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Talibãs rejeitam extensão do prazo de evacuação e ameaçam com “reação”

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TOPSHOT – Taliban spokesperson Zabihullah Mujahid (C) gestures as he addresses the first press conference in Kabul on August 17, 2021 following the Taliban stunning takeover of Afghanistan. (Photo by Hoshang Hashimi / AFP)

Um porta-voz dos talibãs afirmou, esta segunda-feira, que estender além do final de agosto os esforços dos países aliados para retirar pessoas do Afeganistão representa uma “linha vermelha” e provocaria “uma reação”.

Shuail Shaheen falava à televisão britânica “Sky News”, na véspera de uma reunião do G7 (grupo dos sete países mais ricos) presidida pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, para analisar a crise afegã e a possibilidade de alargar o prazo para evacuações.

“Isto é algo que se pode designar de linha vermelha. O Presidente [dos Estados Unidos, Joe] Biden anunciou este acordo de que a 31 de agosto retiraria todas as suas forças militares. Assim, se o estendem, isso significa que estão a estender a ocupação quando não há necessidade”, disse o porta-voz dos talibãs.”Isso criará desconfiança entre nós. Se houver intenção de continuar a ocupação, isso vai provocar uma reação“, acrescentou, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.

Shaheen referiu que muita gente procura sair do Afeganistão por razões “económicas” e não por medo dos talibãs. “Todos querem estabelecer-se em países ocidentais para ter uma vida próspera. Não se trata de medo”, disse o porta-voz, classificando de “notícias falsas” as informações de que os talibãs estão a procurar afegãos que ajudaram as forças estrangeiras.

O Reino Unido já retirou do Afeganistão 5725 pessoas desde 13 de agosto, incluindo 3100 afegãos, indicou, esta segunda-feira o Ministério da Defesa. Boris Johnson deverá defender junto dos EUA uma extensão das operações de retirada em Cabul, durante a cimeira virtual do G7 dedicada ao Afeganistão na terça-feira, disse hoje o secretário de Estado das Forças Armadas britânico, James Heappey, à “Sky News”.

Heappey sublinhou, porém, que a decisão não cabe apenas a Washington e que os talibãs também têm uma palavra a dizer sobre o tema. “Haverá uma conversa com os talibãs. Os talibãs terão a escolha entre procurar colaborar com a comunidade internacional e mostrar que desejam fazer parte do sistema internacional” ou “dizer que não há oportunidade de estender” a presença norte-americana, acrescentou.

Desde que os talibãs entraram em Cabul, há uma semana, milhares de pessoas reuniram-se perto do aeroporto internacional da capital para tentar sair do país antes de 31 de agosto, data fixada pelo governo dos Estados Unidos para a retirada final das suas forças no Afeganistão. Diante do caos da retirada e sob pressão dos aliados, Joe Biden indicou considerar manter os soldados no país além desse prazo, referindo haver “discussões em andamento” sobre o assunto.

JN

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