Copas. Ouros ou espadas?
O estado da monarquia e o que realmente tem, deseja e ao que vem
Ora viva. Muito bom dia, excelente sexta-feira, bom fim de semana e todas essas coisas boas que costumamos desejar uns aos outros, diariamente.
Espero-os bem e, essencialmente, com muita saúde.
Falamos de Reis. Rainhas. E nós portugueses somos, de certo modo, filhos da monarquia. Vamos ver o que se consegue elaborar para tentar explicar o que em Inglaterra se conseguiu preservar e somente por aquelas paragens. Com todo o rigor, pompa e circunstância. Vamos mais a fundo para tentar perceber o que realmente significa. Espero que goste.
Sua majestade a Rainha Isabel II ou Elizabeth II, como a chamamos por estas paragens, nasceu em Londres, a 21 de abril de 1926 e é a atual Rainha do Reino Unido e de 15 outros Estados independentes conhecidos como Reinos da Comunidade de Nações, além de chefe da Commonwealth formada por 53 estados. Ela é a primeira monarca feminina soberana da Casa de Windsor e a Governadora Suprema da Igreja da Inglaterra. Em algum dos seus outros Estados soberanos, ela possui o título de Defensora da Fé. Isabel II tornou-se a Chefe da Comunidade Britânica quando assumiu o trono a 6 de fevereiro de 1952, após a morte de seu pai, o rei Jorge VI.
E a ligação da Rainha ao Canadá?
O Canadá é uma monarquia constitucional, sendo que a atual monarca reinante do Canadá é a Rainha Elizabeth II. Nos termos da Constituição, a Rainha é a Chefe de Estado, sendo representada no Canadá pelo Governador-geral do Canadá, nomeado pela monarca sob a proposta do primeiro-ministro canadiano.
- Título correto: Sua Majestade
- Herdeiro aparente: Carlos, Príncipe de Gales
- Primeiro monarca: Vitória I
Canadian Crown
A monarquia do Canadá é o eixo da estrutura federal do país, bem como do seu sistema parlamentar e constitucional. Sob a monarquia estão fundados os poderes executivo (queen-in-council), legislativo (queen-in-parliament) e judiciário (queen-on-the-bench), todos com jurisdição federal e provincial. O soberano personifica o Estado Canadiano e representa em si a própria nação em termos de lei constitucional.
Apesar de a pessoa do soberano ser compartilhada com outras 15 nações da Comunidade das Nações, cada monarquia é autónoma e legalmente distinta. Subsequentemente, a atual monarca é oficialmente intitulada Rainha do Canadá e, de igual modo, o seu consorte e demais membros da Família Real Canadiana assumem incumbências públicas e privadas na condição de representantes do Canadá. Contudo, a Rainha é o único membro da Família Real Canadiana com funções previstas pelas Constituição do país. Enquanto alguns poderes são exercidos somente pela pessoa do soberano (como a nomeação de governadores gerais), alguns deveres operacionais e cerimoniais da monarca como abertura da Câmara dos Comuns, são exercidos por seu representante, o Governador-geral do Canadá. Nas províncias. o monarca é representado diretamente pelo vice-governador. Como todos os territórios são jurisdição federal, cada um deles possui um comissário que representa diretamente a Coroa.
O Crown Estate foi criado em 1760, quando o Rei George 3º chegou a um acordo com o Governo estabelecendo que o lucro desse património iria para o Tesouro e, em troca, o monarca receberia um pagamento anual – o Fundo Soberano.
O Estate é uma entidade independente que administra um dos maiores portfólios de propriedades e concessões do país, que inclui residências, escritórios, lojas, empresas e centros comerciais. A monarquia é dona de terras em Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.
A Rainha ou Rei em exercício recebe, do Tesouro, 15% dos lucros anuais do Crown Estate para pagar os custos com sua equipa, manutenção de propriedades, viagens e compromissos oficiais.
O Governo já havia anunciado, no entanto, que entre 2017 e 2027 esse percentual aumentará para 25%, para ajudar a pagar uma reforma de 369 milhões de libras no Palácio de Buckingham.
Tecnicamente, o património da Coroa pertence ao monarca durante a duração do seu reinado, mas, na prática, não pode ser vendido por ele ou ela.
Fortuna pessoal
Embora viva a vida dos ultrarricos, a Rainha Elizabeth está longe de ser uma das pessoas mais abastadas do mundo. Muitos dos bens valiosos da família real, como o Palácio de Buckingham, são propriedade de um organismo chamado Crown Estate e não podem ser comercializados; A Forbes calcula que se a Rainha possuísse todos esses bens, não só seria a pessoa mais rica do Reino Unido, como também a terceira mulher mais rica do mundo, com um património líquido de mais de US$ 25 bilhões .
Bem… vou-vos confessar que dispenso esta soberania toda e que já há muitos anos a esta parte, nem compro selos com a estampa da Sua Alteza Real. Não gosto. Não me apetece e não é agora que me vou tornar fã.
Escândalos. Fraudes. Abusos de poder e todos os tabloides ingleses e mundiais a tentarem encher-nos a cabeça com assuntos vãos e banais, quando o estado do mundo sofre e passa necessidades em prol da riqueza da família real britânica.
Não. Não é, não. Muito obrigado. Por mim deixavam de existir já aqui e agora, embora tenha plena noção que esta situação irá prevalecer por muitas mais décadas e, quiçá, mais séculos. Até que um dia o mundo monárquico deixe de fazer sentido.
É o que é e vale o que vale. A questão é que realmente não há crise de qualquer tipo, forma ou, tamanho, que aflija está família. É assim como uma espécie de Máfia Britânica muito bem organizada. Ainda nós pensamos ser tão inteligentes. Algo que foi criado em 1760 e vigora com tanta certeza até aos dias de hoje. Foi certamente muito bem pensado e elaborado.
Eu concordo com as palavras do meu amigo Vince Nigro quando escreveu na passada semana no seu artigo. “Os reis e as rainhas nos tempos que correm… Só mesmo num baralho de cartas.”
Fiquem bem. Saúde e até já!
Cristina Da Costa/MS
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