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COVID-19

Dez milhões de chineses voltaram na segunda-feira (17) ao trabalho depois das férias do Ano Novo Lunar. O COVID-19 prolongou as férias dos chineses mais duas semanas e há fábricas que não vão chegar a abrir devido às restrições de circulação que existem dentro do país.

A China é responsável pela criação de 16% da riqueza mundial e o vírus está a afetar gigantes como a Apple que não vai cumprir as suas previsões de receitas. Esta semana a gigante tecnológica norte-americana anunciou que está a ter dificuldades de aprovisionamento dos iPhones, que são fabricados na China, e na procura dos seus produtos, uma vez que os seus armazéns estão fechados no país.

Tudo começou em Wuhan, a capital da província de Hubei, uma província da China Central. A maior cidade desta província é uma das mais populosas da China Central e tem cerca de 11 milhões de habitantes. Dois diretores de hospitais da província onde começou a epidemia acabaram por morrer devido ao vírus e o salão do automóvel do país, que deveria acontecer em abril, já foi adiado.

No final de janeiro a Organização Mundial da Saúde declarou que o surto do novo coronavírus constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional e deu como justificação o “potencial do vírus se espalhar para países com sistemas de saúde mais fracos e mal preparados para lidar com ele”.

Há quase 600 casos de contágio em cerca de 30 países e quarta-feira (19) o número de mortos ultrapassou os 2000. Na Europa o vírus já chegou a oito países e em Portugal os 11 casos suspeitos deram negativo. No Canadá, no Ontário, até à data foram confirmados dois casos de coronavírus. A província já fez mais de 450 testes e mais de 400 deram negativo. A página do Ministério da Saúde de Ontário é atualizada diariamente e na altura em que este texto foi escrito estavam pendentes 17 casos.

Os coronavírus são uma grande família de vírus que podem causar doenças que variam desde a constipação comum até infeções respiratórias mais sérias, como bronquites, pneumonias e SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) que matou mais de 700 pessoas em 2002/03.

O coronavírus transmite-se de pessoa para pessoa através do contato próximo, como por exemplo numa casa, no local de trabalho, no centro de saúde, na escola, etc. Segundo o Ministério da Saúde de Ontário o risco de infeção aumenta quando alguém tem um sistema imunitário fraco. Exemplos de grupos de risco são os idosos e as pessoas com doenças crónicas (diabetes, cancro, doenças cardíacas, doenças renais ou Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica).

Os sintomas variam de leve a grave, como acontece com a gripe e outras infeções respiratórias comuns. Os mais comuns são febre, tosse e dificuldades em respirar e o vírus pode evoluir para maiores complicações como pneumonia, falência renal e nalguns casos morte.

O Ministério da Saúde de Ontário refere que não existe tratamento específico nem vacina para proteger contra o coronavírus e que a maioria das pessoas vai recuperar sem ter precisar de ajuda médica se ingerir uma grande quantidade de líquidos, descansar e dormir o máximo possível e recorrer a um humidificador ou a um banho quente para ajudar com as dores de garganta e com a tosse.

Existem gestos diários que podem ajudar a prevenir a propagação de germes que causam doenças respiratórias e que estão ao alcance de cada um de nós e esta é a lista aconselhada pelo Ministério da Saúde de Ontário: lave as mãos frequentemente com sabonete ou com desinfetante à base de álcool; espirre e tussa para a manga do seu casaco; evite tocar nos olhos, no nariz e na boca; evite o contacto com pessoas doentes e no caso de ficar doente opte por ficar em casa.

Um estudo publicado no Journal of Hospital Infection revelou que o novo coronavírus pode sobreviver até nove dias em superfícies e objetos se estes não tiverem sido desinfetados e se estiverem à temperatura ambiente.

O Canadá já interrompeu os voos de e para a China, os aeroportos aumentaram as medidas de segurança e a procura por máscaras aumentou significativamente nas últimas semanas. A quarentena é uma das medidas usadas no controlo de doenças infeciosas desde o século XIV e nos últimos dias o número de casas de coronavírus aumentou devido à alteração do método de contagem. 

As notícias que sugerem que o vírus foi criado em laboratório no Canadá ou na China são falsas e o novo coronavírus já se tornou na epidemia mais cara do mundo nos últimos 20 anos.

Joana Leal/MS

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