o que vale.

Mas voltando ao tema, como todas as pessoas que entram noutra fronteira, seja ela física ou psicológica, temos de abraçar e respeitar essa mesma fronteira. Integrados no sistema. Escolar, social, laboral, todo esse esquema e vamos vivendo e suprimindo os verdadeiros sentimentos sobre a pátria, que nos viu respirar pela primeira vez.
Chegada a certa altura da vida realizei que embora o Canadá seja sempre o meu país e nunca o esquecerei, começo a aperceber-me com o decorrer do tempo o que realmente nos faz sentir bem, nos enche a alma de boas vibrações e que nem só os bens materiais, nem as guerras platónicas, entre muitas outras deviam ser essenciais. Aliás, nunca o foram. Só nos desgastam a alma e tanto mais. O que nos resta é um pouco de paz de espírito, o saber estar de bem connosco próprios. Como diz o ditado que fala sobre onde nos sentimos bem – “Home is where the heart is”.

Os invernos que começam a fazer doer o “espírito”… têm estado a desacelerar-me e a fazer-me pensar mais no que me faz sorrir. Afinal, e mesmo em introspeção pessoal, o sentimento é mais forte que a luxúria deste ou daquele bem e realmente pessoas e situações tóxicas já nada me dizem. Que continuem bem, mas longe.
Pessoas que, ao invés de espalharem perfume, cospem toxinas.

Como disse o meu marido esta semana: “é bom sentir o chão na sola dos pés, seja ele quente ou mais fresco”. Chão que não nos deixa esquecer a pátria amada. Pátria que nos viu respirar pela primeira vez.
Os meus dois “amores”.

Fiquem bem, celebrem de corpo e alma e, acima de tudo, estejam onde se sintam bem.
Até já,
Cristina DaCosta/MS

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