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117 polícias de Toronto não vacinados foram colocados em licença sem vencimento

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Créditos: DR.

A polícia de Toronto colocou recentemente em licença sem vencimento mais de 200 funcionários. A decisão surgiu porque os funcionários recusaram-se a receber as duas doses de vacinas contra a COVID-19 ou a informar sobre o seu estatuto de vacinação. Estes 205 funcionários representam menos de 3% da força de trabalho da instituição, cerca de 2,7% para ser mais precisa.

A polícia tinha estipulado que até 30 de novembro agentes e funcionários tinham de revelar o seu estatuto de vacinação contra a COVID-19. Cerca de 117 polícias e 88 funcionários civis foram colocados em licença sem vencimento por tempo indeterminado e segundo a instituição não vão poder desempenhar as suas funções.

Quem não concorda com a decisão é a Associação da Polícia de Toronto (APT). Numa nota de imprensa enviada à nossa redação o presidente Jon Reid sublinha que vai defender o interesse de todos os membros, inclusive os que não quiseram ser vacinados. Para a APT estes membros devem continuar a trabalhar desde que apresentem testes negativos à COVID-19. “A TPA vai defender todos os seus membros, o que inclui aqueles que tomaram a decisão de não divulgar o seu estatuto de vacinação ou de não serem vacinados. Para esses membros, continuamos a defender opções alternativas, incluindo testes que já foram adotados por muitos outros serviços policiais de todo o Ontário e Canadá”, esclarece o responsável.

A APT representa quase 8.000 membros, desde agentes a funcionários e ao Milénio Stadium o presidente Jon Reid disse estar desiludido com a decisão da Polícia de Toronto. “Estamos desapontados com o facto de o Serviço de Polícia de Toronto ter colocado os nossos membros em licença sem vencimento por terem tomado a decisão de não revelar ou de não serem vacinados.  Estes são os mesmos membros que serviram a comunidade de forma altruísta durante toda a pandemia”, notou. 

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Chief Jim Ramer. Créditos: DR.

A TPA nunca esteve contra a política de vacinação COVID-19 e no início da campanha de vacinação de Ontário defendeu que os polícias, como trabalhadores essenciais, eram prioritários. Hoje a associação “orgulha-se do trabalho que resultou na inoculação de muitos dos seus membros numa fase inicial”.

Os especialistas de saúde pública concordam com a decisão da polícia em afastar os funcionários e agentes que não estão vacinados ou que se recusaram a divulgar o seu estatuto de vacinação, porque é difícil evitar interação entre a população e os agentes.

A polícia de Toronto emprega mais de 7.000 funcionários e a instituição garante que logo que estes 205 funcionários optem por receber a vacina, têm autorização para regressar ao trabalho. O chefe interino da Polícia de Toronto, James Ramer, garantiu que vão tomar medidas para assegurar que a segurança pública não é afetada enquanto estes polícias estão em licença sem vencimento.

Um porta-voz da polícia de Toronto confirmou que 36 dos 117 agentes que foram afastados trabalhavam na linha da frente em diferentes turnos e divisões de toda a cidade e que por isso nenhuma esquadra ou área específica foi afetada de forma desproporcional. Se for necessário, segundo o porta-voz, a polícia vai redistribuir os agentes na linha da frente.

Para além de não serem autorizados a entrar nas instalações da polícia de Toronto, os funcionários que foram afastados não são elegíveis para promoções a cargos de supervisão ou gestão.  O chefe interino da polícia de Toronto agradeceu aos polícias e funcionários que foram vacinados e que fizeram a sua parte para proteger a comunidade.

Outros serviços policiais em Ontário fizeram da vacinação uma condição de emprego, incluindo Waterloo e os serviços policiais de London, que disseram que os trabalhadores vão ser colocados em licença sem vencimento se não forem vacinados até uma determinada data.

York e Peel decidiram manter os agentes e os funcionários empregados, mesmo que não apresentassem prova de vacinação, desde que realizassem os testes rápidos à COVID-19 e apresentassem resultados negativos. Os contribuintes vão pagar cerca de $40 por cada teste rápido que um destes polícias ou funcionários fazem. Para além do teste os polícias e os funcionários não vacinados são obrigados a frequentar sessões educativas

Em Peel os polícias e funcionários que não cumpriram nenhuma das últimas regras foram colocados em licença sem vencimento.  Segundo um porta-voz da polícia da região de Peel, 86% dos funcionários estão duplamente vacinados.

Peel tem a segunda maior força policial municipal de Ontário, logo depois de Toronto. A nível nacional ocupa a terceira posição, logo depois de Toronto e Montreal. A polícia de Peel tem mais de 2.000 agentes e mais de 800 funcionários. Esta força policial serve mais de 1 milhão de pessoas que residem em Mississauga e Brampton, inclusive o Toronto Pearson International Airport por onde passam anualmente cerca de 50 milhões de passageiros.

Joana Leal/MS

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