Temas de Capa

David Montaigne: com todo o respeito, dedique-se à pesca

Mais um ano que, a passos largos, se aproxima do fim! Parece mentira, não é? Tão mentira quanto a “teoria” de David Montaigne que, para quem não sabe, é um historiador norte-americano e é também autor de vários livros de profecias.

Segundo ele, o mundo acabará este mês, mais precisamente no dia 28.

E porquê? Porque a Terra vai mudar de posição, levando a uma série de desastres naturais tais como terramotos, maremotos e erupções vulcânicas, e, consequentemente, à erradicação da população da superfície terrestre. De facto, este fenómeno já aconteceu centenas de vezes nos últimos três mil milhões de anos e, segundo cientistas, não existem razões para se acreditar que essa movimentação seja capaz de originar uma catástrofe climática global.

Segundo este “profeta” esta seria já a quarta vez que o mundo iria deixar de existir. Só por aqui já é muito convincente, não?

Mas não nos ficamos por aqui! Montaigne já havia dito que o anticristo viria à Terra a 6 de junho de 2016 e que Barack Obama, o antigo presidente dos Estados Unidos da América, era, na verdade, Lúcifer. Não é maravilhoso?

Mas deixemos então as suposições de lado e avancemos para os factos. Afinal, quais foram os acontecimentos que marcaram 2019? Bem, é certo que vai tudo da opinião de cada um mas, de facto, houve um pouco de tudo e para todos os gostos.

No que à política diz respeito, Juan Guaidó declarou-se presidente interino da Venezuela e Trump fez história ao ser primeiro presidente dos EUA a entrar na Coreia do Norte. 

No Canadá, Justin Trudeau venceu as eleições, mas perdeu a maioria absoluta.

O Partido Socialista venceu tanto as eleições europeias como as legislativas em Portugal, sendo que nestas últimas a grande protagonista foi, sem dúvida, a abstenção, que atingiu um valor recorde no nosso país: 68,59% dos eleitores – o que se traduz em mais de 7,2 milhões de pessoas.

2019 ficou também marcado pelas sucessivas greves em Portugal – a dos enfermeiros e a dos condutores de matérias perigosas foram as que mais impacto tiveram.

Pelo mundo, centenas de milhares de pessoas de todo o mundo saíram à rua para lutar pelo clima, num movimento denominado Fridays for Future.

E como não referir Joe Berardo? “Pessoalmente não tenho dívidas”. Entre gargalhadas e declarações de deixar qualquer um de queixo caído, chocou e indignou o país no Parlamento português. O valor em dívida à CGD, ao BCP e ao Novo Banco totaliza 962 milhões de euros.

Bom ano, no geral, para o Sporting: sagrou-se, pela primeira vez, campeão europeu de futsal, campeão europeu de hóquei em patins e conquistou, pela 17ª vez, a Taça de Portugal.

O Benfica alcançou o  seu 37º título nacional, venceu a International Champions Cup e a Supertaça.

João Félix foi, durante vários dias, notícia por causa da sua transferência milionária para o Atlético de Madrid (126 milhões de euros).

Portugal conquistou a Liga das Nações, carimbou o passe para a fase final do Euro 2020 e, nos Jogos Europeus de Minsk, arrecadou 15 pódios em diversas modalidades. No hóquei em patins, o nosso país sagrou-se pela 16.ª vez campeão mundial e no futebol de praia foi a primeira seleção a conquistar por seis vezes a Liga europeia.

Os Toronto Raptors sagraram-se campeões da NBA pela primeira vez, após baterem os Golden State Warriors  por 114-110, no sexto jogo da final e John Tavares foi nomeado capitão do Maple Leafs. O Toronto FC perdeu na final da MLS Cup, frente ao Seattle Sounders, por 3-1 e Bianca Andreescu bateu Serena Williams e sagrou-se campeã do US Open.

O Brasil venceu a Argentina e tornou-se campeão da Copa América e Jorge Jesus conduziu o Flamengo à conquista da Libertadores e do Brasileirão.

Cristiano Ronaldo teve o que podemos chamar um ano agitado: a Procuradoria deixou cair as acusações contra si no caso Mayorga, perdeu o prémio de jogador do ano para Virgil Van Dijk, o prémio FIFA The Best, a Bola e a Bota de Ouro para Messi, ultrapassou a marca dos 700 golos marcados e foi eleito o futebolista de 2018 pelo Globe Soccer Awards.

Entre as notícias que preferíamos não ouvir estão, por exemplo, o triste desaparecimento de Emiliano Sala, o massacre de Suzano,  o incêndio na Catedral de Notre Dame, em Paris, os destruidores incêndios na Amazónia e em Portugal, o furacão Lorenzo que atingiu os Açores e os números alarmantes de violência doméstica em Portugal: 28 mortes, 27 tentativas de femicídio e 45 órfãos, segundo a UMAR.

Destaque também para as detenções de Julian Assange, fundador da WikiLeaks e de Michel Temer, ex-presidente do Brasil.  “El Chapo”, um dos maiores narcotraficantes da história, foi condenado a prisão perpétua e Lula da Silva, depois de 19 meses na prisão, saiu em liberdade, tendo, entretanto, visto a sua pena ser aumentada de 12 para 17 anos pelo Tribunal de segunda instância.

Se foi um ano bom ou mau? Prefiro deixar à vossa consideração…

Quanto ao novo ano que se aproxima, vai-se a ver e o melhor mesmo é não fazer muitos planos, não vão eles sair furados… A única coisa que vos posso garantir com toda a certeza é que o MDC Media Group vai caminhar, lado a lado consigo, para sempre!

Quem vier atrás que feche a porta! Vemo-nos em 2020!

Inês Barbosa

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