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OCDE diz que governos têm de fazer mais pela classe média

Um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) de 2019 diz que os governos precisam de fazer mais para apoiar as famílias de classe média que lutam para manter o seu estilo de vida, porque os seus rendimentos não conseguem acompanhar o aumento dos custos com habitação e educação. Segundo aquela organização a classe média diminuiu na maioria dos países e tornou-se cada vez mais difícil para as gerações mais jovens conseguir pertencer à classe média.

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Os mais ricos do mundo: Kate Wang, Sergio Stevanato, Elon Musk, Jeff Bezos, Kim Kardashian West, Tyler Perry, Susanne Klatten, David Vélez, Whitney Wolfe Rebanho, Jack Ma. Ilustração de Neil Jamieson para Forbes.

A OCDE define uma família de classe média como um agregado familiar que ganha entre 75% e 200% do rendimento médio nacional. Em 2019, segundo a Statistics Canada, o rendimento médio do Canadá rondava os $62,900. A taxa de pobreza diminuiu no mesmo ano para 10,1%, menos 0.9 pontos percentuais do que em 2018.

Embora quase 70% dos baby boomers fizessem parte de famílias de rendimento médio nos seus 20 anos, apenas 60% dos millenials fazem hoje parte da classe média. A influência económica da classe média também diminuiu drasticamente. A OCDE defende que os governos devem trabalhar mais para promover um crescimento inclusivo e criar uma sociedade mais estável e com menos desigualdades.O custo de um estilo de vida de classe média tem aumentado mais rapidamente do que a inflação e a habitação é o bem que pesa mais no orçamento das famílias de classe média. Mas a instabilidade laboral também se apresenta como uma ameaça. Um em cada seis trabalhadores com salários médios tem o emprego em risco porque pode vir a ser substituído por uma máquina. O risco é menor para os trabalhadores com salários baixos e muito elevados – um em cada cinco trabalhadores e um em cada 10 trabalhadores, respetivamente.

A OCDE alerta que a classe média precisa de um plano abrangente a nível de acesso a serviços públicos e de proteção social. A nível de acesso a habitação a organização propõe alívio das hipotecas para as pessoas mais desfavorecidas, subsídios específicos e benefícios fiscais.

Em matéria de trabalho, uma vez que os salários temporários ou instáveis estão a substituir os tradicionais empregos de classe média, a hipótese deverá passar por investir mais em formação profissional. Outra das propostas da OCDE é alargar os benefícios a mais trabalhadores, nomeadamente os temporários ou os independentes.

A lista de países que a OCDE comparou inclui por exemplo, Canadá, França, Alemanha, Israel, Espanha, Japão, Austrália e Reino Unido.

Forbes e a corrida ao espaço

A revista Forbes diz que o ano tem sido atípico e não apenas por causa da pandemia. Houve ofertas públicas rápidas, aumento das moedas criptográficas e preços das ações a subir em flecha. O número de bilionários na 35.ª lista anual da Forbes dos mais ricos do mundo teve um grande aumento em relação ao ano passado e aumentou de 660 bilionários para 2,755. Destes, um recorde de 493 eram novos na lista – incluindo 210 da China e Hong Kong. Outros 250 que tinham caído no passado, voltaram a aparecer na lista. Cerca de 86% são mais ricos do que em relação ao último ano.

Jeff Bezos é o mais rico do mundo pelo quarto ano consecutivo e tem uma fortuna de $177 mil milhões, enquanto que Elon Musk entrou no segundo lugar com 151 mil milhões de dólares, à medida que as ações da Tesla e da Amazon subiam em flecha.

No total, estes bilionários valem agora mais de 13 mil milhões, quando em 2020 valiam “apenas” $8 mil milhões. Os EUA são o país que ainda tem mais bilionários, com 724, seguidos pela China (incluindo Hong Kong e Macau) com 698. A Forbes calcula o património líquido dos bilionários através do preço das ações e as taxas de câmbio.

Depois de anunciar que ia sair da liderança da Amazon, Jeff Bezos parece agora estar mais focado no espaço. Embora o bilionário tenha criado a empresa Blue Origin em 2000, só recentemente conseguiu viajar para o espaço. Quem também está interessado no espaço é o britânico Richard Branson, o fundador do grupo Virgin que criou em 2004 a Virgin Galactic. Resta saber quando as viagens ao espaço se vão tornar low cost!

Joana Leal/MS

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