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À nossa!

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Créditos: DR.

Muito boa sexta-feira.

Espero que estejam bem e, acima de tudo, saudáveis.

Esta semana o jornal Milénio passa os olhos, mas com olhos de ver sobre o tema dos vinhos, vindimas, importação neste caso de Portugal até nós. O que acontece nesse entretanto e muito, muito mais. Eu, como sempre fui muito boa aluna, aliás era a melhor da turma, a História – adoro História, saber de onde provêm as coisas, e o porquê das mesmas -, pensei em fazer um pequeno périplo pela história e origem dos vinhos. Espero que goste.

O vinho tem grande importância histórica, pois o seu surgimento, em tempos remotos, tornou-o um produto que acompanhou grande parte da evolução económica e sociocultural de várias civilizações ocidentais e orientais.

O vinho possui uma longínqua importância histórica e religiosa e remonta a diversos períodos da humanidade. Cada cultura conta o seu surgimento de uma forma diferente. Os cristãos, baseados no Antigo Testamento, acreditam que foi Noé quem plantou um vinhedo e com ele produziu o primeiro vinho do mundo (“E começou Noé a cultivar a terra e plantou uma vinha.” Gênesis, capítulo 9). Já os gregos consideraram a bebida uma dádiva dos deuses. Hititas, babilónicas, sumérias, as histórias foram adaptadas de acordo com a tradição e crença do povo sob perspetiva. Do ponto de vista histórico, a sua origem precisa é impossível, pois o vinho nasceu antes da escrita. Os enólogos dizem que a bebida surgiu por acaso, talvez por um punhado de uvas amassadas esquecidas num recipiente, que sofreram posteriormente os efeitos da fermentação. Mas o cultivo das videiras para a produção do vinho só foi possível quando os nómadas se tornaram sedentários. Existem referências que indicam a Geórgia como o local onde provavelmente se produziu vinho pela primeira vez, sendo que foram encontradas neste local grainhas datadas entre 8000 a.c. e 5000 a.c.

Mais havia para contar, mas também não vos quero aborrecer. Apenas gostaria, do ponto de vista de quem opera um restaurante, vos falar sobre a dificuldade que é para nós ter este produto, no meu caso proveniente de Portugal. Os nossos importadores também carecem de respostas e há que substituir produto com mais assiduidade do que na era pré-Covid. A falta de voos, o aumento das taxas e impostos tanto em Portugal e muito mais aqui, onde o LCBO se “aproveita” e aplica taxas extremamente elevadas… até o produto chegar até nós e, subsequentemente, ao consumidor, neste caso aos nossos clientes como acompanhamento das suas refeições, o caminho é longo. Como a nossa carta é na sua grande parte descrita e recheada pelos nossos vinhos fantásticos, do Douro, Dão, Alentejo e região de Lisboa e Setúbal, muitas e cada vez mais vezes, eu e o meu staff somos chamados às mesas para aconselhar e até mesmo para escolher o vinho que será o “Deus” da mesa e fazer as honras da casa. É para nós um grato prazer quando isso acontece, pois considero que é uma forma do cliente demonstrar a confiança que tem em nós, ao querer provar o que de Portugal tem de muito bom.

É o que é e vale sempre o que vale. Cuidem-se. E, no meio desta loucura em que vivemos, sugiro que cada leitor deste texto tome uma boa taça de vinho, com moderação, claro.

Fiquem bem,

Até já,

À Nossa!

Cristina Da Costa/MS

 

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