Temas de Capa

A era do desconhecido

 

 

Olá, bom dia. Como estão? Mais um mês quase a findar e assim vamos passando os dias.

Mais uma situação para nos tirar, um pouco, o sono. Quando acabámos de passar por três anos de incertezas e muitas restrições, parece que a OMS (Organização Mundial de Saúde) tem algo mais na ementa para nos servir e se, durante a pandemia de Covid-19, a sociedade ao que tudo indica pouco ou nada aprendeu… a ver o que nos aguarda.

Chega-nos um alerta de Monkeypox. E de que se trata afinal?
O que é a infeção por vírus Monkeypox?

Segundo a serviço nacional de saúde, a infeção por vírus Monkeypox (VMPX) é uma doença zoonótica, o que significa que se pode transmitir de animais para humanos. Também se pode transmitir pessoa-a-pessoa.
O termo “varíola dos macacos” não se refere à infeção humana, mas sim à infeção nos animais. De referir que não se trata de varíola, doença humana que foi erradicada em 1980.

Quais são os sintomas da infeção humana por vírus Monkeypox?

A infeção humana por vírus Monkeypox apresenta-se de início súbito com o aparecimento de pelo menos um dos seguintes sinais e sintomas:

  • exantema (lesões na pele ou mucosas)
  • queixas anogenitais (incluindo úlceras)
  • febre (>38,0ºC)
  • dores de cabeça
  • cansaço
  • dores musculares
  • gânglios linfáticos aumentados, poucos dias antes da erupção ou em simultâneo

E quanto tempo podem durar os sinais e sintomas?

Estes sinais e os sintomas geralmente, duram entre 2 a 4 semanas e desaparecem por si só, sem tratamento.

Como é que o vírus Monkeypox se transmite de pessoa-a-pessoa?

A transmissão humana de vírus Monkeypox pode ocorrer através de pele não íntegra (pequenas abrasões da pele e das mucosas) e das mucosas ocular, nasal, oral, genital e anal.

A transmissão pessoa-a-pessoa geralmente verifica-se por contacto:

  • próximo, especialmente face-a-face sem proteção adequada, e no contexto de relações que impliquem contacto íntimo e prolongado
  • com objetos contaminados por uma pessoa infetada – fómites (vestuário, roupas de cama, atoalhados, materiais, utensílios e objetos de uso pessoal, entre outros)
  • direto sem proteção adequada com lesões da pele, pus, crostas e contacto direto ou indireto com fluidos corporais infeccioso.

A infeção humana por vírus Monkeypox é uma infeção sexualmente transmissível?

A infeção humana pelo vírus Monkeypox pode ser transmitida de uma pessoa para outra através de contacto físico próximo, incluindo contacto sexual. Atualmente, não se sabe se o vírus pode ser transmitido através de sémen ou fluidos vaginais, mas o contacto direto, pele com pele, com lesões em práticas sexuais pode transmiti-lo.

O que é considerado um caso suspeito de infeção?

É considerado um caso suspeito de infeção todos os que apresentarem as seguintes condições:

  • Uma pessoa que seja contacto, nos últimos 21 dias antes do início dos sintomas, de um caso provável ou confirmado de infeção pelo vírus e que apresente um ou mais dos seguintes sinais/sintomas: febre de início súbito (≥38,0ºC), fraqueza (astenia), dor muscular (mialgia), dor de costas (dorsalgia), dor de cabeça (cefaleia).

O que fazer se for um caso suspeito, provável ou confirmado?

Perante um caso suspeito, provável ou confirmado, é emitido o certificado de incapacidade temporária (CIT) para o trabalho pelo médico e recomendam-se as seguintes medidas:

  • isolamento domiciliário e distanciamento físico até à resolução das lesões (queda das crostas) ou exclusão da infeção (se caso suspeito ou provável)
  • evitar contactos físicos próximos (coabitantes e familiares próximos), pele-com-pele ou pele com mucosa, incluindo contactos sexuais, até resolução das lesões (queda das crostas)
  • privar-se de permanecer no mesmo espaço se coabitar com crianças pequenas, grávidas e pessoas imunodeprimidas
  • lavagem e/ou higienização frequente das mãos
  • não partilhar objetos e utensílios de uso pessoal, vestuário, roupas de cama, atoalhados (e outros têxteis) e superfícies do espaço doméstico
  • lavar o vestuário e têxteis com água quente e detergentes habituais, ou, quando possível, numa máquina de lavar (> 60⁰ C), utilizando um ciclo de lavagem prolongado
  • limpar as superfícies duras com detergentes com cloro e deixar secar ao ar
  • alertar as pessoas que foram seus contactos próximos desde o início dos sintomas, para possíveis sinais e sintomas. Na eventualidade de os contactos desenvolverem sintomas, devem observar as precauções acima recomendadas e procurar cuidados de saúde.
  • evitar contacto próximo com animais domésticos e outros animais, em especial, roedores
  • se precisar de se deslocar a uma unidade de saúde, o doente deverá utilizar máscara facial e cobrir as lesões, o mais possível, com vestuário
  • as medidas de isolamento de caso suspeito ou confirmado devem ser mantidas até queda das crostas de todas as lesões, que se estima ocorrer entre 2 a 4 semanas.

Bons conselhos de quem sabe mais do que nós. Esperemos. Estamos nas mãos de terceiros, uma vez mais. Manter a calma e procurar evitar mais lockdowns e confinamentos. Acho que vou mesmo ficar senil se voltar a acontecer. Estas pandemias estão boas para os menos proativos e para quem trabalhar não é o seu forte.
É o que é e vale o que vale.

Até já e fiquem bem. Continuação de um ótimo verão.

Cristina DaCosta/MS

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