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O Governo de Ontário vai fazer o que for preciso para manter as crianças nas escolas, afirma ministro da Educação

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Um novo ano letivo está prestes a começar e com ele chegam as possibilidades de greve dos trabalhadores da educação à medida que os acordos coletivos entre sindicatos e governo nem sempre agradam a um dos lados envolvidos. No caso específico de Ontário, o ministro da Educação, Stephen Lecce, mais de uma vez veio a público garantir que a prioridade do governo é de que os alunos e pais tenham um retorno às aulas sem interrupções e onde as crianças consigam aprender da melhor forma e compensar o tempo perdido em sala de aula durante o período da pandemia.

Lecce falou com órgãos da mídia cultural numa conferência de imprensa na terça-feira (23), na qual a reportagem do Milénio Stadium participou, onde disse: “Acho que os pais estão cansados de a cada três anos nesta província, não importa qual partido esteja no governo, seja ele Liberal, Novo Democrático ou Conservador, enfrentarem uma ameaça de greve por parte dos trabalhadores da educação. O único ponto comum é que são os pais e as crianças que acabam pagando o preço por este tipo de tentativas de escalada de tensão nas negociações que só prejudicam os alunos” e completou: “O nosso governo está comprometido em fazer o que for preciso para manter os alunos nas escolas, tendo aulas, atividades extracurriculares, participando de esportes, tudo o que tem direito depois desses anos tão difíceis.”

DSC_6523-2_WEB-e1574286623550 - milenio stadiumO ministro se referia ao anúncio divulgado nessa semana pelo Sindicato Canadiano de Funcionários Públicos (CUPE), que representa 55 mil trabalhadores do setor escolar, entre eles bibliotecárias, trabalhadores da área administrativa, assistentes sociais, educadores da primeira infância, entre outros, de que abrirá a votação entre os seus membros a partir de 23 de setembro a 2 de outubro sobre se devem ou não entrar em greve. Lecce, classificou a iniciativa como prematura, pois segundo ele a CUPE começou a planejar a votação de greve antes mesmo da primeira oferta do governo ser apresentada.

Laura Walton, presidente do Conselho de Sindicatos da CUPE em Ontário, em declarações à mídia canadiana, disse que realizar uma votação de greve não significa necessariamente que os trabalhadores vão paralisar os serviços, mas é parte do processo para mostrar ao governo que eles estão preparados para lutar pelos trabalhadores e pela educação pública. Em relação a reajuste salariais, a CUPE reivindica aumentos anuais de 11,7%, enquanto o governo ofereceu um valor bem mais baixo, 2% ao ano para trabalhadores que ganham menos de $40 mil ao ano e 1,25% para todos os outros. “É irreal a proposta deles, qual outra categoria que teve um aumento de 52% do salário, isso representaria aos cofres públicos um gasto na ordem de $21 bilhões de dólares. Não é razoável”, contra-argumentou Lecce, que acrescentou que qualquer negociação com esse sindicato, a CUPE, se torna a base, o mínimo para as futuras negociações com outros sindicatos de professores que acontecem na sequência. “É impraticável um aumento desse porte”, ponderou.

Em relação as ações do governo caso o sindicato decida paralisar as atividades o ministro foi categórico: “O governo espera que haja bom senso por parte do sindicato, que eles reflitam e aceitem nossa proposta de reajuste, que é justa e razoável e prioriza os estudantes, que permaneçam na mesa de negociações e não paralisem suas atividades”. Questionado sobre a possibilidade de uma nova oferta por parte do governo, que supere a atual, Lecce não deixou claro se isso acontecerá.

Os acordos com os cinco principais sindicatos do setor da educação expiram em 31 de agosto. A expectativa e de que a CUPE e o governo voltem a mesa de negociação nesta sexta-feira (26), com outros três encontros agendados para setembro. Resta aos pais e alunos, os mais afetados caso haja possíveis paralisações, esperar para que acordos sejam alcançados e o ano letivo de fato seja tranquilo e produtivo.

Lizandra Ongaratto/ MS

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