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É preciso estar atento e forte em 2021

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Stella Jurgen

 

Antes de mais nada, quero me desculpar pela redundância, mas não há como redigir meu texto de votos de um feliz ano novo, sem considerar a pandemia que assola o planeta. 

2020 foi um ano desafiador. Acho que essa palavra resume bem os sentimentos e adversidades pelas quais todos passamos. E ainda estamos passando, sem uma previsão, a curto prazo, do término desta provação. 2020 foi e será marcado na história como o ano da pandemia. Não foi a primeira nem será a última, infelizmente. Mas está sendo a primeira dessa magnitude desde a gripe espanhola em 1918. Estamos vivendo na prática o conceito de resiliência quando buscamos manter o foco de trabalho, estudo e vida familiar em meio a tantas (e necessárias) recomendações dos órgãos de saúde e do Governo.

Recomendações que visam diminuir as chances de contágio e, para isso, adotar medidas de higiene mais intensa, como por exemplo lavar as mãos sempre que possível, o uso frequente  de álcool em gel, assim como o de máscaras faciais . E a mais contundente medida de proteção, o distanciamento social. Não poder se reunir com amigos, não poder visitar nossos pais e avós. Como foi e como está sendo difícil para mães e pais, driblar o tédio dos filhos pequenos que não podem extravasar sua energia em brincadeiras com os amiguinhos. Como está sendo difícil para as crianças e adolescentes fazerem aulas remotamente, perderem o convívio com pares, tão importante para seu desenvolvimento.  Como foi e está sendo complicado não poder explorar o mundo para aqueles que têm oportunidade. Como os pequenos negócios tiveram que se adaptar diante de uma economia retraída e da imposição do Governo em não receber clientes? Como sobreviver? E por fim, como é triste perder entes queridos para esse vírus! Acho que é a mais dolorosa das dores.

Eu fico pensando: quais poderão ser os resultados futuros desse “tsunami” nos diversos âmbitos da sociedade? Como essa nova geração será impactada? Quais os tipos de negócios que poderão emergir? Como estará a saúde mental da população? Essas perguntas pairam no ar e ainda não se consegue fazer uma previsão a respeito. É uma grande incógnita.

Parece que em março de 2020, o mundo parou.  E um enorme parênteses se abriu, engolindo 2020 e ele parece ter deixado de existir.  Mas felizmente ou infelizmente, ele existiu sim. Porque justamente entre esses parênteses que ainda não fecharam, diante de tantos percalços, vimos um povo que lutou e está lutando aguerridamente  para enfrentar esse momento tão delicado. Porém, é preocupante ver uma parcela da população desatenta ou em negação da realidade, descumprindo totalmente as orientações. É incompreensível ver  comportamentos  egoístas  diante de uma situação que requer mais humanidade, união e cumprimento das regras sanitárias.

Apesar dos pesares, as boas notícias vão chegando! Há uma luz no fim desse túnel. Vacinas estão sendo disponibilizadas e pode ser o início de uma nova fase.

Com tantos  questionamentos e diante dessa esperança,  é sempre importante frisar que a pandemia não acabou e que ainda precisamos continuar com a observância das regras sanitárias por tempo indeterminado. Lembrar essas recomendações, principalmente aos negacionistas e também àqueles que acreditam que a vacina vai significar a volta de tudo como era antes.

Aproveito para desejar a todos mais resiliência, mais consciência e responsabilidade  no desenrolar dessa pandemia. Sejamos mais empáticos e compassivos para com todas as gerações: da mais velha à mais nova, todas são importantes. 

Se houver um desígnio maior nesses acontecimentos, talvez nunca saibamos mas, uma coisa é certa: essa pandemia fez o mundo parar forçadamente e nos confrontar, de forma coletiva, com a finitude. E também com a desigualdade social, a precariedade dos serviços e o sistema econômico sob o qual vivemos. Esse confronto nos faz questionar se a maneira individualista e frenética com a qual estamos habituados a viver é a ideal.

Por isso, desejo que 2021 seja um ano de reconstrução e de reorganização, em nível pessoal e como sociedade. É preciso estar atento e forte, como diria o cantor Caetano Veloso, para que haja essa reconstrução e possamos viver com mais recursos internos e externos para enfrentar os próximos desafios.

Vamos juntos!

Adriana Marques/MS

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