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Celebrar quem nos segura na mão. Avós. Pais duas vezes.

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Foto: DR

Caro leitor/a. Espero-os bem

Oano vai passando a passos larguíssimos. E setembro cá está, já a meio. Incrível este ano. Lembrando-nos do janeiro. Do frio. Do fevereiro.  Do frio. Depois…? Uma imensa névoa e quase a chegar a dezembro. E o que é Este ano e o que é ano bissexto no seu pior.

Não obstante, existem celebrações que não requerem distanciamento social e ainda bem.

Celebra-se neste próximo fim de semana o dia dos avós.  Desses seres magníficos que nos seguram a mão. Nos beijam quatro vezes ao invés de duas. Nos protegem e beijam as nossas feridas. Diz-se em bom ditado português que “ser avó ou avô é ser pai e mãe duas vezes”.

No entanto, eu devo ser uma exceção a essa regra que soa tão deliciosa.

Quando ouço  alguém falar dos avós com tanto carinho, até as minhas filhas, principalmente dos meus pais que foram um marco muito importante  na vida delas, mais ainda sendo a que mais beneficiou, fico com a alma triste.

Não tenho memórias de nenhum deles. Tudo porque faleceram todos muito precocemente. Inclusive, a minha mãe ficou órfã de mãe com apenas 13 meses, tendo sido criada por uma madrasta má – estilo Cruella de Ville (:( ) -, e o meu pai, órfão de mãe com apenas sete anos de idade, ficando a cargo de um pai à moda antiga, com regras estritas e cruéis.

Recordo-me vagamente da cerimónia fúnebre do meu avô materno, quando eu tinha apenas três anos de idade. Uma imagem de um rodopio de adultos que nunca me saiu da memória. E o meu avô paterno, faleceu quando eu já tinha oito anos de idade. Situação atípica, mas real. Quem tem avós sinta-se privilegiado/a. Não maltrate quem lhes quer bem. Ensine isso aos seus filhos – que os seus pais são avós deles. Têm um lugar de destaque. Por eles, nós existimos. A delicadeza, boa educação, o carinho, e o partilhar de boas maneiras é uma mais valia.

Por enquanto ainda não sou e até já poderia ser, mas creio que quando isso acontecer serei uma avó babada e vou estragar os meninos e meninas com mimo e também com histórias de bem saber. É o que felizmente nos ensina a vida. Passar o que temos de geração em geração.

Respeito, acima de tudo.

Então, e humildemente, conte histórias aos seus avós, segure-lhes na mão quando eles já não conseguirem manter a mão tranquila. Beije-os. Abrace-os. E lembre-se de que, quando era pequenino/a, foram eles que muitas e muitas vezes deixaram de fazer coisas que gostariam, para educarem os filhos e, em muitos dos casos também os netos. Que deixavam de comer ou de comprar algo porque alguém que mora dentro dos seus corações, teria mais necessidade.

Assim segue o nosso mundo. Mesmo em tempo de Pandemia, principalmente em tempo de Pandemia. O respeito pelos demais. Pelos mais maduros e mais idosos. É uma ordem. Nem deveria de haver discussão. Ou ser isto tema de conversa. Quantas e quantas vezes são os idosos, os nossos queridos idosos maltratados no seu núcleo familiar? Tornam-se num empecilho. Enfim.  Tristes realidades.

Ame a quem lhe deu vida e o ajudou a dar os primeiros passos. O carinho é a palavra-chave. Quando se chega a idoso é-se criança duas vezes.

Bom fim de semana e muita saúde. Até breve.

Cristina Da Costa/MS

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