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A música da minha vida

 

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A música transporta-nos para os lugares mais bonitos, felizes, obscuros, entristecedores, entusiasmantes e libertadores. Uma mistura de antónimos que são, quase sempre, sinónimo do que estamos a sentir. Procuramos também na música uma espécie de transporte no tempo, para que, pelo menos na nossa memória, vivamos de novo este ou aquele momento que por algum motivo nos marcou.

Há quem busque na música terapia, cura, outros concentração, inspiração. Os ritmos, os géneros, a cultura que em si carrega – cada melodia toca a um compasso diferente consoante as experiências de cada um e é por isso mesmo que esta semana, no jornal Milénio Stadium, decidimos perceber qual é a música portuguesa da vida de alguns leitores e porquê. Participe nesta espécie de discos pedidos e diga-nos, nas nossas redes sociais, qual é a música da sua vida.

A música  da minha vida-capa-mileniostadiumGuida David, 64 – “Ilumina-me” – Pedro Abrunhosa

A música é maravilhosa e o poema encaixa em quase todas as situações da vida: amor de mãe e pai, amor de filho, amor por mulher/homem; a morte de alguém que se gosta muito; ao mundo e à medida que os políticos o vão destruindo; a vida antes da Covid-19; a infância; uma boa recordação. Aplica-se a tudo e enquanto não há amanhã, ilumina-me. 

 

A música  da minha vida-capa-mileniostadiumPedro Cardoso, 31 – “A Paixão (Segundo Nicolau da Viola)” – Rui Veloso

A minha música de eleição é a Paixão do Rui Veloso.

Os acordes iniciais da música levam-me imediatamente para a minha infância, que guardo com muita saudade. Hoje em dia, e mais maduro, a letra ganha mais preponderância. Percebo, por preferência, encontrar nos versos uma analogia à utopia que é a busca da felicidade, durante uma vida, particularmente uma vida a dois.

 

A música  da minha vida-capa-mileniostadiumMónica Fernandes, 31 – “Perdoa” – Anjos

A música portuguesa que marca a minha vida é a “Perdoa” dos Anjos. Por volta dos meus 11 anos comecei a interessar-me mais por música e pelos videoclipes que via na altura no programa TOP + da RTP1. Aos sábados, parava tudo o que estivesse a fazer para ver aquele programa, sempre na expectativa de ver este videoclipe em particular. A era das boysband estava no auge e, à semelhança dos Backstreet Boys, toda a dinâmica do vídeo se desenvolvia em torno de coreografias animadas em grupo. Além disso, foi o primeiro concerto a que assisti e trago até hoje um gosto especial por espetáculos ao vivo muito por causa desta primeira experiência muito marcante para mim.

 

A música  da minha vida-capa-mileniostadiumLuís Cardoso, 31 – “A Carta” – Toranja

A música “A Carta”, dos Toranja, é a minha música de eleição, porque me relembra uma fase muito feliz da minha vida, que foi durante a minha adolescência, ali entre os 11 e os 13 anos. Alturas boas, em que havia poucas preocupações, sendo que a inocência ocupava grande parte da minha mente e, portanto, não tinha que ter grandes debates comigo mesmo. É uma música bonita, que me traz, de facto, boas memorias e que eu gosto ainda hoje de ouvir.

 

A música  da minha vida-capa-mileniostadiumMadalena Coelho, 80 – “Nem Às Paredes Confesso” – Tristão da Silva

Estava eu no Casino da Figueira da Foz, no dia 26 de junho de 1955, quando a música “Nem Às Paredes Confesso”, interpretada por Tristão da Silva, começou a ouvir-se. Foi então que o pai dos meus filhos, enquanto dançava comigo, me pediu em namoro. Sempre que ouço essa canção lembro-me desse momento.

 

A música  da minha vida-capa-mileniostadiumHélder Botas, 42 – “A Minha Casinha” – Xutos e Pontapés / “A Minha Princesa” – Hélder Botas

A música que sempre gostei foi “A Minha Casinha”, Dos Xutos e Pontapés, porque me faz lembrar do fado da Amália, e o fado está nas minhas raízes, já que o meu avô e o meu pai eram fadistas amadores. Mas como os Xutos a adaptaram a rock, era essa a música que nós tocávamos sempre para terminar os bailes, pois enchia a pista.

No entanto, a nível mais pessoal, escrevi uma música a pedido de um amigo meu (presidente do clube Português de Bradford). Ele queria dedicar essa canção à filha no casamento dela. Eu fiz a letra e a música e gostei tanto dela, porque como tenho filhas baseei-me nisso para a letra. Emocionou-me e produzi a música num CD single, chama-se “A Minha Princesa”. 

Fui ao casamento e toquei e cantei a música para eles enquanto ele dançou com a filha. Tudo porreiro. Mas passado seis meses ele teve um problema de coração e morreu. E para mim sempre fiquei a pensar que foi uma mensagem do divino para que aquele dia nunca se esquecesse. Um pouco para o triste esta história, mas não me abalou porque senti que todos os anos que tive de carreira musical, aquele acontecimento deixou-me completo. Para mim é do género: ainda bem que fui músico, porque fiz um bem para alguém que já cá não está e toda a minha carreira valeu o seu mérito nesse dia.

 

A música  da minha vida-capa-mileniostadiumEduardo Matos, 61 – “À Meia-noite Ao Luar” – Estudantina Universitária de Coimbra

A música “Meia-noite ao luar” é das músicas portuguesas que mais me marcou, talvez pela minha passagem pelo meio académico em Coimbra. E depois porque foi tocada ao vivo, pela própria Estudantina Universitária de Coimbra, na boda do meu casamento.

 

A música  da minha vida-capa-mileniostadiumRui Marques, 31 – “Chuva” – Mariza

Ouvi esta música pela primeira vez quando era ainda um adolescente. É uma canção que tem uma letra intensa e que me obrigou, nessa altura, a fazer uma introspeção. Agora, enquanto imigrante, esta música mexe ainda mais comigo, remetendo-me sempre para a “saudade”, essa palavra tão portuguesa.

 

A música  da minha vida-capa-mileniostadiumCarla Moutinho, 40 – “Ninguém É De Ninguém” – João Pedro Pais

Esta música para mim é um misto de sentimentos, não somos de ninguém e vice-versa, e por isso se queremos fazer parte da vida das pessoas e as termos na nossa, temos dar amor e deixá-las livres.

Catarina Balça/MS

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