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Home office

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Crédito: DR

Trabalhar a partir de casa!

O famoso “home office”, ultimamente utilizado por várias empresas derivado à Covid-19, pode entrar na moda e as multinacionais gostam da ideia – dizem que pode haver uma grande percentagem na redução das despesas.

É um formato que já existia e que muito agradava às multinacionais, mas agora com a pandemia que nos rodeou e continua a rodear foram muitos os que fizeram das suas casas o seu escritório, local de trabalho.  Há coisas boas e também tem as suas partes negativas – eu nem sou a favor nem contra, acho que no local de trabalho se tem mais atenção e preocupação com o que se está a fazer, mas há quem diga que em casa acaba por trabalhar mais horas e até conseguem produzir mais. A mim faz-me confusão porque em casa está tudo muito perto, pode haver mais distração e mais tempo para pensar fora do tema de trabalho. Eu tenho uma experiência negativa no que toca a estar a trabalhar de casa – recentemente, num dos projetos em que estou envolvido, um dos responsáveis, ou parte da sua equipa, esteve e está a trabalhar de casa. Sempre que as informações solicitadas por outros eram enviadas nunca chegavam completas, há/havia sempre falhas na informação e, nos últimos dias, têm andado a rever custos pelo facto de não se ter toda a informação na altura necessária.

Como estes aconteceram, muitos outros casos podem acontecer, no entanto os benefícios para as multinacionais são muitos: a prova está num crescimento muito grande na opção de “home office”, e isto tem vindo a notar-se na expansão da internet e no desenvolvimento de diversas tecnologias de informação. Trabalhar em casa está a tornar-se, para muitos, muito mais fácil e pode trazer uma série de vantagens, seja para o empregador ou empregado. No que toca à parte económica é um fator importante nesta modalidade de trabalho: diversos gastos podem ser drasticamente reduzidos, tais como alimentação em restaurantes, deslocações em veículo próprio ou do empregador, vestuário, etc. Aqui podem reduzir uma percentagem muito grande, mas aqui existem também outras inconveniências e partes muito negativas para outros: os trabalhadores de certas atividades correm o risco de perder o seu emprego e o empregador de ter de encerrar portas por falta de rotatividade e perda de faturação.

Estes são fatores negativos para muitas PME (pequenas e médias empresas), que são as mais importantes – não nos podemos esquecer que são estas que aguentam uma grande percentagem da economia de qualquer país, e por culpa de alguém são as menos ajudadas. Mas há muito mais atividades afetadas pela negativa com o trabalhar de casa, só que depois temos aqueles que têm e tiveram a experiência de trabalhar de casa, dizem que o conforto é superior ao que teria se estivesse no local de trabalho.

Aqui deixa o empregador como mau criador de ambiente de trabalho e colocam em causa as próprias condições: querem dizer que o conforto oferecido é mau. Há quem diga que há mais motivação para fazer os trabalhos sem serem confrontados com o mau humor por parte dos outros e que o trabalho fica com mais qualidade. Também há quem diga que conseguem gerir o tempo em casa focando-se nos dois lados, isto é, organizar as lides da casa e fazer o trabalho exigido pelo empregador. Será que é assim tão fácil? Nesta parte discordo porque ou se faz uma ou outra, não se podem repartir durante o horário normal de trabalho porque baixa a produtividade e a concentração no que se está a fazer. Por isso é que as coisas chegam ao local incompletas: é porque toca o telefone, é porque até lhe apetece um café ou algo parecido e deixa o que está a fazer e vai, é porque algo apareceu e porque já que está em casa vai-se fazer, etc., e aqui pode prejudicar a qualidade do trabalho.

Eu não tenho nem quero a experiência de trabalhar de casa, adoro o contacto com pessoas e de partilhar ideias com os colegas, acho que a qualidade do serviço é muito melhor e mais saudável e era incapaz de estar dentro da própria habitação 24 horas. Fazer da casa o local de trabalho passava a não ter graça, era como viver dentro de um caixote! Mas esta é a minha opinião, porque pelo que se tem ouvido a maioria desejava continuar a trabalhar de casa.

Não se esqueçam que a economia cresce com movimentação, não a fechar portas.

Augusto Bandeira/MS

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