Temas de CapaBlog

IPMA: Há 9 anos a mostrar o talento português

 

IPMA: Há 9 anos a mostrar o talento-capa-mileniostadium
José Xavier e David Saraiva. Créditos: Carmo Monteiro

Premiar o melhor da música portuguesa produzida um pouco por todo o mundo foi o grande propósito dos IPMA – International Portuguese Music Awards. A entrar no décimo ano de existência deste evento, o Milénio Stadium teve a oportunidade de conversar com David Saraiva e José Xavier (mais conhecido por Zack), dois dos seus fundadores e grandes dinamizadores.

Depois da pandemia, que obrigou a organização a reinventar-se e montar espetáculos virtuais, os IPMA preparam-se para um regresso aos palcos, ainda mais forte quanto à determinação de fazer sempre mais e melhor. Os dois fundadores deste projeto acreditam que a parceria estabelecida e anunciada há uns meses com a Camões Entertainment ajudará a projetar ainda mais esta verdadeira montra do talento musical português.

Milénio Stadium: Como surgiram os IPMA e qual foi o principal propósito?

David Saraiva: O conceito começou em 2012, com o nosso primeiro espetáculo a ocorrer em 2013.  O objetivo era (e é) reconhecer e honrar a música criada por artistas de ascendência portuguesa.

José Xavier: A ideia foi apresentada por um dos nossos parceiros da altura – criar um evento de premiação internacional para apresentar músicos portugueses já com histórico.

MS: Que papel tem desempenhado esta premiação na divulgação da música portuguesa no mundo?

DS:  Há um aspeto de descoberta ou revelação no que fazemos.  Muitos dos artistas que acabam por ser nomeados nem sempre são nomes familiares, por isso adoramos o facto de apresentarmos às nossas comunidades artistas e músicas de que anteriormente nunca tinham ouvido falar.

JX: Mas este espetáculo de prémios desenvolveu entretanto algum “vapor’’ e fornece uma plataforma sólida para todos os artistas portugueses de todo o mundo mostrarem o seu talento. O IPMA descobriu e concedeu prémios a quase 100 artistas desde o seu início.

MS: Sentiram que estes quase dois anos de pandemia quebraram um pouco a missão a que se propuseram, já que a cerimónia passou a ser online?

DS: De modo algum.  Acredite ou não, existem na realidade algumas coisas positivas que ocorreram para os IPMA durante este período de tempo.  Foi uma boa altura para refletir sobre onde estávamos, quais são os nossos objetivos futuros, e descobrir como lá chegar.  Embora os dois últimos espetáculos tenham sido virtuais, mantivemos a “forma IPMA” de fazer coisas em que nos desafiamos a produzir espetáculos de alta qualidade.  Se compararmos os nossos espetáculos virtuais de 2021 e 2020, verifica-se uma melhoria óbvia, em todos os aspetos.  Penso que também aprendemos a olhar mais para os IPMA numa perspetiva de um programa de televisão – essas lições serão transferidas para todos os programas futuros.

JX: Os últimos dois anos abrandaram de facto o aspeto do desempenho AO VIVO do espetáculo, mas por outro lado, também deram energia e tempo aos IPMA para expandir o alcance da cultura portuguesa para outras partes do mundo.

MS: Que impacto e recetividade têm tido os IPMA em Portugal?

DS: O nosso alcance em Portugal tem crescido ano após ano.  Vemo-lo no número de submissões que recebemos.  A quantidade de cobertura de imprensa também aumentou e conseguimos que alguns dos nomes mais respeitados na televisão portuguesa, como Sónia Araújo e Catarina Furtado, participassem nos nossos programas recentes.  Também vemos uma diferença quando procuramos artistas para atuar – quando os contactamos, é provável que já tenham ouvido falar dos IPMA e estejam familiarizados com o conceito e os seus objetivos.

JX: Sentimos que o espetáculo dos IPMA desenvolveu um grande respeito entre todos os principais artistas portugueses, muitos dos quais já atuaram no evento. O espetáculo vai ser transmitido na RTPi num futuro próximo. Visite ipmaawards.com para mais informações.

MS: Com a vossa experiência, o que é que nos podem dizer da implantação da música portuguesa no mundo?

DS: A maioria da imigração do povo português para outros países abrandou, como todos sabemos.  Portanto, é cada vez mais importante que façamos o que pudermos para tentar celebrar a nossa cultura e envolver as gerações mais jovens, tanto quanto possível.  Continuar a descobrir e promover talentosos artistas lusos em todo o mundo é uma forma de o fazer.  Eles continuam a criar grande música, ano após ano, e isso dá-nos esperança.

JX: Os prémios IPMA receberam submissões de todo o mundo, incluindo a Malásia. Isso penso que já diz muito da implantação da música portuguesa no mundo. Temos, aliás, muita curiosidade em ver que países se submetem para 2022! Aproveito para lembrar que o prazo de submissão é 30 de novembro de 2021.

MS: Quais são os principais obstáculos que os portugueses espalhados pelo mundo sentem para se fazerem ouvir?

DS: Portugal é ainda um país pequeno, por isso pode haver menos oportunidades, de certo modo, para os artistas portugueses.  Contudo, vivemos na era da Internet e nunca houve tantas ferramentas à nossa disposição para ajudar a promover a música e a espalhar a palavra.  Para os artistas que estão a criar música de qualidade e trabalham arduamente nas suas carreiras, o futuro parece promissor. 

MS: Que perspetivas têm para o futuro dos IPMA, agora que oficializaram uma parceria com a Camões Entertainment?

DS: Queremos continuar a expandir o nosso alcance e melhorar em tudo o que fazemos atualmente.  Chegámos à conclusão de que, para atingir determinados objetivos, precisávamos de formar alianças deste tipo.  É isso que torna a nossa parceria com a Camões Entertainment tão excitante.  Expandirmo-nos mais para o Canadá só faz sentido, dada a população portuguesa que aí reside.  Vemos muitas coisas boas a sair desta relação. 

JX: Estamos muito satisfeitos e honrados por ter a Camões Entertainment a bordo para ajudar a expandir os IPMA não só para o Canadá, mas também para outras partes do mundo. Aguardamos com expectativa a continuação do seu apoio durante muitos mais anos. 

Visite ipmaawards.com para mais informações.

Catarina Balça/MS

Redes Sociais - Comentários

Artigos relacionados

Back to top button

 

O Facebook/Instagram bloqueou os orgão de comunicação social no Canadá.

Quer receber a edição semanal e as newsletters editoriais no seu e-mail?

 

Mais próximo. Mais dinâmico. Mais atual.
www.mileniostadium.com
O mesmo de sempre, mas melhor!

 

SUBSCREVER