Em busca do “amor” incondicional

Olá, muito bom dia.
Cá estamos. Mais uma sexta-feira. As semanas correram e estamos quase a findar mais um mês. Ainda bem, até porque este janeiro tem sido violento e trabalhoso em questões meteorológicas.
Mas, e como vos digo semana após semana, se estivermos pelo menos razoavelmente saudáveis, já vai valendo a pena.
Como já vem sendo habitual o jornal Milénio Stadium, coloca em cima da mesa temas de capa, alguns mais polémicos do que outros, não obstante todos importantes e que devem ser vistos e tratados devidamente. Muitos deles refletem sobre assuntos que a nossa “vigiada” sociedade, que se diz “modernizada”, não quer abordar para não colocar “sal na ferida“. A humanidade, que progride em ciência e tecnologia a passos largos, regride em socialização e na abordagem que já é necessária para certas situações.
Esta semana, por exemplo, o Milénio traz mais um assunto que não é consensual. Peço-vos que interpretem como desejarem, mas não quero, não devo e não vou, intencionalmente, jamais agredir ou ofender suscetibilidades. Não faz o meu género. Jamais o fez ou fará. Somente toco no meu ponto de vista.
Com todo o respeito que tenho e, principalmente, pelo Papa Francisco – o sumo pontífice que até agora mais me despertou a curiosidade -, claro que ele também afirma coisas que, de certa forma, puxam “a brasa“ à entidade católica que ele representa – o Vaticano.
Então, em que contexto e que bases tem este Sr., sim porque ele é um ser humano como todos nós, não está acima de nós, nem de Deus, pode até considerar-se mais próximo, mas não está acima, dizia eu, com que bases ou direitos afirma o nosso Santo Papa, que as pessoas estão a ser “insensíveis e egoístas” ao não quererem assumir a paternidade ou maternidade substituindo-a pela opção de adotarem animais de estimação?
Ora vejamos:
Eu que sou mãe de duas miúdas/mulheres e “mãe “ também do meu Ross, já o fui também do meu querido Lucky, percebo o amor de ambas as partes. Um mais egoísta porque sim, doa a quem doer, inclusive dói-me a mim, os nossos filhos têm um sentido de “bem-estar” adquirido. Sentem-se no direito de nos “exigir”. Temos obrigações para com eles? Sim claro. Não pediram para nascer. Mas a obrigação deve e tem de ser recíproca. Há que chegar a um entendimento. Uma empatia, um amor que seja expresso de forma genuína e nunca egoísta. Os filhos têm na sua grande parte o sentido do “venha a mim” e depois logo se vê. Não me estou a queixar, mas que os filhos são egoístas e muitas e tantas vezes não têm em conta os nossos sentimentos… desculpem-me, entendam como quiserem… São! E hão-de continuar a ser. Até, claro está, se tornarem pais um dia.
Já no que toca aos “filhotes“ de quatro patas, aí a conversa toma outro rumo. Muda de figura. Não há egoísmo. São meigos. Amigos. Incondicionais. O meu Ross é o meu melhor amigo. Nunca me trai. Fica triste se me vê chorar e não me abandona. Posso-vos afirmar que apesar de muitas vezes ter de o acompanhar mais tempo, do que o próprio tempo de que disponho, são momentos muito bons, gratificantes, sinceros e não são, de todo, egoístas. Confesso-vos que entendo a posição da humanidade na questão da paternidade/ maternidade. No mundo em que vivemos, com tanta doença incerteza e instabilidade, trazer um filho a este mundo é uma verdadeira loucura. Mas o Santo Papa que não se rale muito pois a humanidade não vai parar por aqui.
No fundo tudo se pode resumir a isto: tratar bem quem nos quer bem. Se adotar um animal de estimação, por favor faça isso mesmo – estime-o.
Só nos merecem respeito pelo tanto que nos dão, sem nada em troca pedirem.
É o que é e vale sempre o que vale.
Fiquem bem,
Até já,
Cristina Da Costa/MS
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